Portal UnirioGuia Telefônico Contatos
Você está aqui: Página Inicial / TCCs defendidos em 2022

TCCs defendidos em 2022

TEXTO E AÇÃO: Autonomia Criativa na Formação de Jovens e Adultos da Rede Pública do Rio de Janeiro. DISCENTE: PATRICIA SANTOS DE OLIVEIRA DO PRADO (PATRICIA ALENCAR)

Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar, através de um memorial, a utilização da Pedagogia Teatral como prática coletiva e social. Como fundamentação teórico-prática, o trabalho foi embasado em alguns dos princípios e pressupostos filosóficos e conceituais das ações físicas e análise ativa, propostos por Stanislávski; articulados aos desdobramentos metodológicos e diferentes abordagens também propostos por Viola Spolin e contextualizados à realidade do ensino da Escola Pública. O estudo foi realizado a partir de três experimentos teatrais com estudantes da Escola de Teatro FAETEC Quintino do Estado do Rio de Janeiro e do Programa de Educação de Jovens e Adultos do Município do Rio de Janeiro. Para delimitar um recorte na prática pedagógica, elegemos três paradigmas: ética, processualidade e autonomia no sentido de tornar possível as conexões com os experimentos realizados. Palavras - chave: Ensino Público; Autonomia; Ética, Processualidade e Ação Física.

 

ISSO QUE A GENTE FEZ É TEATRO? Um projeto de ensino de teatro com a comunidade escolar do Colégio de Aplicação da UFRJ.

Discente: MAKSIN BARBOSA OLIVEIRA

Resumo: Este trabalho descreve e analisa o processo de implementação do projeto de ensino de teatro denominado Comunidade em cena, no Colégio de Aplicação da UFRJ, em 2019. Ao longo de seis meses, 18 pessoas de diversas funções sociais relacionadas ao colégio participaram das aulas que culminaram com a exibição pública do esquete A saga da família Jacinto, seguida de debate com as pessoas envolvidas na proposta. Em diálogo com Paulo Freire, José Pacheco e Zygmunt Bauman, são trazidas reflexões sobre a escola como espaço comunitário complexo repleto de potências e contradições que agencia diferentes sujeitos que se envolvem, de modo diverso, uns com os outros e com aquele espaço específico. Dialogando com Hugo Cruz e Augusto Boal, é discutido o teatro com faxineiras, professores, assistentes de alunos e outros atores e atrizes sociais como elemento de impacto para o protagonismo de sujeitos invisibilizados nas periferias da comunidade escolar. Apontando para a percepção da arte como um direito e não um privilégio, reflete-se sobre a ampliação do sentido de comunidade nos participantes do projeto por meio da aprendizagem da linguagem do teatro. São analisados os pressupostos metodológicos que sustentaram a prática artístico-pedagógica de desenvolvimento da proposta a partir do diálogo entre Paulo Freire, Ana Mae Barbosa, Hugo Cruz e Augusto Boal para acolhimento dos diferentes sujeitos que passaram pelo Comunidade em cena. Por fim, o empoderamento experimento pelo elenco, bem como o envolvimento do público que prestigiou a peça A saga da família Jacinto e a roda de conversa sobre o processo, levam a perspectivar contribuições de princípios do Teatro em Comunidades para a construção de uma escola mais democrática, apoiada em princípios cidadãos. PALAVRAS-CHAVE: Teatro em comunidades; Ensino de teatro; Escola.

 

