Portal UnirioGuia Telefônico Contatos
Você está aqui: Página Inicial / TCCs defendidos em 2023

TCCs defendidos em 2023

Literatura, dramaturgia e teatro: experiências pedagógicas e artísticas no ensino médio em homenagem à Semana de Arte Moderna de 22.

Discente: Raiff Magno Barbosa Pereira

Esta dissertação visa apresentar o processo de uma proposta teatral e performática desenvolvida junto aos estudantes do Ensino Médio do Colégio
Pedro II (unidade Duque de Caxias) intitulada Brejo Brasil, que trouxe para o palco da escola pública, em 2022, o contexto cultural e literário da Semana de Arte Moderna de 1922. Buscou-se estimular uma imersão coletiva dos estudantes no universo plural, investigativo e inventivo da Semana de 22 tendo em vista uma educação emancipadora, sustentada em sua base pela autonomia proposta por Paulo Freire, por meio do discurso libertador, de cunho crítico-realista, mas que não deixa de ser também esperançoso.

Palavras-chave: Criatividade; Crítica; Dramaturgia; Ensino Médio; Ruptura; Teatro.

 

A DANÇA QUE RESIDE EM MIM MOVE A ESCOLA

Discente: Estela Leite Ferreira de Deus Silva

O tema desta dissertação aponta para as possibilidades de dança na escola, com o título “A dança que reside em mim, move a escola”, que tem como objetivo principal pesquisar o processo de ensino e aprendizagem de Dança na educação formal, investigando em que medida os movimentos dos alunos, inspirados pelo app TikTok, podem facilitar a metodologia da criação coreográfica, por meio da ação de entrar na realidade deles, e conhecer seus gestos, articulando-os aos elementos da Dança Contemporânea. Além disso, este trabalho também tem por objetivo analisar as práticas colaborativas que possibilitaram o envolvimento da comunidade escolar no processo. Argumento que um importante trabalho metodológico foi desenvolvido abrangendo a atuação de diversos sujeitos envolvidos na instituição escolar. A fundamentação teórica encontrou inspiração em autores que pesquisam a dança no contexto escolar como: Laban (1978; 1990), Marques (2003; 2008; 2010; 2012), Strazzacappa (2001; 2004), Allemand e Bonfim (2021), em estudos sobre o processo colaborativo investigados por Lobo (2010), Lupinacci; Corrêa (2015), Ary (2011), a partir de análise histórica sobre mudanças causadas por artistas pós-modernos na dança, além de refletir sobre as propostas coreográficas de Pina Bausch (MOTTA, 2019), entre outros. A metodologia de pesquisa está embasada na pesquisa-ação, tendo como referência o autor Thiollent (2004), que possibilitou a reflexão sobre os pressupostos teórico-metodológicos utilizados no estudo, os quais colaboram para a ampliação e aprofundamento do aprender e do ensinar Dança na Escola. Como resultados, o estudo mostra que o trabalho de criação colaborativa em dança, no currículo de Arte, ministrado por professores Licenciados em Dança, permite ao aluno vivenciar, experimentar,
descobrir novas possibilidades de movimento, a partir do seu próprio repertório motor. Conclui-se, portanto, que a escola formal pode ser um espaço para o ensino de dança, em que de modo colaborativo possibilita o envolvimento de toda a comunidade escolar, refletindo de forma positiva no ambiente educacional no retorno às aulas após a pandemia do covid -19.

Palavras-chave: Dança-educação; processo colaborativo; TikTok.

 

A CONSTRUÇÃO DO PROCESSO COLABORATIVO NA COMPANHIA TEATRAL DA ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO

Discente: Patricia Zampiroli Avelar Ferreira

A presente pesquisa se propõe a refletir sobre os componentes metodológicos de processos colaborativos de criação teatral que propiciam o compartilhamento das ideias desde a concepção de uma encenação até suas etapas decisórias, sobre a horizontalidade entre os integrantes e sobre o espírito comunitário. Procuro compreender de que forma um projeto colaborativo pode afetar o engajamento, a autonomia criativa, o autoconhecimento e o sentimento de pertencimento das pessoas envolvidas. Avalio, a partir da minha trajetória como artista-docente, meu lugar como professora e meu espaço de criação como diretora teatral dentro do processo. Nesse sentido, seleciono um coletivo artístico com jovens estudantes, no qual atuo desde 2017, para entender como os processos se encaminham e se transformam tendo como foco a valorização das identidades, das subjetividades, da troca de saberes e das tomadas de posição compartilhadas na direção de uma formação integral.

