Ferramentas Pessoais

Você está aqui: Página Inicial / Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern

Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern

Família: MALVACEAE

Nome científico: Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern

Nome popular: vinagreira

 

Hibiscus acetosella - Canto das Flores 1

Hibiscus acetosella - Canto das Flores 2

Hibiscus acetosella - Canto das Flores 3

Fotos: Ricardo Cardoso Antonio

Hibiscus acetosella - Canto das Flores 4

Foto: lezumbalaberenjena /Creative Commons BY-NC-ND 

Hibiscus acetosella - Canto das Flores 5

Foto: lezumbalaberenjena / Creative Commons BY-NC-ND  

Barra exsicata

Para o PDF da etiqueta, clique aqui.

Hibiscus acetosella - exsicata

Foto: Matheus Gimenez Guasti

Barra verde - características

Hibiscus acetosella, conhecido popularmente como vinagreira, groselheira ou quiabo-roxo, é uma planta de origem africana que, atualmente, possui ampla distribuição em todo o mundo, sendo usada como ornamental, medicinal e considerada uma PANC, com diversas aplicações culinárias.

A vinagreira é um arbusto sufruticoso, alcançando até 2,0 metros de altura. Com filotaxia alterna, suas folhas são pecioladas e apresentam estípulas; sua lâmina é dividida em 3 a 5 lóbulos, com margem crenada e ápice obtuso; são comumente arroxeadas ou vináceas, assim como o caule, devido à forte presença de antocianinas, embora exista uma variedade menos comum desta espécie, com folhas e caules verdes e flores vináceas*. Na face abaxial das folhas, sob a nervura central, é possível observar o nectário semelhante a uma pequena fenda. As flores são grandes, vistosas, solitárias e axilares, possuindo epicálice ornamentado com bractéolas de ápice bifurcado e cálice gamossépalo, todos vináceos; sua corola é dialipétala, com pétalas de coloração mais escura na base e rosa no ápice, com nervuras vináceas. No centro, há o característico tubo estaminal (ou coluna estaminal), formado pelos filetes dos estames unidos, com o estilete percorrendo o seu interior e com o estigma no ápice. Fruto tipo cápsula, com cálice e epicálice persistentes e sementes marrons.

Na medicina tradicional, a vinagreira é utilizada principalmente na África, o combate à anemia e na estimulação da lactação. Suas folhas são submetidas à infusão e o chá é ingerido, buscando melhorias no desempenho físico e mental, no combate à ansiedade e angústia, e no controle da pressão arterial. Estudos acerca da sua atividade biológica demonstraram a presença de classes de compostos secundários com propriedades antioxidantes, antibióticas, anti-inflamatórias e bactericidas. A vinagreira também é uma planta comestível não convencional, uma PANC: suas folhas e flores podem ser saboreadas cruas, em saladas; suas folhas podem ser cozidas ou refogadas; seus cálices e epicálices, que se mantém persistentes na frutificação, são muito usados para a preparação de molhos, geleias, conservas e bebidas, dentre estas, o famoso chá de hibisco. Há, no entanto, uma outra espécie que é mais comumente usada na preparação do chá de hibisco: o Hibiscus sabdariffa, também chamado de vinagreira, azedinha ou Roselle, mas que possui folhas verdes, flores de cor creme com fundo da corola avermelhado e frutos maiores e mais suculentos. Ambas as espécies são utilizadas na preparação do chá de hibisco. Além destas aplicações, o Hibiscus acetosella é uma planta extremamente ornamental. Suas folhas vináceas e sua floração, com ocorrência durante quase o ano inteiro, fazem dela uma ótima alternativa na composição de ambientes externos, como cerca viva ou em canteiros junto a muros. Não bastando, das folhas da vinagreira são extraídas fibras têxteis de aplicação industrial.