COMO O TRABALHO UNIFICADO DA DANÇA, DA MÚSICA E DO TEATRO AFETA O ENSINO DA ARTE? Discente: JOANA DE FREITAS CERTO

RESUMO:  A presente dissertação reflete sobre o trabalho unificado das linguagens artísticas da Dança, da Música e do Teatro, conduzidas por algumas Manifestações Culturais Populares Brasileiras, previamente escolhidas, para analisar uma prática da pedagogia, aqui denominada como brincante, e suas afetações no ensino da Arte na educação básica. O trabalho indica a eficácia do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que foi o grande possibilitador para a concretização desta pesquisa, apresentando todas as suas características, seus objetivos e seu desenvolvimento no Colégio Estadual Doutor Phillippe Uebe, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, é realizada uma avaliação tanto do programa quanto do trabalho, pautando-a nas observações e opiniões dos estudantes e bolsistas que participaram do PIBID Artes, durante o processo de investigação, que é incrementado pelas declarações aqui descritas. A dissertação consiste na contextualização da estrutura do PIBID e do PIBID Artes, no trabalho unificado realizado no ano letivo de 2019 e no relato da experiência na escola. Dissertei sobre os contextos das Manifestações Culturais selecionadas, para a afirmação de uma pedagogia diferenciada, além da reflexão dos pontos de vistas, visões e justificativas dos sujeitos dessa experiência. A investigação se alicerça ainda no material pedagógico produzido pelos bolsistas e os planos de aula elaborados, que se encontram no apêndice, como material fundamental para o enfrentamento epistemológico realizado. A pesquisa é pautada nos marcos teóricos de Augusto Boal, Émile-Jacques Dalcroze, Bell Hooks, Isabel Marques, Juliana Manhães, Paulo Freire, Sebastião Rocha, Viola Spolin, e outros mais. Este estudo permite um novo olhar sobre o que se entende como cultura popular e seus valores sociais e éticos, que agregam a singularidade do indivíduo e do coletivo, bem como testifica a necessidade de um docente adequado à cada uma das linguagens artísticas — Artes Visuais, Dança, Música e Teatro — e do programa na escola, ponderando novas formas de ensinar integralmente, ressaltando a relevância de aspectos negligenciados na educação do Ensino Fundamental — Anos Finais — e Ensino Médio: a brincadeira, a memória afetiva, o prazer e o engajamento coletivo. Palavras-chave: PIBID. Ensino da Arte. Trabalho Unificado. Docente Adequado. Manifestações Culturais Populares Brasileiras.

 

ABRINDO AS CORTINAS PARA O FEMINISMO: EDUCAÇÃO E TEATRO COMO FORMA DE EMPODERAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO

Discente: ANA MARIA MANGETH 

Resumo: Esta pesquisa tem como público alvo, crianças do ensino fundamental I, da Escola municipal Teotônio Vilela, localizada no conjunto Esperança no complexo da Maré. Como professora de Artes Cênicas, compartilhei a técnica do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, junto com a teoria feminista, reformulando para o universo infantil, mas procurando estabelecer em minhas aulas um olhar diferenciado para o feminino. Apresento as minhas fontes de pesquisas, autores essenciais para a compreensão do que eu estava buscando e alicerce para o planejamento das aulas, ou incentivo para revisitar antigas práticas com a convicção de que sempre é possível mudar, estabelecer pontes entre os autores e focar o objetivo, que consiste em estabelecer uma educação libertária, solidária e igualitária, dentre eles: Paulo Freire, Bell Hooks, Augusto Boal, Flavia Biroli, Silvia Federeci, Verônica Gago. Em seguida mostro os acertos e fracassos, nas diferenças entre uma turma e outras. Afinal falar em igualdade num país tão desigual quanto o nosso é uma tarefa árdua. Valorizar o feminino é enfrentar uma herança patriarcal que desqualifica ou deprecia corpos femininos. A pesquisa chega ao final onde apresento contações de histórias, vivências, através de dramatizações realizadas pelos alunos, escolhas de autoras feministas próximas da realidade do meu público, ao mesmo tempo em que procuro alinhar o pensamento de Boal para essa faixa etária do Ensino Fundamental 1. Palavras-Chave: Feminismo, Teatro do Oprimido, Transformação, Educação Libertária, Igualdade.

 

O TEATRO NA ESCOLA PELO OLHAR DO DIRETOR-PEDAGOGO.

