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Por uma alimentação mais saudável e sustentável

por Comunicação publicado 17/10/2022 12h38, última modificação 05/01/2023 16h04
Pesquisadores da UNIRIO ressaltam a necessidade de garantir a produção e o consumo de alimentos de forma sustentável, suficiente e capaz de assegurar a saúde e bem-estar da população mundial

No dia 16 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Para celebrar a data, a campanha de 2022 promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) ressalta a valorização de uma alimentação saudável e sustentável, e traz como lema: “Não deixe ninguém para trás”.  O objetivo é chamar a atenção de governos, setor privado, comunidades científicas e sociedade civil para a necessidade de garantir a produção e o consumo de alimentos de forma sustentável, suficiente e capaz de assegurar a saúde e bem-estar da população mundial. Segundo dados da ONU (2020), o alerta é plausível, pois estima-se que nove bilhões de pessoas irão habitar o Planeta em 2050. Vale ressaltar que esse tema está diretamente relacionado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável/Agenda 2030). 

Diante desse contexto, a Escola de Nutrição da UNIRIO desenvolve diversos estudos envolvendo produção, consumo e reaproveitamento de produtos alimentícios. A proposta é investir em pesquisas que contribuam para a produção e consumo de alimentos minimamente processados ou in natura, conforme explica a docente Mariana Simões Larraz Ferreira.

“Diante da crise global que enfrentamos, mais do que nunca, nós cientistas de Alimentos e da Nutrição precisamos pensar e pesquisar soluções  globais para uma produção de alimentos mais sustentável, mais justa, mais acessível e que aponte para uma alimentação mais saudável; só assim podemos pensar em desenvolvimento”, ressaltou. 

De acordo com Mariana, atualmente uma equipe de professores e alunos da UNIRIO, em parceria com outras instituições nacionais e internacionais, vem pesquisando o papel dos cereais na alimentação humana, como forma de garantir a segurança alimentar. Segundo a professora, alguns cereais possuem características vantajosas para a Bioeconomia do país, como o sorgo e o milheto, pois são cereais resistentes à seca e demandam menor aporte hídrico no seu cultivo.

“Frente aos principais desafios atuais, como o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, coexistência do paradoxo fome e obesidade, aquecimento global, necessidade da descarbonização da dieta, guerra entre a Ucrânia e Rússia e a estagnação do rendimento de grandes culturas, o processamento de cereais e a valorização dos seus coprodutos aparecem como possíveis soluções para aumentar a produção e a qualidade dos alimentos destinados à alimentação humana. Mais especificamente estudamos processos tais como extrusão, panificação, cozimento e germinação em diferentes espécies de cereais como trigo, sorgo e milheto”, explicou Mariana. 

Seguindo a  proposta de pesquisa na área de sustentabilidade alimentar, mas com um enfoque mais voltado para a produção e consumo de alimentos agroecológicos, a pesquisa do professor Rodrigo Vilani, da Escola de Turismo da UNIRIO, denominada Produtos Agroecológicos: ecoturismo e serviços ecossistêmicos no Bairro de Santa Tereza, constatou que as compras feitas diretamente ao produtor ou mesmo o cultivo do próprio alimento em hortas urbanas e outras modalidades de Agroecologia estão se difundindo como formas de garantir a segurança alimentar. 

“O consumo de alimentos saudáveis locais tem diversos benefícios como o desenvolvimento local, a aproximação entre consumidores e produtores, a valorização da cultura local, além de contribuir para o meio ambiente, pois gera menos poluição com o transporte e desperdício desses produtos”, explicou o professor. 

A proposta é valorizar o desenvolvimento das cadeias alimentares curtas. Segundo Rodrigo, o sistema alimentar global enquadra-se no formato da cadeia longa, caracterizado basicamente pela agricultura convencional (monocultura, em larga escala), uso amplo de agrotóxicos e criação intensiva de animais, valorização das grandes redes de mercado varejistas, transporte de produtos para longas distâncias e uso de aditivos conservantes para garantir a durabilidade dos alimentos. Já as cadeias curtas procuram reduzir o número de intermediários no processo de comercialização, além da produção de produtos minimamente processados ou orgânicos.

“Acredita-se que o turismo ecológico possa contribuir para a disseminação dessas propostas, pois a convivência com a natureza e com a realidade dos produtores locais contribuem para dar voz a essas causas em defesa da alimentação e do meio ambiente”, defende o docente.

(Por Liliana Glanzmann Vallejo - Comso UNIRIO)

Confira o vídeo produzido pelo Núcleo de Imagem e Som da UNIRIO sobre Comida de Verdade.

 

 


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