Pesquisadores da UNIRIO participam do Projeto para a criação do Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil
Quatro professores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/UNIRIO) foram convidados para participar de um Projeto que tem como objetivo criar a plataforma Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil. Desde 2015, o projeto vem desenvolvendo esta rede de pesquisadores especializados em diferentes espécies.
Dois docentes do CCBS/UNIRIO integram a equipe da área de táxon Mollusca: Carlos Henrique Soares Caetano, especialista em Scaphopoda, e Igor Christo Miyahira, especialista em Bivalviada. Essa equipe é formada por 35 pesquisadores do Brasil e é coordenada pelo biólogo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fabrizio Marcondes Machado.
Já o professor Allan da Costa (CCBS/UNIRIO) assumiu a coordenadoria da área táxon Trichoptera (Insetos de água doce), e a docente Maria Inês da Silva dos Passos (CCBS/UNIRIO) está contribuindo com pesquisas para a área táxon Hexapoda (Insetos), como especialista em besouros aquáticos (Elmidae).
Conforme explica o professor, Carlos Henrique Caetano, é um trabalho contínuo. A plataforma é “alimentada” de acordo com o andamento das pesquisas. “É preciso conhecer para preservar. São espécies muito distintas. A plataforma é aberta para qualquer pessoa consultar as informações, mas apenas pesquisadores disponibilizam os dados. Estudos de taxonomia, de conservação ambiental, políticas públicas podem ser pensados, tendo como base este Catálogo”, explicou.
Para a docente Maria Inês Passos, o projeto é uma oportunidade também para estimular a formação de especialistas em besouros aquáticos (Elmidae). “Temos poucos especialistas em Elmidae no Brasil. Como são muito pequenos, quase do tamanho de uma cabeça de alfinete, não despertam muita curiosidade. Mas são de extrema importância, inclusive como indicadores da qualidade da água, pois não toleram viver em água poluída”, ressaltou.
Da mesma opinião, Allan da Costa e Igor Miyahira acreditam que o projeto possa contribuir para mapear as espécies ameaçadas de extinção. “Se temos rios poluídos, essas espécies podem ser extintas. Daí a importância do mapeamento, de conhecermos nossa biodiversidade com o objetivo de preservá-la”, afirmou Allan.
(Por Liliana Glanzmann Vallejo - Comso UNIRIO).