Discente: MARCOS CLÓVIS FOGAÇA

Este trabalho de conclusão de curso de Mestrado é composto por um memorial e dois artigos que apresentam reflexões sobre o ensino do teatro e a produção cênica no ambiente escolar, na Escola Estadual Professor Altamir Gonçalves na cidade de Sorocaba, SP. No memorial o autor discorre sobre sua relação com o teatro na infância até o ensino superior e suas primeiras aprendizagens com o ofício de professor. O primeiro artigo tem como
objetivo refletir sobre a figura do professor que, ao criar com os estudantes encenações teatrais na escola, assume o papel de encenador teatral. A pesquisa investiga então quais reflexões surgem sobre a direção teatral com crianças e adolescentes na educação básica, nas disciplinas de Arte e Projeto de Vida. O segundo artigo, escrito em parceria com a orientadora Jacyan Castilho e publicado no dossiê Pedagogia das Artes Cênicas em tempos pandêmicos, da Revista Urdimento, v.2 n. 41 (2021), traz um relato da experiência de ensino em plataformas on-line para discentes do Ensino Fundamental II na cidade de Sorocaba, SP, realizada durante a pandemia de Covid-19 em 2020-21. O artigo explana a metodologia e resultados do processo com os estudantes, tendo com eixo condutor os procedimentos sob a perspectiva da aprendizagem ativa, e considerando o ambiente
remoto como dispositivo estruturador de linguagem. Palavras-chave: Teatro na escola. Diretor-pedagogo. Festival de teatro. Teatro virtual. Teatro na pandemia.

  

CORPO COMMICO Estudos dos arquétipos da Commedia dell’Arte nos dias atuais

Discente: TÁRLIA LARANJEIRA CARDOSO

Corpo Commico - Estudos dos arquétipos da Commedia dell’Arte nos dias atuais examina, a partir da frase de Roberto Tessari “A Commedia dell’Arte nunca existiu porque sempre existiu”, as referências arquetípicas do inconsciente coletivo apoiando-se na psicologia analítica pesquisadas por C.G. Jung e na terapia corporal do G.D.S; estofo para construir uma pedagogia teatral corporal de personagens-tipo nos dias atuais. Prática da metodologia experimentada com três turmas online durante a pandemia da covid no ano de 2021. Palavra-chave: Arquétipo, Commedia dell’Arte, Corpo commico

 

SALGANDO OS CORPOS DÓCEIS NA PANCADA DO PANDEIRO: O COCO DE RODA COMO INSTRUMENTO DE RESTAURAÇÃO DO CORPO BRINCANTE 

Discente: DANIELE ZAMORANO PEREIRA RODRIGUES

O presente trabalho intenciona investigar mecanismos e táticas de salgamento dos corpos, aqui desenvolvidas em articulação com o conceito de docilização dos corpos de Michel Foucault. Destinadas ao contexto de formação docente, estas táticas se apoiaram em fundamentos de base da cultura popular brasileira, mais especificamente na manifestação Coco, buscando modos de restauração da essência brincante dos corpos. Foram articulados conceitos como valores civilizatórios afro-brasileiros de Azoilda Loretto da Trindade,
abordagem holística do aprendizado de bell hooks, pedagogia das encruzilhadas de Luiz Rufino, reflexões do pensador indígena Ailton Krenak, notas sobre a experiência de Larrosa Bondía e propostas de fissuras ao capitalismo de John Holloway. Os mecanismos de salgamento dos corpos são pensados e construídos não para se apresentarem como uma proposta subversiva frente aos mecanismos de docilização dos corpos e valores colonialistas perpetuados pelas instituições educacionais, mas para minimizar os seus efeitos e transcendê-los. A pesquisa resulta numa proposta prática de plano de curso endereçada a professores em formação ou em exercício numa perspectiva de formação continuada, cujo eixo pedagógico são elementos rítmicos, musicais e corporais presentes no Coco, assentados nos valores civilizatórios afro-brasileiros, e na prática artístico pedagógica na concepção Exuística contemplada pela pedagogia das encruzilhadas.

Palavras-chave: formação de professores; valores civilizatórios afro-brasileiros; pedagogia
das encruzilhadas; coco de roda; salgamento de corpos; corpos dóceis.

 

Criação dramatúrgica colaborativa no ensino médio em Rio das Pedras: Procedimentos para o não ator sem vontade de dizer algo através do teatro

Discente: Ivan Fernandes

O texto apresenta o caminho didático percorrido pelo autor na consolidação de um processo pedagógico com viés colaborativo, voltado para a criação dramatúrgica e aplicado aos seus estudantes do Ensino Médio no CAIC Euclides da Cunha, situado em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro. No primeiro capítulo, o autor
identifica a realidade econômica e sociocultural da região onde leciona; no segundo, o autor descreve as condições de trabalho com que se deparou ao sair do ambiente idealizado da faculdade de licenciatura, bem como o caminho percorrido para encontrar uma didática colaborativa própria, adequada aos desafios específicos que foi capaz de identificar e enfrentar. O terceiro capítulo descreve em detalhes um processo colaborativo dramatúrgico conduzido de forma virtual, em meio à pandemia de Covid-19, tendo como ponto de partida o tema “Território”. A dissertação se encerra com as considerações finais, situando os diversos significados e usos do
termo processo colaborativo no teatro, bem como suas relações possíveis com processos pedagógicos.

