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HUGG realiza treinamento pioneiro no RJ para prevenção de hipotética chegada do Coronavírus

Precaução. Com a recente descoberta e avanço do novo coronavírus (n-CoV-2019), que causa infecção respiratória, em dezembro de 2019, na China, o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por intermédio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), resolveu se antecipar e alertar os profissionais de saúde a respeito do vírus.

No dia 5/2, a infectologista e presidente do CCIH, Karla Ronchini, realizou uma ação pioneira no estado do Rio de Janeiro e prestou informações sobre sinais, sintomas e medidas de prevenção, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao novo coronavírus:

- Na última semana de janeiro a Superintendência havia pedido ajuda para esclarecer dúvidas e formas de evitar um possível contágio. A solicitação veio ao encontro do nosso planejamento que já vinha sendo delineado para apresentar dados do n-Cov-2019. Tal confluência de ideias demonstra a relevância do tema para nossos profissionais – explicou Karla Ronchini.

A significância do assunto pôde ser observada, também, pela lotação do Anfiteatro Geral, que contou com a presença de docentes, discentes, técnicos administrativos e atuantes na área da assistência.

- Tirando os contactantes dos indivíduos suspeitos, os profissionais de saúde são os primeiros expostos, visto que recebem esses pacientes. Caso se confirme a infecção, o patógeno pode ser transmitido para os profissionais que estão na assistência. E, em muitos casos, os profissionais não se atentam a esse detalhe. Quanto mais protegidos estiverem, menos chance de ocorrer a infecção por esse novo vírus ou qualquer outro patógeno, que seja de fácil transmissão -, continuou a infectologista.

Por isso, além da troca de informações, houve um treinamento básico do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a correta forma de higienização das mãos:

- A técnica é uma só. O procedimento básico parte do princípio maior que é a higienização das mãos, com água e sabão e, de forma subsequente, o álcool gel, que é muito mais eficaz para a eliminação ou redução dos microorganismos que estão nas mãos. É a primeira etapa. Porém, não necessariamente apenas esse procedimento serve para proteção, pois há possibilidade do caso de gotículas nos olhos, na boca e por isso devem ser usados os equipamentos de proteção individual como máscaras, óculos de proteção, gorro, capote. Essas técnicas simples, se forem feitas de forma correta, podem chegar a 100% de proteção -, informou a presidente do CCIH.

A profissional indicou, também, o motivo de se precaver, ainda que não haja nenhuma confirmação do vírus no país:

- O objetivo é termos pelo menos um responsável treinado em caso da entrada do coronavírus. Deve haver uma contenção. Então se você tem uma estrutura adequada e o seu profissional está treinado para essa possibilidade, maior será a chance desse microorganismo ser contido- afirmou.

Por fim, Karla alertou que os procedimentos corretos de prevenção não devem ser utilizados apenas nas chegadas de novos patógenos:

- Se o profissional não tiver o compromisso de seguir as regras de higienização das mãos e uso de EPIs, esse microorganismos multirresistentes vão sendo disseminados dentro das enfermarias, dentro da terapia intensiva, o que é muito grave. O profissional de saúde tem de estar sempre alerta em todas as situações, tem de ser relembrado constantemente por isso que a gente fala de educação continuada- concluiu a responsável do CCIH