O nome do gêneroHibiscus, vem do grego ebiskos ou ibiscos, usado pelo grego Dioscorides para plantas semelhantes à malva (Althaea officinalis), popularmente conhecida como marshmallow (malva-do-pântano). O seu epíteto específico, acetosella, é diminutivo de acêtum, palavra latina que denomina o vinagre, do francês vin aigre, que significa vinho azedo, uma referência direta ao sabor azedo de suas folhas, daí o nome popular, vinagreira. Em outros países é chamada de Cranberry hibiscus, African rosemallow ou falsa Roselle, em alusão à Roselle, a verdadeira: o Hibiscus sabdariffa, que pode ser observado nas fotos abaixo.

Hibiscus sabdariffa

Foto: nicolahs / Creative Commons BY-NC

Hibiscus sabdariffa 2

Foto: Dmitry Ivanov / Creative Commons BY-NC

Autoria: Sandra Zorat Cordeiro (2020)

*Para conhecer as duas variedades de Hibiscus acetosella, a roxa e a verde, e o Hibiscus sabdariffa, você pode clicar em: Matos de Comer - Qual o verdadeiro chá de hibisco? 

Barra verde - referências bibliográficas

Cardoso, P.S.; Mandalli, F.D.; Barichello, T.; Amaral, P.A. Potencial antibacteriano e perfil farmacognóstico das folhas de Hibiscus acetosella Welw Ex Hiern. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 17, n. 2, p. 170-174, 2018. 

Dias, H.A. Efeitos de tratamentos de luz na germinação e desenvolvimento inicial de Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern. 2019. Monografia. (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Instituto de Biociências, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Esteves, G.L.; Duarte, M.C.; Takeuchi, C. Sinopse de Hibiscus L. (Malvoideae, Malvaceae) do Estado de São Paulo, Brasil: espécies nativas e cultivadas ornamentais. Hoehnea, v. 41, n. 4, p. 529-539, 2014. 

Fagundes, G.E.; Massunaga, N. Ações terapêuticas da planta Hibiscus acetosella Welw. ex Hiern. Revista Brasileira de Nutrição Funcional, v. 15, n. 65, p. 13 -18, 2016

Kinupp, V.F., Lorenzi, H. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. Reimpressão. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 2017.

Lorenzi, H. Plantas para jardim no Brasil – herbáceas, arbustivas e trepadeiras. 2ª. ed., São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora. 2015.

Quattrocchi, U. CRC World Dictionary of Medicinal and Poisonous Plants: Common Names, Scientific Names, Eponyms, Synonyms, and Etymology. Reimpressão. Boca Raton: CRC Press. 2012.

Ranieri, G.R. Guia prático sobre PANCs: plantas alimentícias não convencionais. São Paulo: Instituto Kairós, 2017. Disponível em: https://institutokairos.net/wp-content/uploads/2017/08/Cartilha-Guia-Pr%C3%A1tico-de-PANC-Plantas-Alimenticias-Nao-Convencionais.pdf. Acesso em: 13. Mai. 2020.

Ranieri, G.R. Matos de comer: Qual o verdadeiro chá de hibisco? Disponível em: http://www.matosdecomer.com.br/search?q=Hibiscus+acetosella. Acesso em: 13. Mai. 2020.

Wilson, F.D. Revision of Hibiscus section Furcaria (Malvaceae) in Africa and Asia. Bulletin of the Natural History Museum, v. 29, n. 1, p. 47-79, 1999.

contador grátis

Menu

Página Inicial

Histórico

Patrono  Símbolo verde claro

 

Dia Nacional da Botânica 

Chaves para Vegetais Criptogâmicos

      Fundo Algas

Acervo

- Coleção Claudia Bove

Serviços

Equipe

Colaboradores

Parcerias

Projetos de Extensão   

- Canto das Flores ONLINE  

     Logo Coleção Didática - definitivo

Fale conosco

Divulgação

HUNI na mídia

Eventos

Agradecimentos

 

ACESSO AO ACERVO HUNI

>>> JABOT <<<

     Logo HUNI sem nome 

>>> SPECIES LINK <<<

     Logo HUNI sem nome

Nossas mídias sociais: 

Logo Facebook   Logo Instagram

 

Apoio

Logo FAPERJ

 

 

 

 

Colaboração

              JBRJ

 INCT

SpeciesLink