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“Grau de internacionalização da universidade brasileira ainda é baixo”, avalia coordenador de Cooperação Internacional do CNPq

por comunicacao — publicado 08/07/2013 00h00, última modificação 16/07/2015 15h14

Em palestra ministrada na manhã desta segunda-feira, na Sala dos Conselhos, o coordenador-geral de Cooperação Internacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marcos Formiga, traçou um panorama sobre a internacionalização da universidade, no Brasil e no mundo.

Segundo ele, o fenômeno da mobilidade se estendeu dos professores aos alunos a partir do momento em que se instituiu a bolsa acadêmica, que é uma criação do século XX. “Hoje, há mais de 3 milhões de alunos vivendo fora de seus países de origem, sendo que 60% deles são estudantes de graduação”, revelou. Para o coordenador, a educação a distância foi o grande propulsor da internacionalização nas universidades, principalmente a partir do surgimento da internet com fins comerciais, nos anos 90, “quando o fenômeno passou a ser cada vez mais crescente”.

Entretanto, Formiga lembrou que o grau de internacionalização no Brasil ainda é muito baixo, principalmente devido à barreira do idioma, já que somos o único país americano de língua portuguesa. Além disso, como a maior parte da população brasileira vive próxima ao litoral, o contato das universidades com instituições de outros países da América do Sul é insuficiente. “Ainda preferimos enviar nossos estudantes para os centros de excelência na Europa e nos Estados Unidos”, disse o palestrante.

Ao contrário do que acontecia nos anos 50 e 60, quando vigorava o padrão acadêmico norte-americano, atualmente, segundo Formiga, a maior cooperação estabelecida pelo Brasil, em termos internacionais, é com a União Europeia.

Definição

O fenômeno da “internacionalização” engloba o fato de uma universidade manter alunos em outros países além daquele onde está situada, ter professores de diferentes nacionalidades e oferecer cursos específicos a estudantes estrangeiros.


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