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Escola de Medicina e Cirurgia completa 106 anos

por comunicacao — publicado 11/04/2018 14h55, última modificação 12/04/2018 10h47
Evento comemorativo contou com a palestra "Relação médico-paciente: a arte de ser médico", ministrada pelo professor da UFRJ Antonio Claudio Goulart Duarte

“Alguns brincam que a Escola de Medicina está no meu sangue, no DNA. É uma extensão da minha casa, não consigo me imaginar longe daqui. Representa minha motivação diária.”  Esta foi a definição da diretora da Escola de Medicina e Cirurgia (EMC), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Maria Marta Regal de Lima Tortori, ao explicar o significado da Instituição, que completou 106 anos nesta terça-feira, 10/04.

As origens do estabelecimento centenário remetem ao Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB), uma sociedade civil que atuava em prol da homeopatia, no fim do século XIX. Em 1912, por intermédio do IHB, a Faculdade de Medicina Homeopática do Rio de Janeiro, embrião do que viria a se tornar a EMC, foi fundada, tornando-se a segunda escola da área no Rio de Janeiro e a quarta no Brasil.

Durante o evento em comemoração à data, alunos, residentes, professores e médicos falaram sobre a importância da EMC e de seus diferenciais, que geram ensino, formação e prestação de serviço de excelência para a população:

“A tecnologia nos dá possibilidades fabulosas, mas nada disso substitui o que aprendemos nestes corredores. Conversar com o doente, conhecê-lo, fazer parte da sua vida é fundamental na formação de Medicina. Se completamos esse marco hoje, devemos a este tipo de conhecimento que sempre foi disseminado”, explicou Agostinho Manoel da Silva Ascenção, professor titular do Departamento de Cirurgia Geral e aluno da turma de 1978.

“Aprendemos, neste espaço, que o servidor público tem a obrigação de doar-se. Se hoje sou uma médica formada por uma universidade pública, alguém tem que receber isso de volta. Sempre tenho a sensação de que estou devendo para a comunidade e para o aluno, que são nossas atividades-fim “, informou a diretora, formada há 30 anos na EMC e desde 1994 lecionando no mesmo lugar.

“Hoje vemos a volta de estudantes que se credenciaram aqui. Esse retorno, esse convívio saudável e cordial com o mestre é fundamental. Esta ligação e compromisso são o que fazem a diferença. Aqui fui aluno e fiz minha carreira, o que me permite passar esse aprendizado para os demais de forma genuína. É um processo de retroalimentação “, concluiu Carlos Alberto Basílio de Oliveira, professor emérito com mais de 50 anos de instituição.

Palestra

A cerimônia contou ainda com a palestra de Antonio Claudio Goulart Duarte, clínico-geral e professor da UFRJ, acerca da relação médico-paciente e da confiança que nasce deste vínculo. Para o docente, ex-aluno da EMC, o profissional deve saber acolher o enfermo e, ao mesmo tempo, ser acolhido por ele. Apenas por meio desta ligação é possível um tratamento eficaz e humanizado.

Duarte graduou-se em 1980. “O que essa escola me ensinou foi a semiologia, a arte de intepretar sinais e sintomas”, disse. Para ele, o processo de entrevista com o paciente (anamnese) deve ser valorizado, por constituir a essência do acolhimento. “Muitas vezes, durante a consulta, o médico começa a mexer no celular. Deixa de dar atenção ao paciente para dar atenção a uma coisa virtual”, apontou.

O palestrante também salientou a importância de se observar o paciente à procura de sinais, como fraqueza, magreza ou, mesmo, infelicidade. Para ele, peso, apetite, sono, vigor e humor são os cinco fatores que nos mantêm vivos e nos quais devemos buscar o equilíbrio.

O que se assistiu no Anfiteatro Geral, entretanto, foi além da partilha de lembranças e conhecimentos. O maior ensinamento da Escola de Medicina e Cirurgia da UNIRIO deixado pelos presentes está acima de qualquer técnica ou aprendizado em sala de aula:

“Eu aprendi aqui, sendo aluna e depois virando professora, a saber exercer essa função porque a amo demais. A partir disso, ocorre uma entrega para motivar e incentivar quem está perto. Desta forma, chegaremos aos 200 anos” , adicionou Maria Marta Tortori.

“Enquanto mantivermos o compromisso de atuar com carinho, a Escola continua. A maior característica da EMC é agregar pessoas que amam aquilo que fazem. Nossa única missão é pensar no melhor para esta casa. Quando nos entregamos dessa maneira, mantemos este espaço vivo”, concluiu Carlos Alberto Basílio.

(Com informações de Felipe Monteiro, assessor de comunicação do HUGG)

Mesa solene (Foto: HUGG)


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