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Estudo relaciona baixo orçamento a consumo de alimentos hipercalóricos

por Comso publicado 22/03/2016 12h55, última modificação 23/03/2016 06h42

Dois grupos de pessoas ganham dinheiro para ir ao supermercado. Porém, o primeiro grupo recebe R$10, enquanto o segundo, R$50. O que será que eles vão comprar? O experimento foi conduzido em parceria entre o professor do Departamento de Estatística da UNIRIO, Steven Dutt-Ross, e o docente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Breno de Paula Andrade Cruz, em estudo sobre a influência do orçamento na alimentação. A análise dos dados revelou que, quanto menor o orçamento, maior a taxa de sódio, gordura e açúcar na mesa do consumidor.

Realizado em abril de 2015, na UFRRJ, o experimento foi descrito em artigo apresentado no VI Congresso Internacional sobre Governo, Administração e Políticas Públicas, realizado em Madri (Espanha). Simulando o ambiente de um supermercado, os professores selecionaram, com a ajuda de um nutricionista, 41 produtos semelhantes, nas versões hipo e hipercalórica – iogurte convencional e light, por exemplo.

Trinta voluntários participaram do estudo, divididos em dois grupos de 15. Os pesquisadores observaram que a falta de dinheiro levou os participantes do primeiro grupo, que recebeu apenas R$10, a optarem por produtos hipercalóricos, mais baratos que opções consideradas mais saudáveis. Entre os alimentos escolhidos, havia salsichas, margarina e carne de hambúrguer, em um total de 180 calorias por real gasto. Já as pessoas do segundo grupo, com orçamento de R$50, priorizaram carnes leves e produtos light, em uma média de 124 calorias por  real. O experimento foi realizado uma segunda vez, com outras 30 pessoas, gerando resultados similares.

Responsável pelo desenvolvimento da metodologia e pela análise de resultados do estudo, o professor Steven ressalta que as preferências alimentares da população estão relacionadas a taxas cada vez maiores de sobrepeso e obesidade no mundo. “Nosso objetivo é investigar o porquê das escolhas por determinados tipos de alimento”, destacou. Segundo ele, o próximo passo da pesquisa será avaliar o impacto do marketing social na variável de calorias consumidas por real gasto. “Isso ocorre, por exemplo, quando uma lata de atum informa no rótulo que a captura do peixe ocorreu sem prejuízo ao meio ambiente”.


Capes CNPQ Imagem Rede Unirio