Foi assinado, nesta sexta-feira (1º), o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Ministério da Saúde, a UNIRIO e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), para realizar estudo preliminar que verificará a viabilidade de implantação de um novo hospital universitário da UNIRIO, que seria gerido pela Ebserh, se aprovado. Esse novo hospital seria criado por meio da fusão do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG).

O acordo inaugura um momento de seis meses em que um grupo de trabalho vai fazer um diagnóstico aprofundado para entender quais são os melhores padrões para que no futuro essa fusão seja possível, criando um grande e mais moderno espaço de assistência para atender mais e melhor a população fluminense. A medida faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, do Ministério da Saúde. Atualmente, o HUGG e o HFSE têm, juntos, 480 leitos ativos. Com a integração, seriam 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haveria maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou de forma remota do evento. Segundo a responsável pela pasta, ocorrendo a fusão, haverá maior oferta assistencial, com qualidade, para a população do estado, além do fortalecimento dos serviços de referência, por meio de um processo virtuoso. “É muito importante a reestruturação porque se trata de recuperar a excelência, mas também de colocá-la a serviço do Sistema Único de Saúde”, ressaltou a ministra.

O reitor da UNIRIO, José da Costa Filho, observou que a fusão promoveria a ampliação do ensino, pesquisa e inovação dentro da Universidade. “Vamos passar, por todas as instâncias colegiadas, as propostas, diagnósticos e cronogramas que serão elaborados dentro desse acordo, para que possamos deliberar com fundamento sobre as escolhas a serem feitas por nossa Instituição”, explicou.

“O que estamos fazendo é um estudo que permitirá uma tomada de decisão que seja positiva para o Sistema Único de Saúde (SUS), os seus usuários, o Rio de Janeiro, e dê um futuro para este novo hospital universitário que pode nascer da fusão entre o HUGG e o HFSE”, sintetizou o presidente da Ebserh, Arthur Chioro.

Caso haja a viabilidade da fusão, e após deliberação do Conselho Universitário da UNIRIO, o HFSE será doado pelo Ministério da Saúde à Universidade. Em seguida, a Instituição de Ensino deverá celebrar contrato de gestão especial com a Ebserh, para que a estatal passe a gerenciar a nova unidade hospitalar.

Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro

É explicado, no site do Ministério da Saúde, que o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro representa o compromisso de garantir um sistema de saúde mais robusto, acessível e de qualidade para toda a população. Com essas medidas, o objetivo é restaurar a confiança da sociedade nos serviços oferecidos, garantindo todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares e assegurando que todos tenham acesso à saúde de forma digna e eficaz.

O Ministério da Saúde acrescenta que a reestruturação garante todos os direitos dos servidores. Haverá um processo de movimentação voluntária de servidores federais que serão remanejados a outros hospitais e institutos federais. É observado ainda em seu site que o modelo de reestruturação é inovador e faz parte do esforço do Ministério da Saúde para o resgate do funcionamento pleno das unidades, pois os hospitais federais oferecem serviços de média e alta complexidade a uma população significativa, mas, atualmente, as unidades estão com emergências fechadas, leitos bloqueados, déficit de funcionários e dificuldades de abastecimento.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defendeu que o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro faz parte do processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e que o novo modelo de gestão traz mais eficiência para as unidades.

“O modelo de gestão dessas unidades é fragmentado e ao longo das décadas foi amplamente discutido. Tivemos excelentes áreas de especialidades, de cirurgiões, por exemplo. Queremos recuperar isso e colocar integrado ao SUS. Como ministra, vejo essa ação como um novo marco para a assistência hospitalar. A reestruturação faz parte da determinação do presidente Lula de colocar a saúde no centro da agenda, reduzir o tempo de espera e aumentar a qualidade de atendimento”, comentou a ministra.

(Com informações do Ministério da Saúde e da Ebserh)