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Estudo coordenado por docente da UNIRIO indica potencial das Ilhas Canárias para o enoturismo sustentável

por Comunicação publicado 04/07/2025 14h57, última modificação 08/07/2025 07h51
Pesquisa foi desenvolvida pela professora Joyce Lavandoski, do Departamento de Turismo e Patrimônio, no âmbito do programa de curta duração do Grupo Tordesilhas - Fundação Carolina

A Cátedra de Agroturismo e Enoturismo das Ilhas Canárias, do Instituto de Qualidade Agroalimentar das Ilhas Canárias, e a Universidade de La Laguna divulgaram os primeiros resultados de um estudo pioneiro sobre indicadores de desenvolvimento sustentável nas vinícolas do arquipélago. 

O trabalho foi liderado pela professora Joyce Lavandoski, do Departamento de Turismo e Patrimônio da UNIRIO, no âmbito do programa de curta duração do Grupo Tordesilhas – Fundação Carolina, e representa um marco na mensuração da sustentabilidade do enoturismo, ao estabelecer as bases para seu desenvolvimento futuro.

Durante três meses de trabalho intensivo nas ilhas, a pesquisa adotou uma metodologia que abrange cinco dimensões principais: econômica, ambiental, social, territorial e governança institucional. De uma proposta inicial de 116 indicadores, 72 foram refinados, adaptados especificamente ao contexto das Ilhas Canárias, e alinhados a 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). As conclusões foram extraídas de pesquisas e entrevistas em profundidade com gestores de 15 vinícolas, estrategicamente localizadas em Tenerife, Gran Canaria, Lanzarote e La Palma.

As vinícolas participantes do estudo alcançaram uma pontuação média de sustentabilidade acima de 50%, com a dimensão territorial liderando (59,5%), seguida de perto pela dimensão social. Isso ressalta o profundo valor que as vinícolas canárias atribuem ao patrimônio natural e cultural, seu compromisso com o uso de produtos locais e a qualidade de seu serviço próximo e personalizado aos visitantes. No âmbito econômico, o enoturismo é percebido como uma valiosa fonte complementar de renda, com um forte compromisso com os fornecedores locais. No quesito ambiental, destacam-se práticas responsáveis ​​de gestão de resíduos e uma clara intenção de reduzir o consumo de materiais.

A pesquisa se destaca por sua inovação, oferecendo uma ferramenta tangível para avaliar e comparar a sustentabilidade das operações de vinícolas. Com base nessa análise, foi revelado um ranking preliminar das vinícolas líderes em sustentabilidade, distinguindo-as não apenas pela profissionalização do enoturismo e pela abordagem de gestão integral, mas também pela implementação de mecanismos de reserva projetados exclusivamente para suas ofertas turísticas.

Reflexões e propostas para o futuro

No evento de apresentação dos resultados da pesquisa, realizou-se um colóquio com a presença da professora Joice Lavandoski, do diretor adjunto da Cátedra, Gabriel Santos García, e do membro do conselho consultivo David Padrón Marrero. O debate permitiu aprofundar os resultados obtidos e refletir sobre os desafios e oportunidades que o enoturismo canário enfrenta.

Ressaltou-se que as altas pontuações nas dimensões territorial e social refletem uma forte ligação com o meio ambiente, a hospitalidade inerente às vinícolas e um forte compromisso com a comunidade local. No entanto, observou-se que as dimensões econômica e de governança requerem atenção urgente, dadas as suas pontuações mais baixas e a sua elevada dispersão. Fatores como a falta de certificações específicas, uma cultura de responsabilidade social corporativa ainda em processo de consolidação e a fraca coordenação com as instituições públicas limitam avanços significativos nestas áreas.

A investigação propõe uma série de recomendações essenciais para promover um modelo de enoturismo mais sustentável, competitivo e inclusivo nas Ilhas Canárias. As principais medidas incluem o estabelecimento de certificações e programas de qualidade que reconheçam boas práticas e promovam a melhoria contínua no setor. Também enfatiza a importância de fortalecer a responsabilidade social corporativa por meio de ações visíveis relacionadas ao consumo responsável e ao compromisso com a comunidade local. No âmbito ambiental, recomenda-se avançar para uma maior eficiência energética por meio do uso de energias renováveis ​​e da promoção de transportes sustentáveis.

Além disso, o estudo destaca a necessidade de garantir a acessibilidade universal, assegurando a inclusão de todas as pessoas na experiência do enoturismo. Recomenda-se também a implementação de mecanismos eficazes de feedback com os visitantes e as comunidades locais, o fomento de uma governança mais participativa entre os setores público e privado e a otimização das estratégias de promoção digital. Estas últimas devem concentrar-se em destacar a identidade e o patrimônio do enoturismo nas Ilhas Canárias e em enfatizar a essência genuína do enoturismo para atrair nichos de mercado.

Gabriel Santos, vice-diretor da Cátedra, enfatizou a importância de compartilhar esses dados diretamente com o setor, especialmente com as vinícolas participantes. O objetivo é que eles possam usar essas informações para desenvolver planos estratégicos e melhorar continuamente a sustentabilidade de suas experiências de enoturismo.

GT Interdisciplinar

Para garantir a continuidade e o aprofundamento do trabalho de pesquisa, a Cátedra de Agroturismo e Enoturismo das Ilhas Canárias criou um grupo de trabalho (GT) interdisciplinar, que funcionará como um laboratório de pesquisa contínua. O GT é composto por pesquisadores e representantes da Cátedra e da UNIRIO, além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, da Associação de Produtores de Vinho de Pinto Bandeira e do Cluster de Enoturismo das Ilhas Canárias.

Sua principal missão será aprofundar os dados obtidos, desenvolver novas linhas de estudo e, fundamentalmente, garantir que os resultados se traduzam em ações tangíveis e benefícios diretos para o setor.

(Com informações da Cátedra de Agroturismo e Enoturismo das Ilhas Canárias)


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