Com 25 anos de trabalho dedicados à Enfermagem, em paralelo à docência na área, a professora Almerinda Moreira é hoje diretora da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP/UNIRIO). Em entrevista à edição de maio da Revista Enfermagem, ela aponta os desafios da profissão e ressalta a necessidade de mais reconhecimento por parte da sociedade.

“Essa é uma profissão importante, necessária, pois um hospital não vive sem enfermeiro, mas ainda há um pouco de preconceito. Muitas vezes o paciente vai embora e agradece a Deus e ao médico como se bastassem apenas os dois para que ele ficasse bom, quando na realidade a gente sabe que não é assim. Se o enfermeiro não der a dosagem certa, não observar se o médico prescreveu corretamente, não trocar de posição, não adianta só o médico prescrever; somos uma equipe. Esse reconhecimento do paciente às vezes é meio difícil”, conta a professora.

Para Almerinda Moreira, são qualidades fundamentais para o futuro enfermeiro a paixão por estudar e por cuidar do outro. “É importante que a pessoa goste de estudar, porque a profissão exige que o enfermeiro esteja sempre se aprimorando, pois sempre surgem formas de curativos e equipamentos novos, e é preciso conhecê-los. Além disso, quem quer seguir nessa profissão precisa gostar de cuidar das pessoas, pois essa é a base do nosso trabalho”, explica.