Ocupando espaços clandestinos e ressignificando corpos na escola
DISCENTE: LIGIA DA CRUZ SILVA
RESUMO: Por meio de um exercício híbrido de escrita, discuto como o teatro ocupa o espaço da escola e como ocupa os corpos dos alunos e alunas colocando-os em expressão. Proponho uma fricção entre a inadequação do espaço na escola disciplinar e a potência da centelha criadora da linguagem teatral. Essa centelha transforma as aulas em um exercício de desvio dessa instituição opressora, que insiste em domesticar e alienar os corpos para torná-los dóceis. Desse modo, a professora, com seus alunos, pretende produzir a sua contra-escola, mediante diversos dispositivos pedagógicos, culturais e políticos. Apresento, como experimentação, três processos criativos vividos na sala de aula. A partir de diversos fragmentos e evidências (desenhos, anotações, exercícios, textos, fotos), elucida-se essa trajetória pedagógica, que se dá em uma escola localizada no Complexo da Maré. Assim, tanto o exercício epistêmico como o trabalho de campo se fazem como uma espécie de fissura persistente que se nega a aceitar o quadriculamento da educação pública brasileira.