Palavras-chave: processos colaborativos; criação dramatúrgica; teatro no ensino médio; teatro para adolescentes; projeto artístico-pedagógico.

 

Encontros Brincantes – Um Olhar sobre Recursos Pedagógicos na Prática Cênica junto à Primeiríssima Infância

Discente: Vanessa da Silva Alves (Vanessa Lobo)

A presente dissertação tem como objetivo relatar o processo de ações pedagógicas no campo das Artes Cênicas realizado junto a bebês e crianças pequenas por parte da autora, tendo a Contação de Histórias como fio condutor nas atividades realizadas desde 2009, com destaque para os Encontros Brincantes realizados em 2021, de forma presencial e, pontualmente durante a pandemia de Covid-19, online. O referencial teórico deste estudo é composto pela pedagogia do oprimido; pelo pensamento de Augusto Boal, em especial quando ele ressalta a relação existente entre o fazer artístico e a espontaneidade, característica que se destaca nas crianças pequenas; por reflexões decoloniais de Aílton Krenak, Sônia Guajajara e Kaká Werá e de pesquisadoras da infância, como Lídia Hortélio e Léa Tiriba. O texto busca promover reflexões sobre a importância da presença das artes, em especial das Artes Cênicas, no contexto da Primeiríssima Infância, fase de maior aprendizado em qualquer ser humano, e também apresentar possibilidades para a realização desse trabalho, como a apresentação de roteiros de ação e dinâmicas utilizadas pela autora junto ao público por ela atendido.

Palavras-chave: Contação de Histórias; Pedagogia Brincante; Primeiríssima Infância; Estudos
da Infância; Pesquisa com Bebês

 

Arena conta Pavuna: Uma rapsódia sobre práticas de Contação de histórias no ensino do Teatro

Discente: Leonardo Rodrigues Martins

O presente trabalho é um relato de experiências artístico-pedagógicas vividas durante sete anos no ensino do teatro de um importante aparelho cultural da cidade do Rio de Janeiro, a Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, localizada no bairro da Pavuna. Seu ponto de partida são elementos da prática da Contação de histórias, desenvolvidas em minha experiência de 15 anos como Contador de histórias, unidas a minha pratica no ensino do teatro, na interface entre ser ator, professor e contador de histórias. Utilizo o conceito de Teatro Rapsódico criado por Jean-Pierre Sarrazac não apenas para fundamentar o tipo de teatro que se articula com a Contação de histórias mediado pela figura de um ator-narrador, como também para a estrutura narrativa desse relato, composto pelas relações com o território da Pavuna e sua comunidade, revelados por vários espetáculos criados entre 2014 e 2020, em especial o espetáculo Jogo da Velha. O conceito de Teatro Comunitário também é central no trabalho, descolonizando as relações centro-periferia e utilizando histórias de vida dos participantes como base das narrativas do espetáculo analisado, visando estimular a autonomia de seus sujeitos, da criação de sentimentos de pertencimento, de protagonismo em processos participativos, democráticos, antirracistas e multiculturais.

Palavras-Chaves: Ensino do teatro; Contação de histórias; Teatro Rapsódico; Teatro Comunitário; Histórias de vida.

PEGADAS NO CHÃO DA ESCOLA EM BUSCA DE UMA ANCESTRALIDADE PEDAGÓGICA: PERFORMANCE E ESTÉTICA DO OPRIMIDO EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO RIO DE JANEIRO

Discente: Débora Cerqueira Salem

A presente pesquisa versa sobre a trajetória de uma professora de teatro/ performer em uma escola pública do Rio de janeiro e suas práticas pedagógicas ao longo de três anos, tendo uma Pandemia global no meio do caminho. Tendo como base a performance e a Estética do Oprimido em transversalidade a uma educação antirracista, antissexista, antimachista e “anti” todas as formas de Opressão.

Palavras-chave: Estética do Oprimido; Performance; Escola Pública; Pandemia Mundial; Opressão