SIA 2022: Jornadas reúnem trabalhos de pós-graduação e de inovação
Na última segunda-feira, 17 de outubro, foi realizada a abertura virtual conjunta da 7ª Jornada de Pós-Graduação e da 5ª Jornada de Inovação da UNIRIO. Os dois eventos acontecem até amanhã (20), com apresentações orais de trabalhos na forma remota e presencial.
Confira a programação da 7ª Jornada de Pós-Graduação.
Confira a programação da 5ª Jornada de Inovação.
A mesa-redonda de abertura, com o tema Gestão de dados de pesquisa e sigilo de pesquisa, contou com a participação das pesquisadoras Maria Simone de Menezes Alencar, docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociências (PPGENFBIO) da UNIRIO, e Luana Sales, analista em ciência e tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e docente do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (Ibict/UFRJ). A mediação foi da professora Sonia Souza, da Escola de Enfermagem e do PPGENFBIO.
Em sua fala de apresentação, a professora Sonia Souza destacou que, no âmbito da ciência aberta, os dados de pesquisa devem ser tratados e abertos tão logo possível. “Devido à complexidade e especificidade de cada área do conhecimento, aumenta a necessidade de contextualização e organização dos dados, assim como o detalhamento de sua proveniência, para garantir sua preservação a longo prazo e o reuso em outras pesquisas. Soma-se a esse desafio a garantia das melhores práticas para a manutenção do sigilo e da privacidade dos participantes da pesquisa”, resumiu.
Gestão de dados
Primeira coordenadora de Inovação Tecnológica, Cultural e Social da UNIRIO, no período de 2016 a 2019, Maria Simone Alencar fez uma breve explanação sobre ciência aberta, com base em documento da Unesco, publicado em 2022, com recomendações sobre o tema. Segundo essas diretrizes, são quatro os pilares da ciência aberta: conhecimento científico aberto, infraestruturas de ciência aberta, engajamento aberto dos atores sociais e diálogo aberto com outros sistemas de conhecimento.
Nesse contexto, a pesquisadora discorreu sobre aspectos relacionados à utilização dos dados de pesquisa, os graus possíveis de abertura (com ou sem embargo, compartilhados de forma restrita ou fechada) e tipos de licença, bem como os benefícios diretos do compartilhamento e reuso dos dados. Maria Simone ressaltou ainda a importância da gestão dos dados, desde sua entrada no ciclo de pesquisa até a disseminação e o arquivamento dos resultados.
Por onde começar?
Em sua apresentação, a pesquisadora Luana Sales reuniu informações e dicas para os pesquisadores que já compreenderam a importância da gestão de dados, tanto no que se refere ao compartilhamento, como ao reuso. “Muitas vezes focamos muito na abertura dos dados, mas esquecemos que somos os principais beneficiados quando podemos reutilizar os dados em nossas pesquisas ou, por exemplo, dar andamento a pesquisas que outros iniciaram”, observou.
A professora do Ibict/UFRJ apresentou 12 passos para a gestão de dados de pesquisas: 1) planeje os dados junto com o planejamento de sua pesquisa; 2) escolha um repositório específico de acordo com a área ou tipo de pesquisa; 3) deposite os dados; 4) identifique os dados; 5) descreva os dados com metadados específicos; 6) documente os dados; 7) relacione os dados com documentos relevantes e associados ao projeto; 8) proteja os dados; 9) licencie os dados; 10) defina o tipo de acesso de acordo com questões éticas, legais e de propriedade intelectual; 11) compartilhe os dados; 12) publique os dados ou, pelo menos, os metadados.
Veja abaixo a íntegra da mesa-redonda “Gestão de dados de pesquisa e sigilo de pesquisa”: