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Desigualdade social é entrave para universidades públicas, aponta decana do CCJP

por Comunicação publicado 18/06/2020 17h30, última modificação 19/06/2020 14h52
Docente participou de mesa de discussão promovida promovida pela UNIRIO no I Congresso da Andifes

Desigualdade social foi a principal questão abordada na mesa virtual Perspectivas para os sistemas educacionais após a pandemia de Covid-19, promovida pela UNIRIO no I Congresso da Andifes, nesta quarta-feira, dia 17. As participantes foram a decana do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas (CCJP), Edna Raquel Rodrigues Santos Hogemann, e a professora Carolina Barrocas, árbitra no Canadá e coordenadora educacional e de operações do ADR Institute of British Columbia. A mesa foi mediada pelo diretor da Escola de Ciências Jurídicas, Paulo Mendonça.

Abrindo o debate, a professora Edna explicitou as normas emitidas pelo Ministério da Educação para regulamentar as alterações no sistema de ensino durante a pandemia – no total, cinco portarias, uma medida provisória e um parecer. A docente destacou o caráter provisório de regras como a substituição das aulas presenciais por atividades virtuais e a suspensão da exigência de 200 dias letivos, determinada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. “Este é um momento em que não temos respostas prontas”, salientou. “Estamos aprendendo a dirigir em alta velocidade, com o carro andando”.

Entre as normas há, ainda, a liberdade de execução das 800 horas exigidas por ano letivo, preconizada pelo Ministério da Educação diante da pandemia. Segundo ela, a implementação de aulas remotas, apontada como alternativa de continuidade às atividades acadêmicas, representa um desafio no Brasil, devido à disparidade no acesso dos alunos a recursos tecnológicos que viabilizem esse modelo de ensino. “A desigualdade social é um grande entrave para as universidades públicas. Essa é uma questão que está colocada, numa perspectiva não só de presente mas, também, de futuro”, sentenciou.

Novos personagens entram em cena

A professora Carolina Barrocas ressaltou a necessidade de adaptação em face das mudanças enfrentadas pelo sistema de ensino. “Vivo o processo de educação tanto pela parte de quem está formulando soluções para esse problema pelo qual estamos passando, quando na posição de mãe de uma criança que se viu imersa nessa nova realidade, que nos amedronta”, revelou. Para ela, todas as áreas de trabalho, estudo e conhecimento devem se adaptar neste momento, porém, sem que haja necessidade de se buscarem soluções permanentes, “até porque não sabemos o que vai acontecer amanhã”.

Outra questão debatida foi a inserção de novos personagens no processo de aprendizagem, diante da popularização do ensino a distância. Nesse contexto, as salas de aula são substituídas pelo espaço da casa, e os colegas de turma cedem lugar a familiares. “Não sei se estamos cientes e já cuidando de incluir esses outros personagens dentro desse processo de aprendizado”, questionou Carolina. “É natural do ser humano compartilhar aquilo que aprende. Então, esses outros indivíduos que estão ali naquele ambiente de ensino passam a ser, também, personagens disso”, apontou.

A debatedora abordou, ainda, o momento político pelo qual o Brasil tem passado. “Que essa posição do nosso governo contra os direitos sociais, contra a questão humanitária, contra a educação seja para nós, educadores, um momento de reflexão, para incluirmos nesse nosso processo de ensino os outros personagens, comunitários e familiares dos nossos alunos, no processo de educação”, ressaltou. Para ela, este é um momento propício ao debate, já que a academia está mais aberta, atingindo públicos de fora dos muros da universidade.

 


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