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Heterotis rotundifolia (Sm.) Jacq.-Fél.

Família: MELASTOMATACEAE

Nome científico: Heterotis rotundifolia (Sm.) Jacq.-Fél.

Nome popular: xale-espanhol

 

Heterotis rotundifolia - Canto das Flores 1

Heterotis rotundifolia - Canto das Flores 2

Fotos: Ricardo Cardoso Antonio

Heterotis rotundifolia - Mokkie - Canto das Flores 3

Foto: Mokkie / Creative Commons BY

Heterotis rotundifolia - Reinaldo Aguilar - Canto das Flores 8

Foto: Reinaldo Aguilar / Creative Commons BY-NC-SA

Heterotis rotundifolia - Reinaldo Aguilar - Canto das Flores 6

Foto: Reinaldo Aguilar / Creative Commons BY-NC-SA

Heterotis rotundifolia - Reinaldo Aguilar - Canto das Flores 5

Foto: Reinaldo Aguilar / Creative Commons BY-NC-SA

Heterotis rotundifolia - Reinaldo Aguilar - Canto das Flores 7

Foto: Reinaldo Aguilar / Creative Commons BY-NC-SA 

Heterotis rotundifolia - Canto das Flores 9 -© www.NatureLoveYou.sg

Foto: © www.NatureLoveYou.sg

Barra exsicata

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 Heterotis rotundifolia - Exsicata

Foto: Matheus Gimenez Guasti

Barra verde - características

Conhecida popularmente como xale-espanhol ou pinklady, a Heterotis rotundifolia é uma espécie oriunda do continente africano, naturalizada em quase todo o mundo e com status de ornamental pelas sua características mais marcantes: floresce durante boa parte do ano e é usada para cobertura de solos de modo bastante eficiente.

A Heterotis rotundifolia se apresenta como uma erva decumbente que atinge até 20 cm de altura, podendo enraizar nos nós que permanecem em contato com o solo. Seu caule é avermelhado, hirsuto, e possui filotaxia oposta-cruzada, com folhas pecioladas, rotundas (orbicularesou, no caso de ovadas-lanceoladas, com ápice suavemente agudo e base notadamente obtusa. As folhas, cobertas por tricomas em ambas as faces, também exibem a característica nervação curvinérvea da família Melastomataceae, com três nervuras saindo da base em direção ao ápice. As flores se destacam em meio à folhagem, são solitárias, terminais e vistosas, com hipanto verde coberto por tricomas estrelados, cálice verde e corola pentâmera rosa ou lilás, estames marcadamente dimórficos e com cores distintas: amarelos e lilases. Seu fruto é tipo cápsula

Em ambientes naturais, a Heterotis rotundifolia pode ser encontrada em locais úmidos, no interior de áreas florestais, próxima a córregos ou sobre rochas. Como ornamental, por conta da folhagem rasteira, das belas e coloridas flores e de seu rápido crescimento, é aplicada na harmonização de ambientes externos, formando extensas superfícies de cobertura em jardins e na composição de guias de passagem e de caminhos; é ainda empregada em áreas que necessitam de estabilização do solo. Apesar de seu uso paisagístico, o risco de introdução desta espécie é alto. Ao escapar do controle nas regiões onde é inserida como ornamental, espalha-se rapidamente, seja de modo vegetativo, ou por sementes, já que as produz em grande número. O resultado é a formação de colônias densas em áreas sombreadas sob o dossel, monopolizando recursos e sufocando o estrato herbáceo, causando deslocamento de espécies nativas e alterando as estruturas da comunidade original.

Na medicina tradicional, o xale-espanhol é considerado uma planta com propriedades antissépticas, analgésicas e anti-inflamatórias. Folhas e frutos são aplicados no tratamento de problemas gastro-intestinais, circulatórios, reumatismo, febre, resfriado, tosse, icterícia e até tuberculose. Estudos acerca do seu óleo essencial revelaram a presença de substâncias com atividades antipiréticas, anti-câncer, antimicrobiana, antioxidante e anti-protozoárias. Embora aqui no Brasil não seja considerada uma PANC, a Heterotis rotundifolia é usada como alimento em alguns países da África Ocidental: suas folhas são consumidas in natura ou usadas como tempero. Também nestes países, esta espécie possui uso ritualístico, sendo utilizada em banhos de purificação espiritual, para afastar "energias ou espíritos negativos".

