UNIRIO firma acordo de cooperação com o Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Livre de Berlim
No início do mês de maio, a UNIRIO assinou o Acordo de Cooperação Acadêmica com o Instituto de Estudos Latino-Americanos (LAI, na sigla em alemão), da Universidade Livre de Berlim (FUB).
A iniciativa prevê a realização de intercâmbio entre a UNIRIO e a FUB, nos campos científico, cultural, docente, técnico-pedagógico, técnico-administrativo e discente, de modo a permitir o desenvolvimento de projetos de pesquisa, programas de ensino e extensão, mobilidade acadêmica, promoção de eventos, palestras, simpósios, seminários, conferências e congressos, visando à disseminação do conhecimento, informações e publicações acadêmicas em áreas de interesse mútuo ou comunitário.
O professor Igor Gak, do Departamento de Estudos e Processos Arquivísticos da UNIRIO, foi o responsável por propor o acordo ao LAI e intermediar o contato com a Coordenadoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (CRI/UNIRIO). Ele cursou o doutorado no instituto alemão, entre 2010 e 2015, com uma bolsa da Fundação Friedrich Ebert, e defendeu a tese "Nazi Soft Power: uma análise sobre a política cultural exterior alemã para o Brasil durante o 'Terceiro Reich' (1933-1942)", na qual investigou o elemento cultura na política externa alemã para o Brasil.
Segundo Gak, o LAI abrange disciplinas das Ciências Humanas e das Artes e, por isso, essas áreas seriam favorecidas pelo convênio num primeiro momento. "Todas as áreas das ciências sociais, jurídicas e políticas, bem como parte das artes (sobretudo Teatro, Letras e alguns aspectos da Música), podem se beneficiar desse acordo. Isso quer dizer que estudantes de pós-graduação podem ter acesso facilitado a um estágio doutoral no LAI através de convênios de financiamento entre agências alemãs, como o DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), e a Capes", explicou o docente.
Ele ressalta que, embora o conhecimento da língua alemã seja desejável para a proposição de projetos através desse acordo, não é uma condição absolutamente necessária para a realização dos estudos no LAI.
"Muitas pesquisas são realizadas em inglês, espanhol ou mesmo em português, a depender do professor responsável por receber o estudante. Existem professores brasileiros, como Sergio Costa (Ciências Sociais) e Mariana Simoni (Literatura), ou alemães especialistas em Brasil, como Karina Kriegesmann (História), que poderiam atuar como tutores dos nossos estudantes. Com eles, a barreira da língua não existiria, mas ressalto que bons conhecimentos de alemão facilitam a conquista de uma bolsa de pesquisa por agências daquele país", observou.