Dissertações Defendidas em 2020
PROCESSO CRIATIVO EM DANÇA: UMA PROPOSTA DE PLANO DE CURSO PARA A ABORDAGEM DA DANÇA NA ESCOLA DE ENSINO BÁSICO
Discente: Michelle Netto Luiz Resumo: No presente trabalho busca-se apresentar e discutir a relevância do ensino da dança no ensino formal, tendo como foco a importância do processo que enfatiza a criação, a descoberta do corpo e do espaço. Para isso, apresentamos um plano de curso em dança voltado para crianças da Educação Infantil e aplicado na Escola Municipal Bom Pastor de Juiz de Fora – MG a partir do ano de 2017 pela pesquisadora deste trabalho, a qual é professora de dança da instituição. O plano de curso dialoga com a questão da presença da dança na escola de ensino formal, assim como sua acuidade, envolvendo autores que defendem ideias da dança educação, da importância da experiencia, do desenvolvimento infantil e de uma educação voltada para construção integral da criança. Serviram de base para esta discussão os autores René Scherer (2009), Paulo Freire (1996 e 1986), Vivian Cáfaro (2016), Silvia Soter (2016), Rudolf Laban (1978), Marcia Strazzacappa (2001), Isabel Marques (1997 e 2000), Graciele Mattos (2013) e Edna Christine Silva (2015), além de documentos educacionais nacionais.
DIÁRIO DE CLASSE: O TEATRO COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO PESSOAL E COLETIVA DENTRO DA ESCOLA PÚBLICA
Discente: Rosa Maria Felix Resumo: A presente dissertação apresenta como o ensino de arte, especificamente de teatro, pode contribuir no desenvolvimento emocional e intelectual de alunos da rede pública do Rio de Janeiro. Observando três importantes pontos: educação, psique (destacando parte da teoria de Carl Gustav Jung sobre a evolução da mente humana, sua teoria dos arquétipos, em especial Persona, Sombra, Anima, Animus e Eu.) e arte. A dissertação ainda apresenta exemplos práticos, esclarecendo como o Teatro pode ser inserido no contexto de mudança do pensamento e construção individual de jovens estudantes de escola pública, explorando quais os meios e fins das Artes Cênicas e sua forma de contribuição para o indivíduo dentro do contexto escolar. Tentando apresentar, por meio de teoria e prática, a importância do teatro na educação básica e sua relevância enquanto disciplina independente.
ENSAIO PARA A CRIAÇÃO DE UMA ABORDAGEM SISTÊMICA DO ENSINO DE ARTES CÊNICAS PARA CRIANÇAS E JOVENS
Discente: Fernando Neder Resumo: O Memorial Analítico Descritivo que o leitor tem em mãos, acompanha o processo de preparação, criação e montagem do espetáculo “Zaratustra – uma história de desconquista”. Criação coletiva dos alunos da oficina de Artes Integradas no Núcleo de Arte Leblon, a partir de uma ideia original do professor Fernando Neder. Tal Memorial visa colocar a prova uma metodologia em formação chamada Corpo Expressivo – uma abordagem sistêmica do ensino de Artes Cênicas, observando sua eficácia e seus pontos de fragilidade, a partir dos fundamentos, conceitos e práticas absorvidos de outras abordagens, demonstrando sua vocação transdisciplinar.