A Heterotis rotundifolia foi originalmente classificada como uma espécie do gênero Osbeckia, uma homenagem de Linnaeus ao seu discípulo, o explorador e naturalista sueco Pehr Osbeck (1723 - 1805), recebendo o nome de Osbeckia rotundifoliaepíteto específicorotundifolia, remete ao formato das folhas. Tempos depois, passou a ser classificada como pertencente ao gênero Dissotis, recebendo o nome de Dissotis rotundifolia. Este gênero origina-se do grego e significa "de dois tipos", em referência aos estames dimórficos e de cores distintas; por conta das regras taxonômicas, o epíteto foi mantido. Após mais alguns estudos taxonômicos, verificou-se que, na verdade, apesar de bem parecida com as outras do gênero Dissotis, era "um pouco diferente", não se enquadrando neste gênero. Daí, o nome do gênero, Heterotis, que provém do grego ετερο (hetero) e significa diferente, no caso, diferente do gênero Dissotis. Quanto aos nomes populares usados para denominar esta espécie, xale-espanhol ou pinklady, não foi possível encontrar, na literatura, nada que os justificassem.

Muitas pessoas que possuem esta espécie no seu jardim, mas são desatentas no olhar, costumam chamá-la de mini-quaresmeira, o que é um equívoco... Justificam que "as folhas se parecem com as da quaresmeira" - na verdade, são um pouco diferentes... Explicam que "as flores são quase iguais às da quaresmeira" - na verdade, elas também são um pouco diferentes... A Heterotis rotundifolia embeleza o jardim com belas, pequenas e solitárias flores durante o ano todo, salpicando de cor lilás o seu manto verde..., um pouco diferente das quaresmeiras, que explodem em flores, anunciando a chegada do outono... 

Autoria: Sandra Zorat Cordeiro (2020)

Barra verde - referências bibliográficas

CABI - Invasive Species Compendium. Heterotis rotundifolia (pink lady). Disponível em: https://www.cabi.org/isc/datasheet/120226. Acesso em: 26 Jun. 2020.

GBIF - Global Biodiversity Information Facility. Heterotis rotundifolia (Sm.) Jacq.-Fél. Disponível em: https://www.gbif.org/species/5599385. Aceso em 26 Jun. 2020.

Jacques-Félix, H. Note sur trois Mélastomatacées d'Afrique. Adansonia, v. 11, n. 3, p. 545-549, 1971.

Mann, A., Egwim, E.C.; Banji, B.; Abdukadir, N.U.; Gbate, M.; Ekanem, J.T. Efficacy of Dissotis rotundifolia on Trypanosoma brucei brucei infection in rats. African Journal of Biochemistry Research (AJBR), v. 3, p. 5-8, 2009.

Ogunka-Nnoka, C.U.; Agwu, J.A.; Igwe, F.U. Nutrient and Essential Oil Compositions of Heterotis rotundifolia Leaves. American Journal of BioScience, v. 8, n. 2, p. 28-36, 2020.

Quattrocchi, U. CRC World Dictionary of Medicinal and Poisonous Plants: Common Names, Scientific Names, Eponyms, Synonyms, and Etymology. Reimpressão. Boca Raton: CRC Press. 2012. 

Quiroz, D. Do not fear the supernatural! The relevance of ritual plant use for traditional culture, nature conservation, and human health in western Africa. 2015. Tese. (Doutorado) - Wageningen University, Wageningen, Netherlands.

Rees, A. The Cyclopædia; or, Universal dictionary of arts, sciences, and literature. v. 25: Osbeckia no. 4. 1813.

Veranso-Libalah, M.C.; Stone, R.D.; Fongod, A.G.N.; Couvreur, T.L.P.; Kadereit, G. Phylogeny and systematics of African Melastomateae. Taxon, v. 66, n. 3, p. 584–614, 2017.

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