Professor da UNIRIO ministra palestra na UFPE sobre o legado de Florestan Fernandes e o Serviço Social brasileiro
Nos dias 6 e 7 de maio, o professor Rodrigo Castelo, da UNIRIO, participa de dois eventos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que reúnem docentes, estudantes e movimentos sociais em torno da reflexão crítica sobre a democracia, a formação social brasileira e o papel do Serviço Social.
Nesta terça-feira (6), às 15h, o docente irá ministrar a palestra A questão social no Brasil e as particularidades dos seus fundamentos, no Auditório do Departamento de Hotelaria e Turismo (DHT).
Já na quarta-feira ( 7), às 14h30, no Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCHS), o professor integra a mesa-redonda “A memória viva de Florestan Fernandes e sua relação com o Serviço Social”, ao lado da professora Evelyne Medeiros (UFPE), com mediação de Franqueline Terto (UPE/MST).
A atividade faz parte do evento O Pensamento Vivo de Florestan Fernandes e sua relação com o Serviço Social brasileiro: 50 anos de A Revolução Burguesa no Brasil, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da UFPE (PPGSS), pela Universidade de Pernambuco e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O encontro marca os 50 anos da publicação de A Revolução Burguesa no Brasil (1975) e os 30 anos de falecimento de Florestan Fernandes (1920-1995). A obra é considerada uma das principais do pensamento social brasileiro. Escrito no contexto da ditadura empresarial-militar instaurada em 1964, o livro desvenda as raízes autocráticas do poder burguês, seus componentes estruturais e históricos presentes no conjunto do tecido social brasileiro, revelando sua atualidade para o debate dos dilemas da democracia em formações capitalistas de origem colonial, periféricas, dependentes e sufocadas pelos dinamismos do capital financeiro internacional.
Diante da importância do pensamento de Florestan Fernandes na luta contra o conservadorismo no Brasil, autores/as de referência do Serviço Social incorporaram suas elaborações para desvelar as relações de dominação e exploração no cerne da formação social brasileira. Atualmente, são inúmeras as referências no Serviço Social brasileiro às categorias de Florestan, como Estado autocrático, democracia restrita, heteronomia, dentre outras, na produção de conhecimentos necessários ao trabalho profissional de assistentes sociais e à luta política das classes trabalhadoras.