No dia 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira se suicidou após assassinar a tiros 13 adolescentes em uma escola municipal de Realengo. Sua história inspirou a criação do espetáculo expressionista Samael, a cadeira e o abismo, que será apresentado nos dias 9 e 10 de junho, às 20h, e no dia 11 de junho, às 18h, na Sala Paschoal Carlos Magno (Palcão), do Centro de Letras e Artes (CLA).

Fruto do projeto de extensão “Da Arte do Fazer e do Criar”, coordenado pela professora da Escola de Teatro Glaucia Reyes, a peça trata da ambiguidade ao retratar o protagonista Samael como Lúcifer, anjo que disputou o trono de Deus e acabou derrotado pelas hostes celestes comandadas por Miguel. Ao perder a batalha, Samael cai no mundo dos homens e – como humano fraco, solitário e abatido – transforma-se em Wellington.

Entre o ser divino e o ser humano, Samael não sabe quando é um ou outro, isto é, não tem a certeza de que lugar ocupa e em que plano se encontra. Nesse jogo, ele é atormentado por vozes que o julgam e afligem, seja trazendo o seu lado humano até ao desespero, seja condenando-o como o anjo decaído por sua arrogância em querer tomar o lugar de Deus. Samael não tem paz: ele é prisioneiro do tempo, sempre renovado, do infinito retorno.

O CLA se localiza na Av. Pasteur, 436, Urca.

Outras informações pelo telefone 2542-2409.