RECITATIVOS EM ÓPERA: CONTEXTUALIZAÇÕES, COMPLEXIDADES E SOLUÇÕES

Os recitativos das óperas são frequentemente considerados por cantores, pianistas, maestros e diretores de cena como os trechos mais complexos de performance. Percebe-se nessa forma musical uma instigante dicotomia: por um lado, possui extrema importância no enredo da ópera, principalmente nos períodos barroco e clássico, pois é uma narrativa melódica e um elo entre dois momentos musicais; por outro, é rítmica, musical e vocalmente simples de ser estudada. Esses dois aspectos contrastantes – a complexidade da função e a simplicidade da execução – transformam-se em problema para esses profissionais. Esta dicotomia é a base e a motivação deste projeto: identificar as causas das dificuldades na performance dos recitativos através de pesquisa referente a sua origem, motivos de sua criação, as fases, os tipos de recitativos e acompanhamentos, entrevistas com profissionais de renome no mundo da ópera. A partir de suas experiências profissionais e embasados bibliograficamente encontrar as causas do problema e por fim elaborar exercícios e técnicas de estudo para a solução do problema. Em seu conjunto, essas ferramentas didáticas podem gerar a segurança necessária aos cantores, maestros e diretores de cena aprimorando a relação música-teatro, binômio fundamental para atingir a ambicionada ‘alta performance’