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Mensagem de esclarecimento sobre o Sisu 2024

por Comunicação — publicado 22/03/2024 18h47, última modificação 25/03/2024 12h48
Gestão universitária explica os fatores que levaram ao atraso na divulgação das listas de resultado final e espera na UNIRIO

A UNIRIO dá as boas-vindas a seus mais de 2 mil novos alunos e alunas e se desculpa pelos atrasos deste ano na divulgação da distribuição dos candidatos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que, compreensivelmente, geraram ansiedade em muitos ingressantes. A gestão universitária está atenta a isso e publica esta nota para esclarecer tanto as dificuldades que levaram a esse problema, como também o que este processo seletivo de 2024 teve de único, de singular.

As inscrições do Sisu 2024 foram abertas em 22 de janeiro e encerradas em 25 de janeiro, para uma única edição. A seleção de candidatos para o segundo semestre letivo foi realizada juntamente com a seleção para o primeiro semestre, não existindo mais um processo seletivo no meio do ano, como o ocorrido nos anos anteriores. Também houve alteração importante no que se refere às cotas. A nova Lei de Cotas, sancionada pelo presidente Lula em 13 de novembro de 2023, determina que todos os candidatos disputam as vagas de ampla concorrência. Aqueles que atendem aos critérios estabelecidos nas políticas de ações afirmativas concorrem posteriormente à reserva de vagas. Com a mudança legislativa, o cotista deixou de concorrer apenas às vagas destinadas às cotas.

Apenas depois das inscrições, já em 26 de janeiro, a equipe técnica do Ministério da Educação (MEC) se reuniu com representantes de mais de 280 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), para apresentar as questões técnicas do novo modelo do Sisu implementado a partir das mudanças na legislação. A UNIRIO participou da reunião, representada pela Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Dtic).

Como até então nenhuma informação técnica havia sido enviada pelo MEC, a UNIRIO não pôde iniciar antecipadamente a alteração no quesito lógico de seus sistemas, principalmente na etapa de elaboração de resultados. Mesmo após a reunião de 26 de janeiro, o MEC não forneceu dados concretos de como seriam enviados os arquivos que possibilitam a elaboração das listagens, além de delegar que as Ifes fizessem manualmente toda a movimentação de vagas.

A mudança na legislação de cotas ocupou a Dtic paralelamente a um complexo trabalho de alterar praticamente todas as cotas já existentes nos sistemas da Universidade. Em função da escassez de pessoal, ocasionada pelas restrições orçamentárias das universidades, existe uma quantidade reduzida de analistas de TI qualificados em desenvolvimento de software em relação à demanda atual de serviços na Dtic. Como havia somente um desenvolvedor que, adicionalmente, tivesse também experiência em processos de ingresso via Sisu, somente ele pôde ser exclusivamente alocado para esta tarefa e, com isso, a maioria dessas alterações foi realizada por ele.

As alterações envolveram três sistemas diferentes: SIE, Sisu x SIE e Solicitação de Matrícula. No SIE, além da criação de todas as novas cotas, foi otimizado o local de preenchimento da informação no banco de dados. Essa otimização possibilitou pela primeira vez uma separação real da forma de ingresso e da cota para cada candidato da Instituição, sendo realizado o mesmo para todos os alunos de anos anteriores, que tiveram seus dados atualizados no sistema. Com relação ao Sisu x SIE, todos os mapeamentos tiveram que ser refeitos, não só pela questão da inclusão das novas cotas, mas também pela mudança logística que foi feita na otimização da informação no SIE. Por fim, o sistema de Solicitação de Matrícula, que recebe toda a documentação para a matrícula do candidato, teve todo o seu banco de dados recriado após o envio das regras pela Coordenadoria de Acompanhamento e Avaliação do Ensino de Graduação (Caeg), contendo as várias mudanças que seriam necessárias para as diferentes documentações que cada cota exige.

A Caeg, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e a Dtic definiram parâmetros para serem utilizados na distribuição das vagas por semestres que possibilitassem que a UNIRIO não incorresse em falhas apresentadas por outras Ifes. Houve, por exemplo, universidades que matricularam candidatos de ampla concorrência no primeiro semestre e os das modalidades de cotas no segundo semestre. A UNIRIO, por sua vez, decidiu seguir integralmente as regras definidas pela nova normativa do Sisu e, para otimizar o preenchimento de vagas na Instituição, adotou procedimentos por vezes inéditos, que demandaram um prazo mais longo para sua implementação.

Na chamada regular, a Caeg solicitou toda a documentação dos candidatos, tanto dos que seriam possivelmente classificados para o primeiro semestre como para o segundo. Esse procedimento já vinha sendo adotado normalmente pela Caeg, mas nos processos seletivos anteriores era apenas para um único semestre. Com a inclusão do segundo semestre juntamente com o primeiro, o quantitativo de documentos a serem analisados pela Caeg dobrou em relação aos anos anteriores. Com isso, o resultado final da chamada regular precisou ser publicado em data posterior à de outras instituições. Tal procedimento garantiu a análise real dos documentos antes da matrícula dos candidatos, reduzindo possíveis problemas futuros.

