Edifício Padre Anchieta
Campus Pasteur 436
Avenida Pasteur, 436, Urca.
Ano de inauguração: 1991.
Ano de incorporação à UNIRIO: 1991.
Imagens do prédio Padre Anchieta. Fonte: Acervo da Coordenação de Engenharia.
O Edifício Padre Anchieta foi o primeiro prédio a ser construído pela UNIRIO, pois até então, todos os seus edifícios haviam sido herdados de outras instituições. Ele fez parte de um dos planos diretores contratados pela UNIRIO para o planejamento da organização do seu território.
Tombamento: Não se aplica.
O Edifício Padre Anchieta foi o único prédio do plano diretor de 1987, idealizado pelo arquiteto Luiz Paulo Conde, a ser erguido no campus da universidade.
Arquiteto Responsável: Luiz Paulo Fernandez Conde.
Luiz Paulo Fernandez Conde (1934-2015) formou-se em Arquitetura no ano de 1959 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Ainda como estudante atuou no projeto do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Muito atuante na política, fez parte do governo Carlos Lacerda (1960-1965) sendo responsável pelo projeto de 50 escolas e poliesportivos e o campus da Universidade do Estado da Guanabara localizado no bairro Maracanã, instituição que dá origem a Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
Atuou como chefe da Secretaria Municipal de Urbanismo na gestão de César Maia, entre 1993 e 1997 no município do Rio de Janeiro, foi responsável pela construção da Linha Amarela, implementou importantes projetos urbanos como o Favela-Bairro e o Rio-Cidade e de 1997 a 2001 foi prefeito do Rio de Janeiro, dando continuidade aos seus projetos urbanísticos para a cidade.
Uso e estado de conservação atual:
Sede da pós-graduação dos cursos pertencentes ao Centro de Ciências Humanas e Sociais - CCH e direções dos cursos de História e Filosofia.
Entre os prédios da universidade, o edifício Padre Anchieta é um dos que se encontra em melhor estado de conservação, embora melhorias sejam sempre bem-vindas, principalmente na infraestrutura de salas de aula e climatização. A acessibilidade do edifício é limitada pois não existem rampas e os banheiros precisam de adaptações para alcançarem o nível de acessibilidade universal.
Descrição do bem:
O Edifício Padre Anchieta é um imóvel de dois pavimentos, com área aproximada de 1.325m², possui planta retangular, com dois acessos independentes pelas extremidades da fachada principal.
Em cada um dos acessos encontra-se uma escadaria que se comunica com o único corredor longitudinal do segundo pavimento, por onde se distribuem as salas de aula e demais ambientes.
Um dos acessos do primeiro pavimento se dá através de um átrio, com fachada de vidro, o que algumas pessoas se referem como aquário. As fachadas retilíneas com empenas em vidro, os brises-soleils verticais e horizontais em concreto e os pilotis no térreo são elementos que dão características modernistas ao edifício.
Histórico:
Diante de todo o contexto após a Reforma Universitária que ocorreu no ano de 1968, a UNIRIO, então Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado da Guanabara - FEFIEG, recebe alguns edifícios e terrenos, dentre eles o terreno que abriga o Padre Anchieta. O objetivo inicial era fazer pequenas adaptações e reformas nos imóveis já existentes e construir novos edifícios para os cursos que eram e iriam ser de sua competência.
Foram concebidos dois planos diretores para a instituição já denominada Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO, sendo um deles elaborado pela própria Coordenação de Engenharia em 1986 e um segundo, contratado do escritório do arquiteto Luiz Paulo Conde, em 1987.
Entretanto, nenhum deles foi executado na sua totalidade e de todos, apenas um edifício proposto foi construído: o Edifício Padre Anchieta, que fazia parte do plano diretor elaborado pelo arquiteto Luiz Paulo Conde, em 1987.
A escolha pela execução do Padre Anchieta se deu em em função da disponibilidade orçamentária da época, que era suficiente para executar apenas o menor dos prédios propostos no plano diretor.
O edifício foi projetado para receber as direções e decanias dos cursos pertencentes ao Centro de Ciências Biológicas e Saúde e uma creche para os filhos dos funcionários da universidade, mas por motivos desconhecidos este programa não foi cumprido e já na sua inauguração o prédio já tinha um uso distinto do qual fora programado, sendo destinado ao Centro de Ciências Humanas.