código do Google analytics 'Estamos confrontando grandes latifundiários', diz representante da Fundação Palmares em encontro internacional — Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Central de Conteúdos

Icone de um calendárioEventos

Ícone de um jornal dobradoPublicações

ícone periódicosPeriódicos Científicos

Ícone de uma filmadora na cor branca com findo azulVídeos

Você está aqui: Página Inicial / 'Estamos confrontando grandes latifundiários', diz representante da Fundação Palmares em encontro internacional

'Estamos confrontando grandes latifundiários', diz representante da Fundação Palmares em encontro internacional

por Comso publicado 15/08/2013 00h00, última modificação 19/08/2013 13h10

O patrimônio cultural afro-brasileiro foi tema de discussão na manhã desta quinta-feira, 15 de agosto, no VII Seminário de Educação Diferenciada e Etnoconhecimento e I Encontro Internacional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente nas Comunidades Tradicionais. Realizado no auditório Vera Janacopulos, o duplo evento é promovido pela Fundacentro em parceria com a UNIRIO e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No primeiro painel do dia, a professora Neia Daniel de Alcantara, representante da Fundação Palmares, do Ministério da Cultura, falou sobre o trabalho do órgão em prol das comunidades remanescentes de quilombos. Atualmente, mais de 1.500 comunidades espalhadas pelo território nacional estão certificadas pela Fundação. “Não é um trabalho fácil, afinal, estamos confrontando grandes latifundiários, o que é muito perigoso até mesmo para as próprias comunidades”, observou Neia. 

A presidente da Fundacentro, Maria Amélia de Souza Reis, lembrou que ainda somos um povo racista. “Estou fazendo uma pesquisa nas comunidades que têm quilombolas, e eles são silenciados. Mais do que silenciados, ‘não existem’”, apontou. 

Em seguida, o professor Zéca Ligieiro, do Núcleo de Pesquisa e Performance Afro-Ameríndia da UNIRIO, falou sobre a cultura afro-brasileira, abordando a dança, o futebol e a capoeira. “Em relação à performance africana, é impossível separar o ‘cantar’ do ‘dançar’ e do ‘batucar’”, disse. Segundo ele, a elegância de movimentos e o estilo pessoal de expressão são características herdadas das culturas africanas. 

Abordando o trabalho feminino no continente africano, a diretora executiva do Conselho Internacional de Museus Africanos (Africom), Rudo Sithole, discutiu sobre a atuação das mulheres na sociedade desde os tempos pré-históricos, passando pela época de escravidão e pela influência na cultura brasileira. Já o professor Ossama Abdel Meguid, membro do Conselho Internacional de Museus (Icom), falou sobre trabalho e conhecimento tradicional como patrimônio, evidenciando a experiência do Egito. 


Capes CNPQ Imagem Rede Unirio