O reitor da UNIRIO, José da Costa Filho, e a vice-reitora Bruna Nascimento receberam a visita do deputado federal Glauber Braga. O encontro foi realizado na última segunda-feira (18) e contou ainda com a participação do pró-reitor de Extensão e Cultura, Vicente Nepomuceno, e de representantes do Diretório Central dos Estudantes e de coletivos da Universidade.

O reitor abriu a reunião agradecendo a presença do parlamentar e apresentando o atual contexto em que se encontra a Instituição, entre problemas, conquistas e desafios. "Espero que este seja apenas o primeiro contato de uma parceria duradoura, não apenas visando a obtenção de recursos, mas também uma luta mais ampla em prol da educação e do desenvolvimento social e humano", desejou José da Costa.

O arquiteto urbanista da UNIRIO, Vítor Halfen Moreira, deu prosseguimento ao encontro com uma apresentação da proposta de requalificação da Praça Guilherme Figueiredo e do Campus 436. A ideia contempla quatro eixos temáticos (memória, cultura, acessibilidade e convivência) e se baseia na perspectiva de valorização da democracia e dos processos participativos.

Um dos pontos centrais da proposta é relembrar a memória do episódio conhecido como "Massacre da Praia Vermelha", acontecido em 1966. Na ocasião, estudantes que ocupavam a antiga Faculdade de Medicina da UFRJ (local onde hoje é o Campus 436 da UNIRIO), em ato de resistência contra a ditadura militar, foram duramente agredidos e reprimidos pela força policial.

Além da reforma da Praça Guilherme Figueiredo, que passaria a se chamar Praça Autonomia Universitária, a proposta apresentada prevê melhorias em espaços públicos de acesso ao campus, nas pracinhas do Centro de Ciências Humanas e Sociais e do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, e no pátio do Centro de Letras e Artes. Está planejada também a construção de dois espaços de valorização da cultura e da memória, intitulados Mário de Andrade e Casa da Bruxa.

Após ouvir a explicação, o deputado Glauber se prontificou a procurar caminhos para que possa contribuir com a proposta, no aporte de verbas de emenda individual ou de emenda de bancada. "Tenho afinidade com tudo que foi apresentado. Em se tratando de 60 anos do Golpe, resgatar essa história, poder dialogar com ela, analisar recursos para que possam estar sendo realizados esses investimentos, tem tudo a ver", comentou o parlamentar.

O desenvolvimento do projeto está a cargo de uma equipe multidisciplinar de extensão, intitulada "Construção coletiva de espaços, memórias e culturas". A previsão é que o projeto seja apresentado e discutido publicamente em três audiências comunitárias ao longo de 2024. O custo total do projeto está estipulado em R$ 3.559.403,48.