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Acervos de Música Popular Urbana em Portugal e Brasil

Acervos de Música Popular Urbana em Portugal e Brasil: construindo parcerias metodológicas a partir do campo (etno)musicológico

 

Prof. Dr. Pedro Aragão

Instituto Villa Lobos

Programa de Pós Graduação em Música

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

 

 

Pós-doutorado com foco na construção de uma perspectiva dialógica entre acervos de música popular urbana no Brasil e em Portugal. Através de uma parceria entre a Universidade de Aveiro e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), pretende-se criar espaços de cooperação e intercâmbio científico que possibilitem o desenvolvimento de novas metodologias ligadas a acervos de música popular urbana. Meu trabalho como pesquisador na UNIRIO está ligado há alguns anos ao tema de acervos de música popular e como tal venho realizando pesquisas em acervos públicos e privados do Rio de Janeiro, em instituições como o Museu da Imagem e do Som e o Instituto Moreira Salles [1]. A Universidade de Aveiro, por sua vez, é um dos mais importantes centros de referência em estudos de música popular da Europa, com um Centro de Estudos de Jazz e diversas coleções de discos 78 rpm. O foco principal da presente pesquisa é o estudo comparativo do acervo do pesquisador português José Moças - coleção recém adquirida pela Universidade de Aveiro, e que contém cerca de 6 mil discos 78 rpm, gravados em Portugal e no Brasil – e outros acervos fonográficos brasileiros tais como o Acervo Humberto Francheschi. A pesquisa tem como base metodológica o campo epistemológico estabelecido por Gilroy (2001) a partir da definição de culturas estereofônicas nascidas no influxo do chamado “Atlântico Negro”, bem como no pressuposto de uma “ecologia dos saberes musicais” do Atlântico Sul, tais como apontadas por Sardo (2013). Para além de um mero trabalho de classificação musicológica, o projeto se apoia na ideia de que arquivos sonoros não se constituem como meros repositórios de gravações e gêneros musicais fixos, mas como “campos” dialéticos (Cunha, 2005) que espelham uma complexa trama de identidades, ideologias, motivações políticas e circularidade cultural envolvendo práticas sonoras nascidas no influxo do Atlântico Sul.

 


[1] Como resultado destes trabalhos de pesquisa realizados em acervos públicos e privados no Rio de Janeiro, cf. LEME, Beatriz; ARAGÃO, Pedro; ARAGÃO, Paulo, LOPES, Marcilio (2014a e b); LEME, Beatriz, ARAGÃO, Pedro; ARAGÃO, Paulo (2012) e ARAGÃO (2013, 2014).

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