A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) divulgou o balanço do edital 2025 de bolsas de monitoria. Em comparação com o ano anterior, 29 departamentos tiveram aumento no número de bolsas recebidas, enquanto 17 tiveram redução e nove mantiveram o quantitativo de 2024.

Segundo o diretor de Programas e Atividades Especiais de Ensino de Graduação (DPAE), Ronaldo Busse, os dados representam um avanço na redistribuição de bolsas entre departamentos, reduzindo a fila de espera e a falta de atendimento a solicitações. O avanço se deve à reformulação do Programa de Monitoria, que atualmente conta com 460 bolsas no valor de R$ 700,00, com vigência de março a dezembro de 2025.

Em conjunto com a Câmara de Graduação, a Prograd propôs mudanças, com base em um estudo feito pela DPAE sobre os processos de distribuição de bolsas realizados pelas demais universidades públicas do Rio de Janeiro. De acordo com Ronaldo Busse, as modificações visam tornar o Programa “mais transparente, coletivo e democrático”, além de fortalecer o debate sobre o processo de ensino e aprendizagem juntos aos departamentos, frente à lógica de submissão de projetos individuais.

Novo regulamento

Em outubro de 2024, foi aprovado no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) o novo regulamento para o Programa de Monitoria e, já para o ano de 2025, o envio de projetos de ensino individuais deixou de ser exigido e as bolsas passaram a ser distribuídas por intermédio de dois editais.

No primeiro deles, os departamentos apresentaram um plano de monitoria, indicando as disciplinas com demanda de bolsas. Em seguida, a Comissão de Monitoria, composta por representantes do discente, da Prograd e de cada um dos cinco centros acadêmicos, fez a distribuição das cotas de bolsas entre os departamentos e componentes curriculares.

Os critérios utilizados foram: média semestral de alunos inscritos por componente curricular; carga horária semanal média dos componentes curriculares; carga horária prática semanal média dos componentes curriculares; e carga horária didática semanal média na graduação por docente do departamento.

Para esse edital, por entender como não pertinente e com a concordância da Câmara de Graduação, a Prograd vetou a oferta de bolsas para componentes curriculares referentes a estágio e trabalho de conclusão de curso. Entre os 55 departamentos da Universidade, 50 participaram do edital, enviando seu plano de monitoria.

Considerando as cotas de bolsas distribuídas aos departamentos, foi publicado um segundo edital, voltado para os estudantes, com a inclusão da 50% de reserva de vagas para ações afirmativas. Os estudantes se inscreveram, indicando, em ordem de preferência, três opções de disciplinas para atuarem como monitores. Segundo Busse, a inclusão de três opções no formulário de inscrição tinha por objetivo aumentar as chances de ocupação de vagas por disciplinas com baixa procura.

No total, inscreveram-se 1.596 estudantes. Foram distribuídas 223 bolsas para alunos que ingressaram na Universidade por ações afirmativas (ensino médio em escola pública) e 218 bolsas para ampla concorrência. Por falta de estudantes aprovados, alguns departamentos não conseguiram ocupar a cota mínima de vagas para ações afirmativas, e precisaram remanejar as vagas para ampla concorrência.

Para Ronaldo Busse, o novo modelo de edital “tornou o processo mais democrático e transparente, com ampla divulgação para todas as disciplinas, permitindo que mais estudantes se candidatem às bolsas de monitoria”.