Presidente da Faperj destaca avanço da UNIRIO na pesquisa
A UNIRIO acompanhou a curva ascendente da pesquisa no Estado do Rio de Janeiro e teve um crescimento expressivo na demanda por bolsas e auxílios concedidos pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) nos últimos anos.
A constatação foi apresentada pelo presidente da Faperj, Ruy Garcia Marques, que ministrou a aula magna do primeiro semestre de 2014 na noite de quinta-feira, 13 de março.
O tema da aula, aberta pelo reitor Luiz Pedro San Gil Jutuca, foi “O fomento à ciência e tecnologia no Estado do Rio de Janeiro”. O evento reuniu no auditório Vera Janacopulos, na Urca, pró-reitores, coordenadores de pós-graduação, docentes e estudantes da UNIRIO.
De acordo com Ruy Garcia Marques, de 2009 até 2013 a Faperj mais que triplicou o valor concedido para a UNIRIO por meio de auxílios, bolsas e descentralizações. No ano passado, o total investido foi de R$ 3,53 milhões.
“Ainda é pouco, se comparado a outras universidades, mas isso mostra o aumento da demanda por auxílios e bolsas na UNIRIO. Essa era uma necessidade que eu havia apontado há alguns anos”, observou Marques.
O presidente da Faperj manifestou satisfação com o aumento, nos últimos dois anos, do número de professores da UNIRIO selecionados pelo Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE). A bolsa teve, em 2013, o segundo maior número de contemplados na UNIRIO (seis), atrás apenas da bolsa de Iniciação Científica (25 contemplados).
O Programa JCNE apoia pesquisadores em fase intermediária da carreira acadêmica, doutores há menos de dez anos, com boa produção científica e com histórico de formação de recursos humanos. Para Marques, o aumento da participação da UNIRIO nessa modalidade reflete o sucesso na política de contratação de jovens doutores.
Áreas do conhecimento
Ruy Garcia Marques apresentou também dados sobre a distribuição do fomento na UNIRIO por grandes áreas do conhecimento. Ciências Humanas lidera em número de auxílios, seguida por Ciências Biológicas e Linguística, Letras e Artes. No caso das bolsas, o quadro muda: Linguística, Letras e Artes tem maior participação, seguida por Ciências Humanas e Ciências da Saúde.
Embora destaque os avanços, o presidente da Faperj sinalizou que a UNIRIO precisa aumentar a demanda em alguns editais, entre eles o de popularização da ciência e de melhoria na escola pública. Marques apontou ainda a baixa participação no Programa Cientista do Nosso Estado, voltado a pesquisadores de reconhecida liderança em suas áreas.
“Tenho certeza que a UNIRIO têm pesquisadores capacitados para concorrer a esse programa. A participação ainda é tímida e pode aumentar”, avaliou.
Fomento no RJ
Além de apresentar dados sobre a UNIRIO, o presidente da Faperj mostrou um panorama do apoio à ciência e tecnologia no Estado do Rio de Janeiro.
No último ano, a agência teve um orçamento executado de R$ 440 milhões, dos quais R$ 385 milhões foram provenientes de fontes estaduais. Para 2014, a previsão é que somente o orçamento próprio da Faperj chegue aos R$ 440 milhões.
Segundo Ruy Marques, houve um incremento nas parcerias da Faperj com outras agências de fomento, ministérios e com empresas privadas. Esse movimento, afirmou o presidente, facilitou o atendimento à crescente demanda por auxílios e bolsas e também a recuperação da infraestrutura em diversas instituições do Estado do Rio de Janeiro.