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A dieta do cervídeo gigante

por comunicacao — publicado 27/04/2018 15h10, última modificação 27/04/2018 16h49
Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Mastozoologia do Departamento de Zoologia da UNIRIO sugere padrões de alimentação do ‘Morenelaphus Brachyceros’, maior cervídeo extinto da região da América do Sul

Há cerca de 700 mil anos, dezenas de espécies de cervídeos povoavam a região da América do Sul. O maior deles era o Morenelaphus Brachyceros, que podia pesar até 400 kg e se caracterizava por uma imensa galhada na cabeça dos machos.

O animal é um dos focos das pesquisas realizadas no Laboratório de Mastozoologia (Lamas), do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências (Ibio) da UNIRIO, chefiado pelo professor Leonardo Avilla. Entre outras atividades, a equipe do laboratório se dedica a investigar a paleobiologia da megafauna extinta.

Um dos estudos foi desenvolvido por Alline Rotti, aluna do curso de Ciências Biológicas e bolsista de iniciação científica no Lamas. Para compreender os hábitos alimentares do Morenelaphus, ela buscou padrões de micro-desgaste em dentes daqueles animais, que pudessem indicar qual seria sua dieta. Os exemplares analisados foram encontrados no estado do Tocantins, na província argentina de Santa Fé e na província de Buenos Aires.

“Cada alimento deixa um tipo de marca no esmalte. Mas como determinar qual marca foi produzida por que tipo de alimento? Trabalha-se por comparação. Há um banco de imagens na internet com fotos de cada tipo de marca, arranhão ou cicatriz, e a indicação do alimento provável cujo consumo provocou cada forma de desgaste”, explica Avilla, que orientou a pesquisa.

Os dados produzidos por Alline, com base nas marcas de arranhões e buracos dos dentes analisados, apontaram para uma dieta mista, com consumo de grande quantidade de gramíneas. Além disso, o cervídeo provavelmente habitava áreas abertas, com vegetação rasteira, o que poderia favorecer o consumo de partículas abrasivas do solo.

Os resultados foram publicados no artigo Diet reconstruction for an extinct deer (Cervidae: Cetartiodactyla) from the Quaternary of South America, da revista Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.

A técnica de análise de micro-desgaste utilizada no estudo foi desenvolvida pela bióloga Gina Semprebon, da Bay Path University (EUA), que assina o artigo com Alline Rotti, Leonardo Ávilla e Dimila Mothé, colaboradora no Laboratório de Mastozoologia.

(Com informações de Peter Moon, da Agência Brasileira de Divulgação Científica)


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