UNIRIO participa de projeto internacional contemplado com recursos da National Geographic Society
Estudar uma nova fauna de mamíferos que viveram durante a Era do Gelo (Pleistoceno/Holoceno) na região do Vale do Rio Cauca, Noroeste da Colômbia. Este é o objetivo principal de um projeto que reúne pesquisadores de multidisciplinares, como paleozoólogos, paleontólogos, paleobotânicos, geólogos, paleoecólogos, entre outros, capitaneados pelo Smithsonian Tropical Research Institute (STRI) do Panamá e pela UNIRIO, única instituição brasileira representada na pesquisa.
Intitulado Cauca Valley, a tropical dry corridor that facilitated the Great American Biotic Interchange (Vale do Cauca, um corredor seco tropical que facilitou o grande intercâmbio biótico americano), o projeto foi contemplado com recursos da National Geographic Society, uma das maiores e mais tradicionais fundações de fomento à pesquisa no mundo.
Um dos líderes da iniciativa é o professor Leonardo dos Santos Avilla, coordenador do Laboratório de Mastozoologia vinculado ao Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências (Ibio). Ele destaca a importância da participação da UNIRIO na pesquisa internacional: “Isso dará oportunidade aos nossos alunos de graduação em Ciências Biológicas e nossos pós-graduandos de, em suas formações, vivenciarem as experiências de um projeto desta magnitude”. Pela universidade, participa também da pesquisa a bolsista pós-doc Dimila Mothé, que trabalha com Avilla no Laboratório de Mastozoologia.
Uma expedição-piloto na região do Vale do Rio Cauca foi realizada em setembro de 2016, quando diversos fósseis foram coletados e depositados na Universidad ICESI de Cali, Colômbia, instituição participante do projeto e que servirá de base para as expedições. Segundo Avilla, as análises dos fósseis já coletados inauguraram a parceria internacional e serviram de alicerce para a solicitação do fomento à National Geographic Society.
O Vale do Rio Cauca é considerado a porta de entrada dos mamíferos imigrantes da América Central e do Norte na América do Sul. “Estudos nessa região irão ajudar a compreender a formação da diversidade de animais e plantas no nosso continente, uma das maiores e mais ricas do planeta”, analisa o professor.
A intenção da equipe que integra o projeto é realizar uma expedição anual nos próximos dois anos, com a primeira já programada para o mês de agosto. Antes, os resultados prévios da pesquisa serão apresentados no XXV Congresso Brasileiro de Paleontologia, no mês de julho, em São Paulo.