Palavras-chaves: Encenação colaborativa. Coletivos artísticos jovens. Formação integral.
Arte-educação. Artista docente.

 

TEATRO COMO METODOLOGIA ATIVA DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Discente: Luciana Ferreira Martins Costa

A presente pesquisa visa refletir e investigar o potencial da pedagogia teatral como metodologia ativa de ensino e aprendizagem, explorando sua natureza intrinsecamente colaborativa. Como base teórica, utilizou-se dos escritos de autores ingleses sobre esse método, assim como estudiosos brasileiros do tema. O estudo busca analisar como a criação de um espetáculo teatral, desenvolvido colaborativamente entre mediadora, alunos e alunas do nono ano de uma escola particular bilínguee da Zona Sul do Rio de Janeiro que adota essa metodologia em todas as disciplinas curriculares, pode impactar o processo de aprendizagem e o engajamento dos estudantes, além de ampliar a compreensão destes sobre questões sociais contemporâneas e o papel delas na sociedade por meio da pedagogia teatral. Além disso, este trabalho compara a utilização da metodologia tradicional, caracterizada pela transmissão passiva de conhecimento, ao longo do tempo, e abordagens ativas de ensino e aprendizagem.

Palavras-chaves: Metodologia ativa de ensino e aprendizagem; pedagogia do teatro; processo colaborativo; criação coletiva; teatro na escola.

 

PRÁTICA DE MONTAGEM TEATRAL NO NÚCLEO DE ARTE PROFESSOR ALBERT EINSTEIN

Discente: Érika Thebaldi de Miranda

Essa pesquisa tem como objetivo refletir sobre a importância do Programa de Extensão Educacional da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro – Núcleo de Arte - no processo de ensino-aprendizado da arte direcionado aos alunos do Ensino Fundamental, bem como investigar o processo de criação da Oficina de Prática de Montagem Teatral produzida no Núcleo de Arte Professor Albert Einstein com o espetáculo “Dom Quixote: Onde está o Amor?” – adaptação do texto Dom Quixote de Miguel de Cervantes. O trabalho tece uma reflexão sobre os caminhos que estão sendo percorridos na arte-educação pública carioca.

Palavras-chave: Programa de Extensão Educacional Núcleo de Arte; Ensino das Artes; Ensino público. Pedagogia do Teatro; Prática de Montagem Teatral.

 

PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA

Discente: Maria Fernanda Lamim

O presente artigo investiga processos colaborativos de montagem teatral em escolas municipais do Rio de Janeiro, assim como a circulação dos espetáculos resultantes daqueles processos para além dos muros
institucionais, por meios de iniciativas da Secretaria Municipal de Educação como o FESTA, a Mostra de Dança e o FECEM. A premissa de base do texto é uma concepção da escola não apenas como consumidora, mas também como produtora de arte e cultura. Pretende-se com isso contribuir para estudos e práticas que fortaleçam a produção teatral na rede municipal, fomentando a sua circulação por aparelhos culturais da cidade.


Palavras-chave: Teatro escolar; teatro em comunidades; processo colaborativo.

 

ESPAÇO URBANO E VISUALIDADES PERIFÉRICAS: O CORPO E O JOGO NA ESCOLA, UMA (DES) (RE) CONSTRUÇÃO IMAGÉTICA DOS PERCURSOS E ATRAVESSAMENTOS

Discente: Erica Duarte Pereira da Silva

A presente dissertação tem como proposta analisar, a partir da pedagogia do teatro e dos pressupostos metodológicos de pesquisa, em que medida as possibilidades do ensino de Artes Cênicas podem, através do fazer teatral, potencializar o olhar investigador e reflexivo do estudante para as questões da interação de sua corporeidade no espaço escolar e no espaço urbano. Para as elaborações a respeito de corporeidade e processo pedagógico as contribuições de bell hooks foram fundamentais, como também Jean Pierre Ryngaert, e as possibilidades de jogo dentro do espaço simbólico.


Palavras-chave: pedagogia do teatro; espaço urbano; jogo teatral.

