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Plástico: uma Problemática Além do que Nossos Olhos Conseguem Enxergar

Mariana Guedes Ribeiro Thiago

 

A poluição por plástico tem sido cada vez mais estudada, visto que a produção em massa desse polímero sintético tem acarretado na poluição de diversos ambientes hídricos. Os reflexos dessa poluição são inúmeros, afetando principalmente a biota marinha e de água doce. Já foram relatados diversos casos de morte, emaranhamento e obstrução intestinal de diversos organismos, contudo, ainda não se sabe todos os efeitos que esses polímeros podem causar em vários organismos. O intuito deste estudo é avaliar se a ingestão de diferentes tipos de microplásticos pode acarretar algum dano nesses animais, bem como, averiguar se há alguma diferença de efeito quando os plásticos são ofertados juntamente com sua alimentação característica: o fitoplâncton, que são organismos aquáticos microscópicos fotossintetizantes.

Mariana Guedes, bióloga pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Neotropical (PPGBIO- UNIRIO), busca entender quais são as consequências que os microplásticos (pequenas partículas de plástico até 2.000 vezes menores que uma moeda de R$ 1,00) podem gerar nos cladóceros que são pequenos crustáceos microscópicos também conhecidos como pulgas d’água.

Para alcançar esse objetivo, serão realizados experimentos laboratoriais com duração de até 48 horas, e ao longo dos experimentos, os microplásticos serão detectados ao longo do trato digestivo desses animais, através da luz fluorescente que esses polímeros são capazes de emitir.

Ao longo dos experimentos serão avaliados quantos organismos morreram, quantos fizeram troca do seu exoesqueleto (carapaça que protege o corpo do animal) e se há algum indício de plástico nesse. Estão incluídos nesse estudo três tipos de plásticos: PET – polietilenoteraftalato (encontrados em sacolas plásticas); Nylon (encontrados em fio dental); Poliestireno (encontrados em isopor). A pesquisa será realizada na UNIRIO e faz parte do projeto de mestrado da pós-graduanda. Ainda contará com a ajuda de outras instituições, como a UFRJ e FIOCRUZ, que ajudarão em algumas etapas do desenvolvimento da metodologia. Esse trabalho será fundamental para conhecer os efeitos dos microplásticos nesses organismos, já que não se sabe muito sobre o assunto até o presente momento, principalmente quando falamos de organismos residentes de água doce.

Clique aqui e baixe o áudio de explicação do projeto!

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