POR UMA PEDAGOGIA DA IMPROVISAÇÃO: OS PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE KEITH JOHNSTONE NO CONTEXTO DA SALA DE AULA
Discente: Amanda Xavier Resumo: A presente pesquisa tem como objeto o estudo da prática do ensino do teatro no contexto extracurricular em uma escola particular da Zona Sul do Rio de Janeiro, com alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I. Com eles, utiliza-se como método principal de trabalho o Sistema Impro criado na década 50 pelo diretor de teatro inglês, Keith Johnstone e que é utilizado até hoje. Esse é um Sistema de ensino de improvisação através de jogos, que tem como objetivo final a criação de um espetáculo totalmente improvisado. Porém, no cenário da escola brasileira em questão, o ensino do Impro acontece como uma pedagogia usada em sala e como fundamento para o ensino do teatro dentro do contexto escolar. Suas técnicas de trabalho despertam a imaginação, a espontaneidade e originalidade em seus alunos, sem contar que ele parte da premissa de que não há erro e que a primeira ideia que nos vêm à cabeça é sempre a melhor. O trabalho também é focado na criação de histórias e funciona como uma alavanca para a autoestima. Esta pesquisa procura contribuir com a divulgação do trabalho de Johnstone, assim como o seu uso na pedagogia do teatro onde tem se mostrado efetiva como ensino e como colaboradora para a divulgação dos elementos teatrais. Com estes alunos, o Impro vem como um meio de aprendizado e não como um fim, ou seja, não realizando-se espetáculos totalmente improvisados com a faixa-etária estudada, mas seus conceitos e seus jogos os encaminham para o espetáculo final que parte de um texto e possui elementos das improvisações criadas em sala de aula.
DO JOGO CORPORAL AO JOGO DE CENA: MAV E IMPRO NO ENSINO DE ARTES CÊNICAS
Discente: Bianca Cavalleiro Resumo: O presente trabalho discorre sobre a experiência da minha prática pedagógica como professora de Artes Cênicas na grade curricular, dentro do contexto de uma escola da Rede Pública Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. A pesquisa aborda os conceitos e princípios de duas metodologias: MAV – metodologia Angel Vianna (sensibilização corporal e jogos corporais) – e IMPRO – metodologia com jogos de improvisação teatral de Keith Johnstone. Uma proposta de integração entre elas é conduzida com as dinâmicas pedagógicas (aulas-oficina). O objetivo deste trabalho é investigar um processo de ensino aprendizagem do teatro através da improvisação-objeto de estudo nas duas metodologias. Ressaltando o trabalho corporal nas aulas de Artes Cênicas, à luz da MAV, o estudo valoriza a libertação de corpos e mentes que são controlados pelo sistema tradicional “maçante” de ensino e, desafia recuperar os contatos corporais numa época em que os alunos estão cada vez mais inseridos na esfera digital. Em relação à aplicabilidade dos jogos de IMPRO como possibilidade pedagógica, experimenta-se outra modalidade de improvisação, perspectivando-se novos caminhos para a aprendizagem do teatro ao investir em uma forma diferente de experimentar, criar e construir a cena. Permeando as reflexões, os apontamentos, os questionamentos e as críticas, destaca-se como eixo teórico a referência do conceito de Experiência (saber de Experiência) do educador Jorge Larossa Bondía, que dialoga com referenciais teóricos das áreas do ensino do teatro e da educação somática, além de áreas afins do conhecimento.
O TEATRO COMO DISPOSITIVO POTENCIALIZADOR NAS AÇÕES DO PROINAPE
Discente: Alessandra Garcia Resumo: Esta pesquisa relata a experiência do projeto O Corpo Expressivo no Espaço Escolar (iniciado no segundo semestre de 2017 e tomado como objeto de análise desta data até o segundo semestre de 2019), que faz parte do Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas Públicas – PROINAPE, em que o teatro é o dispositivo facilitador e norteador das ações da equipe interdisciplinar. O projeto tem como objetivo despertar a consciência do sujeito enquanto protagonista da sua história, ativando suas potencialidades, fazendo-o experimentar e colocar em prática sua produção e construção, pelo caminho das artes cênicas, no processo de autoconhecimento (do corpo, dos seus limites e de suas possibilidades).
Ocupando espaços clandestinos e ressignificando corpos na escola
DISCENTE: LIGIA DA CRUZ SILVA RESUMO: Por meio de um exercício híbrido de escrita, discuto como o teatro ocupa o espaço da escola e como ocupa os corpos dos alunos e alunas colocando-os em expressão. Proponho uma fricção entre a inadequação do espaço na escola disciplinar e a potência da centelha criadora da linguagem teatral. Essa centelha transforma as aulas em um exercício de desvio dessa instituição opressora, que insiste em domesticar e alienar os corpos para torná-los dóceis. Desse modo, a professora, com seus alunos, pretende produzir a sua contra-escola, mediante diversos dispositivos pedagógicos, culturais e políticos. Apresento, como experimentação, três processos criativos vividos na sala de aula. A partir de diversos fragmentos e evidências (desenhos, anotações, exercícios, textos, fotos), elucida-se essa trajetória pedagógica, que se dá em uma escola localizada no Complexo da Maré. Assim, tanto o exercício epistêmico como o trabalho de campo se fazem como uma espécie de fissura persistente que se nega a aceitar o quadriculamento da educação pública brasileira.
