Bibliotecário: o profissional da Informação na Sociedade do Conhecimento
No dia 12 de março, comemora-se o dia do Bibliotecário. Reconhecidos por décadas como guardiões dos livros, esses profissionais vêm se reinventando, e, hoje, já é possível encontrar bibliotecários atuando não somente em bibliotecas, mas também em segmentos do mercado como empresas, museus, área jurídica, da saúde, e-commerce, agências de checagens de informação, entre outros.
“O bibliotecário vem se atualizando com o passar dos anos. A função de garantir o acesso à informação é permanente. O que mudaram foram as formas de armazenar e as maneiras de subsidiar o acesso do usuário. Por isso, consideramos que trabalhamos com o conhecimento registrado, em diferentes formatos. Procuramos intermediar e dar o suporte para que todos tenham acesso à informação da forma mais precisa, seja no formato físico ou digital”, analisa Bruna do Nascimento, diretora da Escola de Biblioteconomia da UNIRIO.
Bruna destaca que, como vivemos na era da sociedade da informação e do conhecimento, a tendência é que este profissional seja cada vez mais requisitado. “Se antes a informação estava somente registrada nos livros e documentos físicos, hoje ela está registrada também no ambiente digital. Por isso, este profissional é reconhecido também como gestor ou mediador da informação”.
Caminhos diversificados
A coordenadora do curso de Bacharelado em Biblioteconomia (noturno/UNIRIO), Ana Amélia Lage, concorda que, embora a demanda ainda seja maior em bibliotecas públicas e especializadas, vem crescendo muito a procura para os profissionais atuarem na área de gestão da informação e de e-commerce.
Um exemplo desse caso foi a trajetória do bibliotecário e mestrando da UNIRIO Pedro Figueiredo. Formado em Biblioteconomia na Universidade, ele atua na área de tecnologia desde o 5º período do curso. “A Biblioteconomia nunca vai estar morta. Enquanto as pessoas precisarem de informação para tomar decisões, sempre vai existir a necessidade de um bibliotecário. As pessoas ainda têm aquele estereótipo do bibliotecário atrás do balcão entregando livros. Podemos transformar isso”, observa.
Como mensagem para os futuros bibliotecários, Pedro Figueiredo destaca que “existem vários campos de atuação, e cabe aos futuros profissionais experimentar. Buscar oportunidades em diversas áreas. Eu mesmo fui do arquivo ao e-commerce. Façam cursos, especializem-se, façam a diferença”.
Da mesma opinião, a coordenadora do Curso de Biblioteconomia (diurno/UNIRIO), Simone Paiva, complementa: “Acredito que os futuros profissionais precisam estar atentos a todas as possibilidades. Por isso, o curso de Bacharelado em Biblioteconomia da UNIRIO oferece atualmente três eixos de formação: Biblioteconomia em Memória, Patrimônio e Cultura (eixo1), Biblioteconomia em Ciência e Tecnologia (eixo 2) e Biblioteconomia para Gestão da Informação em Organizações (eixo 3)”.
Sobre o mercado de trabalho, a coordenadora destaca que vale inovar, sempre de acordo com a realidade. “De modo geral, é preciso procurar soluções adequadas para aquele local em que estamos trabalhando, de acordo com a realidade e a necessidade local. Vai ter local que nossas ferramentas serão o papel e a caneta. Desta forma, é preciso gerar impacto e promover ações de inovação, mas sem esquecer da realidade daquele contexto”, finaliza.
Outras informações sobre o Curso de Graduação em Biblioteconomia da UNIRIO
O Curso de Biblioteconomia da UNIRIO é considerado o primeiro curso de Biblioteconomia da América Latina. Foi criado pela Biblioteca Nacional, em 10 de abril de 1915 e incorporado pela Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro (Fefierj) em 1977. Dois anos mais tarde, a Fefierj foi institucionalizada como Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO), hoje denominada Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atualmente na UNIRIO, existem os cursos de Bacharelado em Biblioteconomia (manhã e noite), Licenciatura (noite) e o na modalidade de Educação a Distância (EAD).
Homenagem
O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de março em todo o país. A data, instituída pelo Decreto nº 84.631, de 1980, homenageia Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil. Nascido em 12 de março de 1882, Manuel Tigre foi aprovado em primeiro lugar no concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Trabalhou por dois anos na Biblioteca Nacional, assumindo, em seguida, a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
(Por Liliana Glanzmann Vallejo - Comso UNIRIO)