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Plásticos como indicadores de contaminação em uma Lagoa Costeira Urbana

Tâmara Guimarães

 

Você já parou para pensar o quanto o lixo que produzimos podem afetar os ambientes aquáticos? Nossas ações geram impactos negativos em ecossistemas aquáticos podendo ter como consequência sua contaminação e a perda da biodiversidade.

O plástico é o poluente que se tornou uma preocupação global. A produção em larga escala, alta durabilidade e a má gestão deste resíduo vem agravando o seu acúmulo nos corpos d’agua.

Este trabalho apontará os indicadores de contaminação por plástico na lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro.

A bióloga Tâmara B. Guimarães, atualmente mestranda em Biodiversidade Neotropical no programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PPGBIO) na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), espera identificar e analisar a contaminação por fragmentos plásticos na lagoa e no falso mexilhão (Mytilopsis leucophaeata).

Para que isso ser torne possível, amostragens dos organismos serão realizadas de forma simultânea e integradas à coleta dos resíduos plásticos. Na Lagoa Rodrigo de Freitas vinte pontos serão selecionados e visitados em dois momentos sazonais, em cada um dos pontos ao menos trinta indivíduos serão retirados levados para identificação e quantificação em laboratório. O macroplástico visível será recolhido manualmente e as amostras de microplásticos serão obtidas a partir de arrastos na superfície da água com uma rede específica, posteriormente a classificação e pesagem dos resíduos se darão em laboratório. O sedimento será coletado com o auxílio de um busca-fundo e os resíduos plásticos serão separados por diferença de densidade. Dados como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, salinidade e transparência caracterizarão a qualidade da água em cada ponto de coleta. Todo material coletado será transportado ao laboratório para posterior triagem, análises e classificações que seguirão metodologias com base na bibliografia.

O presente estudo está sendo desenvolvido no âmbito do projeto “Eco-Shift” que visa o manejo sustentável de lagunas costeiras multi-impactadas e as análises acontecerão no âmbito do grupo de pesquisa em Ecologia Aquática Experimental e Aplicada na UNIRIO.

Esperamos comprovar altos níveis de poluição por plásticos na Lagoa Rodrigo de Freitas e a ingestão destes resíduos pelo falso mexilhão (Mytilopsis leucophaeata) que servirá como bioindicador em estudos futuros de mesma temática.

Desejamos que o produto obtido seja útil para a divulgação científica e educação ambiental, conscientizando assim uma maior quantidade de pessoas através da ciência.

Clique aqui e baixe o áudio de explicação do projeto!

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