Prograd promove debate sobre cursos de graduação da UNIRIO
Foi realizado nesta quinta-feira, 10 de novembro, o 2º Fórum de Cursos de Graduação da UNIRIO, organizado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). Durante o evento, professores da Universidade puderam discutir questões relacionadas aos currículos dos cursos e aos desafios para a formação superior nas diversas áreas do conhecimento.
Na abertura do encontro, na parte da manhã, o pró-reitor de Graduação, Alcides Guarino, destacou que é preciso pensar o papel dos cursos de graduação e sua inserção na conjuntura do país – daí a proposta do fórum. Segundo ele, a Prograd já se pautou por ações apontadas na primeira edição do evento, realizada em 2015.
Neste ano, as discussões tiveram como temas centrais democratização, acompanhamento curricular, integração com extensão e estágios curriculares. Estiveram representados os cursos de Biblioteconomia, Biomedicina, Enfermagem, Filosofia, Matemática, Medicina e Pedagogia, sob coordenação da professora Naira Christofoletti Silveira, da Escola de Biblioteconomia. Os professores relataram aspectos como a reforma do currículo do curso de Pedagogia e o acompanhamento curricular na graduação em Enfermagem, e também debateram a inclusão de atividades de extensão nos currículos. As observações e sugestões serão sistematizadas em relatório e encaminhadas às pró-reitorias de Graduação e de Extensão e Cultura.
O fórum contou com a palestra do professor Emir Sader, do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele discorreu sobre os desafios democráticos das universidades na América Latina, num momento em que se observa, em muitos países, um “refluxo das políticas voltadas para a educação pública”.
Emir Sader criticou o baixo protagonismo, no cenário nacional, das reflexões desenvolvidas nas instituições de ensino superior, a seu ver, cada vez mais especializadas, distantes dos grandes temas que interessam a sociedade. Para ele, as universidades têm a responsabilidade de voltar a pensar sobre os interesses públicos e de divulgar mais os pensamentos concebidos nestes espaços. “Fechados nas universidades, não conseguimos que as ideias transcendam os muros que nos cercam”, alertou.