POR QUE ESTAMOS TODOS PARADOS OLHANDO? o ensino dos elementos visuais da cena na formação de atrizes e atores
Discente: Daniele Geammal Resumo: Este trabalho consiste na análise das fontes primárias, em forma de memorial, contendo escritos, imagens e um registro áudio visual, produzidos durante o processo criativo e de apresentações do espetáculo “Por que estamos todos parados olhando?”, resultado de um projeto de conclusão do curso Técnico em Arte Dramática, da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna. Participei como professora orientadora nas áreas de visualidades da cena, abordando caminhos e possibilidades para a criação de figurinos, caracterização cênica, cenário e luz. O processo foi elaborado com base na ideia de oferecer “autonomia” (Freire, 2013), proporcionando a esses atores e atrizes, em formação, a “experiência” (Larrosa, 2001), onde procurei me posicionar como uma “mestre ignorante” (Rancière, 2002), para uma atividade em que estudantes foram incentivados a agir em transdisciplinaridade e perceber o espetáculo de forma holística, através de uma proposta colaborativa de criação. A análise emerge questões sobre as hierarquias de saberes, tanto na prática do teatro quanto no ensino dele, em observação ao currículo adotado na Martins Penna, bem como o da minha graduação em cenografia, na tentativa de compreender relações de verticalização nas Artes Cênicas. A partir da vivência artística e docente na instituição de ensino analisada, passando por formação e trajetória profissional, dentro e fora dela, anotei situações da minha prática e usei esse memorial, como fio condutor, para analisar a importância da imagem como elemento de comunicação da performance teatral e suscitar o debate sobre o ensino dos elementos visuais da cena na formação de atrizes e atores.
FALE SOBRE MIM TEATRO E AUTOFICÇÃO NA ESCOLA PÚBLICA
Discente: Luiza Rangel Cordeiro Resumo: Estes escritos reúnem as principais reflexões geradas durante o processo de criação do espetáculo Fale sobre mim. É importante ressaltar que trata-se de uma pesquisa prático-teórica que teve como dispositivo indexador o trabalho com material autobiográfico de seis alunos de uma escola pública da Zona Oeste do Rio de Janeiro e sua professora de Artes Cênicas, Luiza Rangel – que aqui escreve. A pesquisa se debruça sobre as práticas do teatro contemporâneo com foco específico no uso das narrativas de si como construção imagética e textual, tendo o teatro documentário e autoficção como categorias estéticas inspiradoras. A dramaturgia que resultou desta pesquisa está estruturada em dois atos. Em 14 de dezembro de 2019, o espetáculo Fale sobre mim foi apresentado no Palcão da UNIRIO e reuniu na plateia: os funcionários da escola em questão, a família dos alunos e alunas envolvidas, professores e alunos da UNIRIO, além de público espontâneo. Compartilhamos aqui as principais indagações, questões, aventuras que nos atravessaram neste processo artístico-pedagógico que investiga uma cena capaz de deslocar padrões estabelecidos e oxigenar modos de agir no palco e no mundo. Há um posicionamento assumidamente decolonial, que busca valorizar os saberes e a potência artística dos alunos, alunas e professores de escola pública – sujeitos frequentemente excluídos da cena social e política do país e com pouquíssima representatividade nas narrativas hegemônicas. Acredita-se, por fim, que esta pesquisa seja um ensaio revolucionário, um movimento de resistência que se soma a tantos outros no panorama artístico e educacional do Brasil.