A UNIRIO também decidiu remanejar candidatos do segundo semestre para o primeiro nas vagas para as quais não havia sido solicitada a matrícula ou tinha sido pedida por candidatos que tiveram sua solicitação indeferida. Com isso, não foi possível definir e divulgar para os alunos, nem na chamada regular, nem lista de espera, para qual semestre eles seriam convocados. Apesar de esse procedimento acarretar um atraso na informação em comparação com outras instituições, tal inconveniente é compensado pela otimização do preenchimento de vagas da Instituição.

O cronograma original para a publicação do resultado final da chamada regular, previsto para 8 de março, sofreu atraso de dois dias. O resultado final das solicitações de matrícula, com os semestres de ingressos e a definição final dos candidatos que entraram com recurso, foi, por fim, divulgado em 10 de março, um domingo. O remanejamento de vagas, que apenas podia ser feito após a análise de todos os recursos até o mesmo dia da publicação do resultado final, foi realizado de forma manual durante o fim de semana, inclusive de madrugada. As fortes chuvas de 9 de março interromperam ainda o fornecimento de energia elétrica e internet de alguns dos servidores envolvidos nas atividades, que, na maior parte do tempo, eram executadas em duplas. O remanejamento das vagas do segundo semestre para o primeiro passará a ser automatizado, a partir do desenvolvimento, agora em tempo hábil, de uma aplicação informatizada, de modo que o processo será agilizado nos próximos anos.

Também tivemos problema no cronograma em relação aos candidatos da lista de espera, isto é, que não tiveram pontuação suficiente no Enem para estar na chamada regular mas apresentaram interesse em ser convocados para a matrícula no caso de sobrarem vagas. O setor gestor do Sisu, do MEC, disponibilizou o relatório da lista de espera por perfil socioeconômico inicialmente em 16 de fevereiro, justamente a data em que o cronograma do Sisu 2024 previa a convocação dos candidatos da lista de espera. Entretanto, continuaram ocorrendo modificações, por vezes só comunicadas por meio de mensagens pelo aplicativo WhatsApp diretamente para algumas Ifes, ou ainda enviadas em grupos. A listagem definitiva só foi oficialmente confirmada em 1º de março, no ofício nº 943/2024/CGPOL/DIPPES/SESU/ SESu-MEC.

Além disso, a convocação para a lista de espera, prevista para o dia 13 de março, também foi atrasada pelo setor gestor do Sisu porque, no dia em que começaram os trabalhos na UNIRIO para o cálculo das vagas restantes para essa lista, 11 de março, o sistema do Sisu, Gestão do MEC, estava fora do ar. Assim, as dificuldades enfrentadas pelo próprio governo federal diante das alterações introduzidas no Sisu 2024 prejudicaram a verificação e obtenção das vagas para a lista de espera, o que exigiu que, em 12 de março, a Caeg e a Dtic trabalhassem em conjunto para poder calcular tais vagas e chegar a um posicionamento de como as cotas seriam distribuídas.

Somente após às 16 horas do dia 13 de março, a data prevista para a liberação da convocação para a lista de espera, as distribuições de vagas foram finalizadas e a consulta para gerar o resultado pôde voltar a ser trabalhada pela Dtic. Antecipar esse trabalho simultaneamente não era uma alternativa possível porque, devido às mencionadas restrições orçamentárias para contratação de servidores concursados, o analista que estava auxiliando a Caeg era o mesmo que possuía o conhecimento para a elaboração da lista. Assim, diante da enorme complexidade imposta pelas mudanças sem precedentes nas regras do Sisu, e com as diversas versões das listagens que o MEC elaborou até chegar à listagem correta final, a elaboração da convocação da UNIRIO para a lista de espera só pôde ser finalizada em 14 de março, dia seguinte ao previsto.

Portanto, reiteramos que lamentamos o não cumprimento do cronograma de divulgação das listas de resultado final e espera. Se, por um lado, o atraso não ocasionou qualquer perda para os alunos e candidatos, por outro percebemos que causou grande ansiedade, algo que gostaríamos de ter evitado. A experiência permitiu identificarmos ajustes possíveis nos processos que assegurarão maior agilidade no Sisu dos próximos anos na UNIRIO. É importante, também, que fique claro que buscamos, com transparência, explicar minuciosamente a origem dos vários problemas técnicos e operacionais que atravessaram as convocações no certame deste ano, bem como a excepcionalidade da nova normativa do Sisu, que trouxe regras inéditas com enorme complexidade na aplicação. Várias ações que cabiam ao MEC também se deram com contratempos, que, em grande parte, decorreram do próprio esforço do ministério de ampliar, melhorar e democratizar a política de cotas e o atendimento social. A UNIRIO seguiu à risca a normativa e não buscou subterfúgios que acelerassem o processo e, de modo maquiado, viabilizassem o cumprimento dos prazos anunciados. A correção e a transparência são sempre o melhor caminho.

Equipe de gestão da UNIRIO


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