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O Choro e a Menina: narrativas de formação de Luciana Rabello

Síntese do Projeto de Pós-Doutorado.

Autora: Roberta Lobo (UFRRJ)

Supervisor: Luiz Otávio Braga (PPM/UniRio)

 

O Choro e a Menina: narrativas de formação de Luciana Rabello não pretende ser um relato biográfico. São dois ensaios que tratam da geração dos anos de 1970 através da personagem Luciana Rabello, bem como da relação entre choro, técnica, mercado e política no Brasil Contemporâneo através das narrativas de educadores da Escola Portátil de Música. Entender como a geração de jovens músicos profissionais dos anos de 1970 e 1980 re-atualizaram a tradição do choro na música brasileira, criando uma gravadora (1999), um instituto (1999) e uma escola (2000) voltados para a linguagem do choro. A valorização da prática pedagógica do choro, a formação de músicos profissionais, o fortalecimento de um campo artístico revelam um sujeito coletivo atuando em espaços da classe média e das favelas, um sujeito coletivo atravessado tanto pela política cultural dos editais e convênios governamentais da Era do Lulismo, como pela resistência cultural de uma música que nos permite reagir à expropriação de nossos sentidos e da nossa história. Nossos referencias teórico-metodológicos são: a História Oral Clássica, de Paul Thompson aos historiadores brasileiros, bem como a Crítica da Cultura elaborada por Walter Benjamin e Theodor Adorno, incluindo a tradição crítica brasileira formada por Antônio Cândido, Roberto Schwartz, Paulo Arantes e Marildo Menegat.


Ensaio I - O Choro e a Menina. Narrativas de Formação de Luciana Rabello

A formação em casa com o avô. Narrativas sobre a formação em família.  

A geração dos anos de 1970 e 1980. Dos Carioquinhas à Escola Portátil de Música.

Narrativas sobre a vida profissional.

 

Ensaio II - Choro: técnica, mercado e política no Brasil Contemporâneo. Narrativas de educadores da Escola Portátil de Música (Lucas Porto, Anna Paes, Marcílio Lopes, Pedro Aragão, Maurício Carrilho, Inês Perdigão e Bia Paes Leme). Roteiro de temas.

Processo de auto-formação. Sobre o tempo de maturação para a formação de um músico de choro. A diferença da geração dos velhos e da geração dos jovens músicos da atualidade.

A influência da técnica na atual música de choro. A relação entre técnica e prática comunitária. Ainda é possível hoje garantir aquele ambiente dos velhos chorões, sem a competição, com o compartilhar nas rodas e nos saraus o aprendizado. Como se apresenta a dialética entre a música profissional e a música liberta da relação mercantil? O lugar do choro nesta dialética hoje, como vê isto no que diz respeito à nova geração de músicos de choro? E os virtuosos da roda. Há desprendimento do ego para ensinar os mais novos? Ainda se mantêm esta relação de educação popular entre os músicos de choro?

O que de novidade a técnica (som, instrumentos) da atualidade implica na linguagem do choro? Novas percepções, habilidades, relações de que tipo?

Que retrato do Brasil Contemporâneo o choro pode fazer? É uma música nacional? Ainda é possível mantermos a relação do choro com uma ideologia da cultura nacional? Mas de que nação estamos falando? Em tempos de desagregação social, de uma periferia cada vez mais contida pela militarização da vida social, pela diluição de espaços públicos, onde se situa o choro como música popular predominantemente urbana, como uma cultura que atravessa quase dois séculos de história?

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