METODOLOGIAS DE ENSINO DO TEATRO COMO PRÁTICA TRANSFORMADORA
Discente: Carlos Alberto Ramôa Resumo: Trata-se de uma pesquisa onde transcrevo minhas aulas e técnicas utilizadas para o auxílio no desenvolvimento humano de indivíduos, os quais sofrem algum trauma, seja ele físico ou psicológico, indivíduos estes que são discentes de três turmas do segundo ano do Ensino Médio nas quais leciono aulas de Artes, especificamente com a linguagem teatral. Nas minhas aulas tento encontrar soluções para o melhor desenvolvimento no que se sugere ao ensinamento do teatro nas escolas públicas, soluções estas que me fazem pensar em qual seriaa melhor forma de inserir esses alunos no universo teatral. No decorrer das aulas, identifiquei que alguns educandos sofrem certos tipos de opressões impostas por seus próprios familiares e conhecidos. Com isso, tive a ideia de aplicar jogos e técnicas do “Teatro do Oprimido”, para alcançar e tentar fazer com que eles vençam suas dificuldades interiorizadas, que impedem o bom andamento de suas evoluções, tanto profissionais, como sociais, pois como Augusto Boal diz: “O Teatro do Oprimido, em todas as suas formas, busca sempre a transformação da sociedade no sentido da libertação dos oprimidos. É ação em si mesmo, e é preparação para ações futuras. Não basta interpretar a realidade, é necessário transformá-la!”. Utilizo dessas técnicas para a construção de um trabalho final, no qual, os alunos possam mostrar suas opressões e transformá-las, de forma que sua vida se modifique simultaneamente, sendo vivenciada por eles, como uma forma de transformar o ideal e a utopia em realidade possível. Vi nesta situação, a possibilidade de dar maior prazer e significado ao meu ofício como educador, podendo ajudar a essas pessoas, que além de alunos, são seres humanos que muitas vezes não têm sequer uma base de apoio familiar.
O DESPERTAR DOS CORPOS E O DISTANCIAMENTO DO OLHAR Fissuras e empoderamento na Escola Pública da Baixada
Discente: Daniela Araújo. Resumo: O presente trabalho denota a busca de possibilidades metodológicas no campo do teatro-educação para jovens periféricos em um colégio estadual no distrito de Piabetá, localizado na Baixada Fluminense. Uma sistematização das principais experiências do teatro nas aulas de arte nos tempos meritocráticos, em território de desigualdades, ausências e medos. Entendendo a escola como um espaço de disputa de pensamentos, as aulas de artes atuam na diretriz de uma educação libertadora que contribuía na construção de um olhar crítico e um corpo empoderado. Uma trajetória em diálogo com teóricos no campo da educação, da sociologia, da filosofia e do teatro ao encontro das estéticas da dialética e do oprimido, a serviço dos filhos da classe trabalhadora para que não se fale apenas da periferia, mas que contribua para o fim de suas desigualdades.
ENTRE LUTAS E AFETOS: O DIÁLOGO ENTRE O TEATRO E A POESIA FALADA NA SUBJETIVIDADE FEMININA
Autor: ANDREIA CARLA CERQUEIRA MORAIS SALGADO A presente pesquisa narra o processo de uma prática-teórica com um grupo de seis alunas da Rede Pública do RJ, numa proposta dialógica entre a linguagem poética e a linguagem teatral, a favorecer uma escrita genuína e legítima dessas estudantes, em moldes decoloniais. O assunto de interesse é a desigualdade de gênero, os efeitos nocivos que isso causa no universo escolar e na sociedade, e que caminhos, a partir da arte, podemos criar para defender um lugar de fala, posicionamento e afirmação dessas meninas, a fim de questionar os códigos de representação constituídos, aceitos e perpetuados. A proposição está na construção de uma narrativa poética cênica que possa problematizar e elaborar novas possibilidades de estar no mundo, na construção de um caminho de libertação dos conceitos ocidentais como inerentes e absolutos, não com o propósito de abandoná-los ou ignorá-los, mas de ressignificá-los, ampliá-los e dar- lhes possibilidade de novas leituras, olhares e saberes. O material está dividido em: Prólogo do Diário, Diário de Bordo e Livro de poesias, com o resumo dos estímulos para as escritas. O diário de bordo traz a descrição de todo processo: construção e andamento do trabalho, frequência dos encontros, impulsos para as escritas, reflexões, discussões, metodologias utilizadas, jogos teatrais e improvisações, programações culturais, apresentação/debate nas escolas e avaliações.