 

TRÊS MOVIMENTOS PARA PAUSAR: UMA EXPERIÊNCIA AFETIVA-ARTÍSTICA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Discente: Sabrina de Araújo Costa Faerstein

Esta pesquisa apresenta uma experiência artístico-pedagógica realizada entre os anos de 2022 e 2023, com os alunos do Colégio Palas, da rede privada, durante o horário integral. A proposta do trabalho tem por objetivo investigar o processo colaborativo emsala de aula, através da interlocução com a técnica norte-americana “Viewpoints” e a prática da Pedagogia da Escuta, na abordagem de Reggio Emilia, bem como discutir sobre o conceito de escuta e diálogo tendo como referência Paulo Freire. Nesse relato de experiência procurou-se articular as teorias acima mencionadas, assim como trazer reflexões sobre a questão da falta de tempo no horário integral. A relevância desta pesquisa consiste em resgatar os princípios da educação dialógica, no ambiente da
escola de ensino tradicional, através dos conceitos do teatro colaborativo.

Palavras-chave: Escola em horário integral; Teatro Colaborativo; Pedagogia da Escuta; Viewpoints.

 

PELES CÊNICAS - O ENSINO DA MAQUIAGEM DE CARACTERIZAÇÃO EM UMA TRANSFORMAÇÃO METODOLÓGICA NA FORMAÇÃO ARTÍSTICO-PEDAGÓGICA

Discente: Solange de Cássia Paula

Este artigo trata de uma pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Artes Cênicas – Mestrado Profissional, da UNIRIO. O desenvolvimento se dá sobre um memorial analítico e fotográfico a respeito do meu próprio processo de pesquisa como artista-pesquisadora-docente e da construção metodológica junto aos estudantes das instituições e espaços de arte onde trabalhamos no ensino-aprendizagem da maquiagem de caracterização, de 2016 até o momento atual. Durante esse período, dentro das salas de aula, emergiram necessidades coletivas que ressignificaram o ensino das técnicas de maquiagem, pois os estudantes e eu problematizamos a hierarquização dessa linguagem em relação a outros signos cênicos e evocamos processos criativos por meio de relações socioculturais entre a pele e a maquiagem, para que a escola reconhecesse não somente as necessidades técnicas da maquiagem em um espaço escolar, mas também para que o público observasse, nos resultados processuais, uma outra forma de se trabalhar com a maquiagem: como protagonista, disparadora, propulsora de uma montagem artística. Sob a perspectiva pedagógica de inclusão e democratização na representação da diversidade de corpos, enraizada no projeto político pedagógico da escola onde nasceu a metodologia criada, as necessidades emergentes foram incluídas como protagonistas do ensino da Maquiagem de Caracterização. Necessidades que dispararam transformações metodológicas para os componentes curriculares dessa linguagem artística na escola, com práticas coletivas (docente e discentes), de pesquisas teóricas, de práticas técnicas e de desenvolvimento de ações (cenas teatralizadas, performances, fotografias, dentre outras). A pesquisa organiza o reconhecimento da criação de uma metodologia para a maquiagem de caracterização a partir de fotografias, textos e depoimentos de estudantes, analisando esse movimento em uma instituição pública de Minas Gerais, e buscando revelar suas diferentes possibilidades metodológicas, como se deu tal transformação no processo de ensino-aprendizagem e seus desdobramentos no ensino do Figurino em outra instituição pública. Entre os aportes teóricos estão alguns autores como Paulo Freire em sua práxis sociopedagógica para uma educação da liberdade com consciência reflexiva sobre a cultura e reconhecimento crítico do homem enquanto sujeito histórico; David Le Breton nas investigações antropológicas sobre ocultação e revelação do rosto em sua relação com a sociedade; Mona Magalhães e suas análises semióticas sobre rostos para personagens nos estudos de maquiagem, de pintura corporal e de caracterização; Henri-Pierre Jeudy em seus pensamentos sobre o suporte sensível do homem no mundo: o corpo como objeto de arte e a pele como invólucro corporal; Patrice Pavis, concentrado na intersecção entre as materialidades da cena, o universo fictício criado na interação das sonoridades, das visualidades e das textualidades dos espetáculos; e Adriana Vaz Ramos em sua pesquisa sobre aparência de atores e a comunicação em cena e em sua crítica sobre o uso do termo figurino como único definidor de toda a complexidade da caracterização visual.

Palavras-chave: Maquiagem; caracterização; ensino-aprendizagem; cena.