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Turispédia

Turismo Colaborativo

Nesse sentido, o Turismo Colaborativo se caracteriza como um movimento de trocas (não necessariamente monetárias) de produtos, serviços, informações relacionadas a atividade turística, que podem ou não envolver uma troca monetária, e são facilitados por plataformas digitais colaborativas. Ainda, a novidade que aparece junto ao ressurgimento desta forma de realizar atividade econômica, são as plataformas digitais e os aplicativos que se apresentam como um meio facilitador para tal. Tais plataformas (principais ferramentas que difundem o Turismo Colaborativo) que são, em sua maioria, descritas por blogs de viagem ou notícias sobre essa tendência, são listadas em diversos tipos: sites de troca de habilidades por hospedagem, a exemplo do Worldpackers; ou aplicativos de compartilhamento de transporte, como BlaBlaCar; ou ainda, sites de experiências oferecidas por residentes, como o Rent a Local Friend; ainda, podem ser encontrados sites de guias e/ou recomendações, a exemplo do TripAdvisor (Janelas Abertas, 2018).

Turismo de diáspora

Conceito elaborado em 2004 por Tim Coles e Dallen Timothy, dois geógrafos que, com o intuito de dialogar entre dois campos desconectados, do turismo e do estudo das diáporas analisaram a produção, o consumo e as práticas do turismo por e para as comunidades diaspóricas. Os pesquisadores publicaram um livro chamado Tourism, Diasporas and Space, em que definiram o conceito de turismo de diáspora como “um tipo de turismo prioritariamente produzido, consumido e vivenciado por comunidades diaspóricas”(COLES; TIMOTHY, 2004 apud PINHO, 2018). 

Turismo de Raízes

Em 2006, o antropólogo Paul Basu elabora o conceito de  para explicaras viagens que os descendentes de escoceses fazem para a Escócia, em busca das suas raízes genealógicas. No Brasil, a socióloga Patricia Pinho (2018) utiliza do turismo de raízes para entender o caso dos afro-americanos na Bahia. Para Patrícia Pinho (2018), o conceito de turismo de raízes é produtivo para compreensão sobre o turismo dos afro-americanos na Bahia. A pesquisadora defende que "estes turistas concebem as suas identidades como tendo sido interrompidas pela perda de suas raízes culturais e familiares. Sentem que precisam, portanto, viajar em busca dessas raízes para que possam, de fato, “enraizar” as suas identidades tanto nas culturas locais quanto nas relações de parentesco sanguíneo ou simbólico que essas viagens possibilitam. (PINHO, 2018, p. 118)

Afroturismo

O jornalista Guilherme Soares Dias é um dos pioneiros em trazer relatos sobre como o afroturismo vem transformando o olhar da população negra para o setor, segundo Dias (2020) o afroturismo “pretende levar as pessoas a vivenciarem mais a cultura negra por meio da história, gastronomia, religião, museus, vivências, negócios e visitas a comunidades e quilombos”. O jornalista também é sócio da plataforma Black Bird, o empreendimento “tem como proposta compartilhar relatos de viajantes negros, histórias de lugares e cultura negra, além de inspirar novas narrativas e viagens, com dicas e promoção de alguns roteiros especiais de turismo afro-referenciado”, ele diz que a expectativa é de que assim como houve o momento de empoderamento capilar, onde as pesquisas sobre cabelo crespo e cacheado chegaram à se sobrepor sobre cabelos lisos, as marcas se conscientizaram e como resultado hoje há um vasto conteúdo sobre o assunto, aconteça também com o AfroTurismo, e que o movimento cresça cada vez mais.

Santos (2018, p.50) entende que “o turismo étnico-afro vem da perspectiva de valorização da cultura e toda expressão negra contemplada pelo turismo”, dessa forma, a autora interpreta o afroturismo como uma forma mais abrangente do turismo étnico-afro e conclui que "o movimento afroturístico pode ser assimilado além, considerando as experiências individuais e sociais dos viajantes afro-brasileiros, abarcando o movimento desses corpos em diálogo com turismo e as pautas em comum a partir da cor da sua pele e as reverberações sociais desse fato. [...]

Oliveira (2020) explica que a proposta do conceito é “subverter lógicas e ordens nas quais o turismo se moldou –eurocêntrico, que tem o homem branco europeu como o balizador do mundo”, a autora também classifica o Afroturismo como um termo derivado do turismo diaspórico e turismo de raízes, tendo seu principal diferencial a teoria da afrocentricidade, elaborada por Molefi Kete Asante, segundo Reis, Silva e Almeida (2020) "a teoria da afrocentricidade em contraponto ao eurocentrismo, privilegia o pensamento e todo sistema cultural africano como centralidade histórica e base dos processos de produção de conhecimentos e valorização da ancestralidade para as pessoas africanas do continente e da diáspora”. 

Turismo Étnico

O turismo étnico se apresenta como um oposto ao turismo de raízes. O conceito de turismo étnico se consolidou como uma ferramenta de análise do tipo de turismo que se define prioritariamente pela busca da diferença (Pinho, 2018). Enquanto comunidades diaspóricas viajam em busca pelos seus semelhantes, a experiência do turismo étnico se resume na diferença do outro, deste modo, numa viagem, quanto mais exótica for a cultura do outro, melhor.  

Turismo LGBT 

O turismo LGBT surgiu como uma alternativa à discriminação sofrida por conta da intolerância e acabou por se tornar um grande movimentador da economia turística do país. Por ser um segmento que vem crescendo consideravelmente e gerando lucro na mesma proporção, o Ministério do Turismo, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e o Ministério da Justiça formularam um guia de bolso destinados a orientar prestadoras de serviços turísticos.