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Duranta erecta L.

Família: VERBENACEAE

Nome científico: Duranta erecta L.

Nome popular: violeteira, pingo-de-ouro, brinco-de-oxum

 

Duranta erecta - Canto das Flores 1

Duranta erecta - Canto das Flores 2

Duranta erecta - Canto das Flores 3

Duranta erecta - Canto das Flores 4

Fotos: Ricardo Cardoso Antonio

Duranta erecta - Canto das Flores 5

Foto: Sandra Zorat Cordeiro

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Duranta erecta - exsicata

Foto: Matheus Gimenez Guasti

Barra verde - características

Duranta erecta é uma espécie nativa do continente americano, ocorrendo essencialmente na região tropical, sendo considerada, no Brasil, uma espécie naturalizada. Apresenta-se como um arbusto ereto, atingindo cerca de 2,0 m de altura, de caule lenhoso e filotaxia oposta, com folhas de cor verde claro a amarelo. Suas inflorescências desenvolvem-se na porção distal dos ramos, em racemos axilares, com perfumadas flores de cálice verde e corola azul-pálida ou azul-arroxeada, que dão à espécie um de seus nome populares: violeteira. Embora as flores tenham importância ornamental secundária, atraem muitos polinizadores, principalmente abelhas e borboletas. Seus frutos sim, são bastante ornamentais, criam um efeito paisagístico bastante interessante, devido ao seu formato esférico, de cor amarelo-ouro a laranja, formando cachos pendentes, justificando seus outros nomes populares, pingo-de-ouro ou brinco-de-oxum.

O pingo-de-ouro é uma espécie facilmente encontrada em jardins, pela facilidade de seu cultivo e pela possibilidade de arranjo ornamental através da topiária. Suas folhas de coloração verde claro tornam-se mais amarelas, brilhantes e vistosas quando a planta é mantida em sol pleno. Embora seus frutos sirvam de alimento para pássaros, são extremamente venenosos para o homem, pois possuem uma saponina que pode causar sono, distúrbios visuais, taquicardia, convulsões e até a morte, dependendo da dose ingerida. Na medicina tradicional, no entanto, os frutos da violeteira possuem propriedades antifúngicas, antimaláricas e larvicidas, e são usados contra doenças de pele. 

A violeteira foi primeiramente descrita em 1703 por Plumier (ver Plumeria rubra), que denominou esta espécie como Castorea racemosa, onde o gênero era uma homenagem a Castore Durante, um botânico, médico e poeta que viveu durante a época Renascentista, na Itália. Dentre as obras de Castore estão o Herbario Novo (1585), com descrição de plantas medicinais da Europa e Índias Ocidentais e Orientais e Il Tesoro della Sanità (1586) um tratado popular com recomendações de saúde, higiene e receitas médicas.

Acontece que, em 1703, quando descreveu esta espécie, Plumier não depositou o material vegetal em nenhum herbário; na verdade, os herbários ainda eram caseiros e particulares, e tudo era registrado a partir de gravuras, e foi isso que Plumier fez: uma gravura. Após 30 anos, em 1733, sob encomenda do botânico holandês H. Boerhaave, foi produzido um conjunto de 508 desenhos a partir das gravuras originais de Plumier, esse conjunto de desenhos ficou conhecido como "Codex Boerhaavianus".

Quando morou na Holanda, entre 1735 e 1739, Linnaeus teve acesso ao Codex. Em 1753, Linnaeus publicou seu Species Plantarum, onde renomeou Castorea racemosa, chamando-a então de Duranta erecta, mantendo a homenagem a Castore Durante. O epíteto específico erecta remete à orientação vertical do caule da planta.

O mais incrível desta história é que Linnaeus incluiu descrições minuciosas da espécie no seu livro baseado apenas nas ilustrações de Plumier e nas reproduções do Codex, sem nunca ter visto a espécie ao vivo, já que o espécime vegetal nunca esteve disponível. O desenho do Codex, por ser mais fiel à descrição de Linnaeus, foi eleito lectótipo desta espécie e encontra-se depositado com a figura n.° 212 Codex Boerhaavianus na Biblioteca da Universidade de Groningen, na Holanda. 

Das mais de 500 gravuras do Codex, grande parte figura como lectótipo das espécies ali desenhadas, descritas a partir da imagem, sem análise do espécime vegetal. Isso é apenas um exemplo da importância fundamental da Ilustração Botânica na história e desenvolvimento da Scientia amabilis até os dias de hoje. 

Autoria: Sandra Zorat Cordeiro (2019)

Barra verde - referências bibliográficas

Lopes, R.K.; Ritter, M.R.; Rates, S.M.K. Revisão das atividades biológicas e toxicidade das plantas ornamentais mais utilizadas no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 7, n. 3, p. 305-315. 2009.

Lorenzi, H. (2015) Plantas para jardim no Brasil – herbáceas, arbustivas e trepadeiras. 2ª. ed., São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.

Moroni, P. Duranta in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15139>. Acesso em: 27 Nov. 2019.

Moroni, P.; Salomón, L.; O'Leary, N. A framework for untangling Linnaean names based on Plumier’s Nova plantarum americanarum genera: Revised typification of Duranta erecta. Taxon, v. 67, n. 6, p. 1202-1208, 2018.

Munir, A.A. A taxonomic revision of genus Duranta (L.) Verbenaceae in Australia. Journal of Adelaide Botanic Garden, v. 16, p. 1-16, 1995

Quattrocchi, U. (2012) CRC World Dictionary of Medicinal and Poisonous Plants: Common Names, Scientific Names, Eponyms, Synonyms, and Etymology. Reimpressão. Boca Raton: CRC Press. 2012.

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