UNIRIO embarca nas Naves do Conhecimento
Parcerias com universidades, formação de educadores, combate ao racismo e redução das desigualdades sociais e de gênero. Esses foram alguns dos temas em debate no evento “Gira de Ideias: semeando territórios com ciência e tecnologia”, nesta terça-feira, dia 26, na Nave do Conhecimento do Engenhão.
A atividade reuniu alunos do programa Naves do Conhecimento com representantes da UNIRIO, da Prefeitura do Rio de Janeiro e de movimentos sociais, para discutir sobre as potencialidades da parceria entre o projeto e a Universidade. Promovido pela Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT), o programa fomenta a popularização do conhecimento científico em diversos territórios da cidade.
“Nosso intuito é refletir de que maneira as ações de extensão de nossa Universidade podem dialogar com as Naves do Conhecimento”, destacou o pró-reitor de Extensão e Cultura, Vicente Aguilar Nepomuceno de Oliveira, ressaltando a intenção de construir parcerias com o programa. Para a titular da pasta, Tatiana Roque, a aproximação com as instituições de ensino superior do Rio de Janeiro é uma maneira de capilarizar o projeto, atingindo regiões mais vulneráveis. “As universidades podem servir como porta de entrada nos territórios onde temos a Nave”, apontou.
A vice-reitora da UNIRIO, Bruna Nascimento, também comemorou a parceria. “É a oportunidade de ressignificar a UNIRIO como uma universidade que extrapola muros e que dá aos professores a possibilidade de sonhar com um mundo mais igualitário”, salientou. A professora ainda parabenizou a equipe da SMCT pela iniciativa. “Um aparelho como as naves, que pensa ciência e tecnologia, território, conexão com universidades. É essa a pluralidade que queremos ver”, ressaltou.
Debate
O evento prosseguiu com uma roda de conversa, na qual cada um dos presentes teve a oportunidade de se apresentar e contar aos demais sobre sua relação pessoal com as Naves do Conhecimento. O projeto, que capacitou 18 mil pessoas em 2023, visa à democratização do acesso ao universo digital em ambientes criativos e colaborativos. Há oferta de oficinas, cursos e eventos nas áreas de informática básica; economia criativa; tecnologias da informação; robótica e programação; e trabalho e empreendedorismo.
O subsecretário de Formação Tecnológica da SMCT, Rogério Cappelli, deu início à primeira mesa de debates da Gira, sobre o tema: “Ciências e tecnologia na cidade do Rio de Janeiro: Diálogos das Naves do Conhecimento e da UNIRIO”. Também participaram a coordenadora da Nave do Engenhão, Rosana Lopes, o coordenador da Nave de Nova Brasília, Jefferson Alves, e os professores da UNIRIO Celso Sánchez e Thereza Cardoso.
Atualmente, há nove Naves em funcionamento, localizadas nas zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro: Engenho de Dentro, Irajá, Madureira, Nova Brasília, Padre Miguel, Penha, Santa Cruz, Triagem e Vila Aliança. Segundo Campelli, a Prefeitura do Rio planeja aumentar esse número para 48 equipamentos. “Buscamos chegar a um público que ainda não atingimos e encontrar caminhos para fazer com que o resultado dos cursos seja a inserção direta no mercado de trabalho”, salientou.
Ele revelou, ainda, a proposta de incluir o curso de inteligência artificial em todas as Naves, para que a população atendida possa acompanhar as transformações impostas pela expansão do uso dessa tecnologia.
À tarde, o evento prosseguiu com a segunda mesa, sobre “Formação de educadores em ciências e tecnologia: questões para uma educação antirracista”, e o último debate do dia, dedicado a “Economias outras, cultura, mulheres e tecnologias”.
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