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6ª Jornada de Pós-Graduação tem início com discussão sobre produção científica e ciência aberta

por daniela.oliveira — publicado 20/10/2021 16h40, última modificação 20/10/2021 16h42
Evento conta com apresentações orais e no formato de pôster até esta quinta-feira, 21

Teve início na manhã desta quarta-feira, 20 de outubro, a 6ª edição da Jornada de Pós-Graduação da UNIRIO. O evento faz parte da Semana de Integração Acadêmica (SIA) 2021.

Na abertura do encontro, a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Evelyn Orrico, destacou que a inserção da pós-graduação na SIA representa a compreensão de que "a Universidade é um único corpo, que trabalha unido, servidores, docentes e alunos, na construção de um país mais fraterno, inclusivo e melhor".

"Vivemos uma situação absolutamente dramática no país, em termos de recessão, de dificuldades de alimentação, e na pesquisa nem se fala. É preciso sempre saudar aqueles que pesquisam, que estão ligados ao campo da ciência, aqueles que respeitam o desenvolvimento científico e aqueles que estão nessa tarefa linda de formar os novos pesquisadores", refletiu a pró-reitora.

A palestra de abertura contou com a participação do professor Sigmar Rode, presidente da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec Brasil), que falou sobre diferentes aspectos da produção científica e da ciência aberta.

Ele iniciou sua apresentação citando a professora Eva Méndez, da Universidad Carlos III de Madrid, que afirma que a pesquisa, numa perspectiva de ciência aberta, é cada vez mais complexa, colaborativa e digital, ancorada em grandes volumes de dados. No entanto, alerta a pesquisadora, a publicação, o financiamento e a avaliação da pesquisa acontecem da mesma forma que no século passado.

Nesse sentido, Sigmar Rode destacou que é necessária uma mudança cultural na percepção dos cientistas, além de treinamento dos pesquisadores para a ciência aberta e alinhamento com políticas internas de financiamento de pesquisa. A questão do financiamento, destacou ele, é um problema para a ciência aberta.

"As revistas científicas têm que manter sua sustentabilidade e, com isso, precisam cobrar taxas de publicação. Errado é o pesquisador ter que pagar essas taxas, as agências de fomento, as instituições de ensino ou governamentais deveriam financiar esse pagamento", analisou Rode. Dentro dessa perspectiva, os valores cobrados acabam sendo considerados como critério para escolha do periódico de publicação.

Sigmar apresentou algumas modalidades de acesso aberto, como os preprints, textos científicos completos, disponibilizados publicamente logo após a submissão a um periódico, voltados à divulgação rápida de pesquisas. Na avaliação do presidente da Abec, os preprints devem ser lidos criticamente, da mesma forma que os demais artigos científicos publicados após a revisão por pares.

Ele citou um artigo publicado em 1998 na revista The Lancet, que relacionava comportamento autista à vacina tríplice. O trabalho foi contestado e posteriormente retratado, mas até hoje é citado por pessoas contrárias à vacinação. Mais recentemente, houve a publicação de um artigo sobre os já contestados efeitos da cloroquina no tratamento da Covid-19. "Isso foi tão sério que os Estados Unidos e o Brasil passaram a indicar a cloroquina. Os Estados Unidos voltaram atrás, aqui não estou tão certo disso", observou.

Como aprendizado, a The Lancet fez uma revisão em sua política, determinando que não serão publicados artigos que não tenham seus dados abertos ou que não indiquem onde estão disponíveis para verificação.

Sigmar Rode destaca que os dados disponibilizados em artigos científicos devem ser tão abertos quanto possível e tão fechados quanto seja necessário. E ressalta: "A base da ciência aberta é a integridade, porque nós estamos disponibilizando informação a todo mundo".

A palestra, que teve mediação do diretor de Pós-Graduação da UNIRIO, Carlos Lyra, está disponível no canal audiovisual da Pós-Graduação.

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