Hospital Universitário Gaffrée e Guinle reabre maternidade
A reinauguração da Nova Maternidade Escola Professor Rogério Rocco do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), pertencente à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO),ocorreu no final de setembro de 2018.
Fechado em janeiro de 2017, para cumprir normas de readequação solicitadas pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério Público, o espaço terá 20 leitos obstetrícios, incluindo um de isolamento respiratório, e três centros de parto normal, denominado PPP (pré-parto, parto e pós-parto). Os quartos PPP possuem banheiro próprio e possibilitam a gestante de ser acompanhada por um familiar de sua escolha. Foi criada, também, a Unidade Intermediária Neonatal, com 4 leitos normais e um leito canguru, onde o bebê poderá ficar com as mães em tempo integral.
A maternidade terá capacidade para atender 150 partos mensais e contará com uma equipe multidisciplinar de 70 pessoas, composta por médicos, pediatras e enfermeiros capacitados para atendimento de urgência e emergência em obstetrícia.
O local está, ainda, em processo de habilitação para participar da iniciativa do Hospital Amigos da criança (IHAC), que tem como objetivo a humanização do atendimento, a implementação de boas práticas na assistência com proteção e o apoio à amamentação. O IHAC é um selo de qualidade dado pelo Ministério da Saúde para maternidades que cumprem os dez passos para o sucesso do aleitamento materno de acordo com a (OMS) Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A especialização do ambiente, em que foi investido R$ 3 milhões, é para atendimento às gestantes de alto risco, que são mulheres que têm doenças crônicas como: hipertensão, diabetes, lupus, doenças renais, neurológicas, cardíacas, pessoa soropositiva. A possibilidade de atenção a esse grupo se dá pelo fato da maternidade ficar dentro de um hospital geral, com UTI para a mulher e para o bebê.
Homenagem
Rogério Rocco, que dá nome à maternidade do HUGG, foi professor titular de obstetrícia do próprio hospital universitário, nas décadas de 1960 a 1990. Em 1987, fez a primeira cesariana no Brasil, em uma paciente com AIDS.
As técnicas desenvolvidas pelo professor Rocco são usadas até hoje nas cirurgias em gestantes portadoras da doença, revolucionaram o conhecimento médico e permitiram que milhares de bebês de pacientes portadoras do HIV nascessem livres da doença. O professor Rocco foi a grande referência da obstetrícia no país e formou uma geração de outros importantes obstetras.