Pedagogia do Terrir: a metodologia de bordas no ensino das artes cênicas
Autor: Rosa Nogueira
PLANO DE INFILTRAÇÕES NA ESCOLA uma análise de atuação docente em Teatro no campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense
MARIA SIQUEIRA QUEIROZ DE CARVALHO A dissertação investiga experiências de ensino do Teatro e formação de professores de Teatro no campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense. O primeiro capítulo trata da educação profissional, situando a instituição escolar a partir da visão de Foucault, investiga a relação dos jovens alunos de Ensino Médio Integrado com a escola e, debatendo com autores do campo da Pedagogia do Teatro, discute o papel das aulas de Teatro no tensionamento e elaboração desta relação. O segundo capítulo trata do curso de Licenciatura em Teatro e, a partir da compreensão das especificidades do universo escolar do autor Jorge Larrosa, propõe uma aproximação entre a realidade escolar e a formação de professores, além de trazer o conceito de identidade docente enquanto pilar desta formação; as discussões são enriquecidas pela análise da coexistência e compartilhamento de professores entre cursos de licenciatura e ensino básico no instituto. O terceiro capítulo debate a extensão universitária, sua relevância e a potência do trabalho extensionista de ensino do Teatro para a formação de professores com uma identidade democrática.
Entre a aula e o espetáculo: processos poéticos de criação em pedagogia do teatro
ALESSANDRA BARBOSA DA NOBREGA BIA Esta pesquisa relata o desenvolvimento do processo poético de Alessandra Biá junto aos seus alunos, vivenciado entre os anos de 2013 até 2018, na Escola Municipal Professor Paulo Freire localizada no Complexo da Maré, Rio de Janeiro, Brasil. Durante cinco anos tentou-se desenvolver um trabalho cênico que aproximasse o cotidiano da comunidade, do professor, da arte, da educação, tentando desconstruir o papel do professor, do aluno e da aula; de forma a enxergar a escola e a sala de aula como espaço de aprendizagem, liberdade de expressão artística e construção cênica.
Táticas e gambiarras pelo professor de teatro do município do Rio de Janeiro
FLAVIA MORAES DA SILVA Esta pesquisa tem como foco o professor de Teatro do Município do Rio de Janeiro. E os referenciais teóricos estão balizados pelo pensamento de Michel de Certeau, Moacir dos Anjos, Helenos Santos Assunção, Ricardo Fabrino Mendonça, Ricardo Rosas e Renata Gesomino. Através da observação do cotidiano do professor de teatro do Rio de Janeiro - quais táticas e gambiarras são geradas a partir dos seus modos de fazer - o estudo pretende discutir as relações desenvolvidas pelos professores de teatro do Município do Rio de Janeiro. A metodologia consistiu na observação das aulas de três professores da Rede Municipal do Rio de Janeiro, de diferentes coordenadorias regionais de ensino (CRE).
DA RUA À SALA DE AULA: O ENSINO DAS ARTES CÊNICAS E A BUSCA DE NARRATIVAS COLABORATIVAS E POLÍTICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA CARIOCA
Autor: ADELSON LUIS FERREIRA DA SILVA Trata do processo colaborativo teatral e da criação coletiva se constituem como metodologias pedagógicas. Ambos estão previstos nas orientações curriculares para o ensino de Artes Cênicas da rede municipal do Rio de Janeiro. Esse memorial reflexivo parte das preocupações e memórias de seu autor enquanto professor e ativista que participou ativamente das jornadas de junho de 2013 para chegar à sua proposta pedagógica hoje, cuja a prática resultou em dois espetáculos autorais e colaborativos: “Cacos, coisas minhas; coisas nossas” (2018) e “Marias do Brasil” (2019). Ao relatar ambos os processos, conectados com a sua experiência pessoal e refletindo sobre a própria escrita acadêmica como forma de se posicionar sobre a realidade que nos cerca, entende-se também esse percurso como uma meta- referência, onde o “narrar-se” discente se prolonga no docente revelando sua potência política.