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Nota da UNIRIO sobre novo bloqueio de orçamento pelo governo federal

por Comunicação publicado 29/11/2022 12h21, última modificação 29/11/2022 16h23
Universidade sofreu bloqueio de R$ 7,9 milhões, o que representa 100% do limite necessário para execução do orçamento de custeio e investimentos

Nesta segunda-feira, 28 de novembro, as Universidades federais foram surpreendidas por novo bloqueio orçamentário pelo governo federal.

Na UNIRIO, o corte foi de R$ 7,9 milhões -- o que representa 100% do limite necessário para execução do orçamento de custeio e investimentos disponível hoje. Na prática, o bloqueio irá afetar ações programadas pela Instituição, caso não seja revertido.

A Reitoria da UNIRIO lamenta a decisão e se une às demais Universidades federais na busca pela reversão da medida, com a recomposição do orçamento necessário para o devido funcionamento da Instituição.

Leia a nota divulgada pela Andifes, entidade que representa as instituições federais de ensino superior:

"Com surpresa e consternação, e praticamente no apagar das luzes do exercício orçamentário de 2022, as Universidades Federais brasileiras foram, mais uma vez, vitimadas com uma retirada de seus recursos, na tarde dessa segunda-feira (28). Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento.

Após o bloqueio orçamentário de R$ 438 milhões ocorrido na metade do ano, essa nova retirada de recursos, estimada em R$ 244 milhões, praticamente inviabiliza as finanças de todas as instituições. Isso tudo se torna ainda mais grave em vista do fato de que um Decreto do próprio governo federal (Dec. 10.961, de 11/02/2022, art. 14) prevê que o último dia para empenhar as despesas seja 9 de dezembro. O governo parece “puxar o tapete” das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, fornecedores ou contratantes.

Como é de conhecimento público, em vista dos sucessivos cortes ocorridos nos últimos tempos, todo o sistema de universidades federais já vinha passando por imensas dificuldades para honrar os compromissos com as suas despesas mais básicas. Esperamos que essa inusitada medida de retirada de recursos, neste momento do ano, seja o mais brevemente revista, sob pena de se instalar o caos nas contas das universidades. É um enorme prejuízo à nação que as Universidades, Institutos Federais e a Educação, essenciais para o futuro do nosso país, mais uma vez, sejam tratados como a última prioridade.

A Andifes continuará sua incansável luta pela recomposição do orçamento das Universidades Federais, articulando com todos os atores necessários, Congresso Nacional, governo, sociedade civil e com a equipe de transição do governo eleito para a construção de orçamento e políticas necessárias para a manutenção e o justo financiamento do ensino superior público."

 


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