Projetos da UNIRIO são premiados em congresso na área de Mutagênese e Genômica Ambiental
Entre os dias 4 e 7 de outubro, foi realizado o 16º Congresso Brasileiro de Mutagênese e Genômica Ambiental (Mutagen Brasil), em Londrina (PR). No evento, foram premiados três projetos da UNIRIO, desenvolvidos em parceria com outras instituições.
O doutorando do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição (PPGAN) Pedro Paulo Saldanha Coimbra, orientado pelo professor Carlos Fernando Araujo Lima (UNIRIO) e coorientado pelo professor Anderson Junger Teodoro (UFF), recebeu o prêmio Alexander Hollaender para Jovens Cientistas, concedido pela Environmental Mutagenesis and Genomics Society, na área de Nutrigenômica, por seu trabalho envolvendo o desenvolvimento de novos ingredientes alimentícios que possuam alegações funcionais.
O projeto, desenvolvido em colaboração entre UNIRIO, UFRJ, UFF e Uerj, buscou investigar o potencial terapêutico de uma farinha de resíduos vegetais preparada a partir das cascas de beterraba.
Na pesquisa, o discente realizou a caracterização fitometabolômica (identificação de quais são os princípios ativos/componentes químicos mais abundantes na amostra), utilizando uma metodologia conhecida como UHPLC/HRMS. Observou-se que o ingrediente foi capaz de proteger o DNA das células contra danos provocados por agentes oxidativos e reduzir a viabilidade de células de câncer de mama e sua capacidade de formar novos clones, em ambiente in vitro.
"Acreditamos que este seja um primeiro passo para estreitar ainda mais os laços entre as ciências nutricionais e a terapêutica contra o envelhecimento e o câncer", disse Carlos Fernando Araujo Lima, docente do Departamento de Genética e Biologia Molecular, do Instituto Biomédico (IB).
Já o estudante de graduação Gabriel Oliveira Brito, discente do curso de farmácia do IFRJ e bolsista Faperj em projeto da UNIRIO, recebeu o prêmio de melhor pôster na categoria Graduação, com seu trabalho envolvendo o estudo da segurança de uma nova formulação farmacêutica de Echinodorus macrophyllus conhecida popularmente como chapéu-de-couro.
A planta tem propriedades medicinais bastante conhecidas e é utilizada na medicina popular para tratar doenças inflamatórias, bem como serve como ingrediente para a preparação de bebidas como refrigerantes. No projeto, foi desenvolvida uma tintura (formulação farmacêutica alcoólica) do chapéu-de-couro e realizadas análises quimiossistemáticas (identificação de compostos químicos específicos da espécie estudada) por HPLC, além da investigação do perfil de segurança toxicológica (avaliação da capacidade da nova formulação de causar efeitos tóxicos para os consumidores). O projeto, também orientado pelo professor Carlos Fernando Araujo Lima, é desenvolvido em colaboração entre a UNIRIO e a Uerj.
Além disso, um trabalho em colaboração entre UNIRIO, Uerj e Unicamp, da discente Gabrielly Grotto (Unicamp), orientada pela professora Gisella Umbuzeiro, recebeu o prêmio de melhor pôster na categoria pós-graduação.
Os projetos são parcialmente sediados no Laboratório de Inovação Farmacêutica e Tecnológica (LIFT) e no Laboratório de Genética e Biologia Molecular (LGBMol), do Ibio.
Professores e estudantes durante o 16º Congresso Brasileiro de Mutagênese e Genômica Ambiental - Mutagen Brasil (Fotos: Arquivo pessoal)