código do Google analytics Nota Frente Rio - Em repúdio ao desmonte das agências federais de fomento — Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Central de Conteúdos

Icone de um calendárioEventos

Ícone de um jornal dobradoPublicações

ícone periódicosPeriódicos Científicos

Ícone de uma filmadora na cor branca com findo azulVídeos

Você está aqui: Página Inicial / Nota Frente Rio - Em repúdio ao desmonte das agências federais de fomento

Nota Frente Rio - Em repúdio ao desmonte das agências federais de fomento

por Comso publicado 06/09/2019 10h45, última modificação 06/09/2019 10h41

As pró-reitorias de pesquisa e pós-graduação integrantes da Frente Rio manifestam seu repúdio ao atual processo de desmonte das agências federais de fomento, CAPES, CNPq e FINEP, e alertam em relação às consequências nefastas desse desmonte para o futuro do país.

Questionadas sobre os impactos dessas medidas, as autoridades federais afirmaram, em diversas ocasiões, que se tratavam de ajustes transitórios, bem como reiteraram compromissos com o objetivo de aumentar o patamar de investimento do país em ciência e tecnologia. 

A Proposta de Lei Orçamentária Anual para 2020, entretanto, não aponta para um cenário de normalização, mas sim de destruição. 

Deparamo-nos com o risco real de retrocessos profundos em relação às conquistas obtidas ao longo de várias décadas e sob governos das mais variadas orientações políticas. 

A sociedade brasileira e seus representantes em todas as esferas do poder público precisam ser alertados sobre as graves consequências que advirão da drástica redução projetada para as dotações orçamentárias das agências de fomento à pesquisa. 

O corte de mais de 50% das bolsas da CAPES inviabilizará a própria existência de diversos programas de pós-graduação, muitos deles os únicos existentes nas regiões mais necessitadas do país. 

Em outros casos, a falta de bolsas restringirá o acesso à pós-graduação aos filhos das famílias de maior poder econômico, privando um número expressivo de jovens da possibilidade de se dedicar à carreira científica e negando ao país o fruto dos seus talentos e dos seus esforços. 

O esvaziamento dos programas de fomento à pesquisa do CNPq paralisará laboratórios e grupos de pesquisa estratégicos em todas as áreas do conhecimento. A situação se agrava ainda mais pela instabilidade causada pelos persistentes rumores de que setores do governo cogitam até mesmo a extinção da agência. 

O quadro da FINEP, instituição vital nos campos da inovação e da infraestrutura em pesquisa, infelizmente é o mesmo. 

A persistirem os números previstos na PLOA 2020, portanto, os danos ao futuro da ciência no país deixarão de ser conjunturais, tornando-se estruturais e, em muitos casos, irreparáveis. 

A efetivação dos cortes orçamentários projetados para o próximo ano não levará apenas à evasão de muitos dos cérebros mais brilhantes do país para o exterior ou à redução da participação brasileira na produção científica mundial. Inviabilizará o sistema nacional de pós-graduação, ciência e tecnologia e significará condenar o país ao subdesenvolvimento, sabotar a soberania nacional e comprometer a qualidade de vida da nossa população. 

Ao longo da história, não foram poucos os países que compreenderam que o caminho para a superação das recorrentes crises econômicas passa por aumentar, e não por reduzir, o investimento em ciência e tecnologia. 

Os pesquisadores brasileiros já demonstraram a qualidade do seu trabalho, elevando de forma expressiva a produção científica nacional sempre que as condições necessárias foram minimamente asseguradas. 

É fundamental que o Congresso brasileiro e a sociedade brasileira reajam em defesa do patrimônio nacional representado pelo sistema de pós-graduação, ciência e tecnologia, antes que seja tarde demais. 

Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2019 

• Alexander Machado Cardoso, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO) 

• Alexandre Fortes, Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) 

• Alice Casimiro Lopes, Diretora do Departamento de Fomento ao Ensino para Graduados (DEPG), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 

• Andrea Brito Latge, Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Universidade Federal Fluminense (UFF) 

• Denise Maria Guimarães Freire, Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 

• Egberto Gaspar de Moura, Sub-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 

• Evelyn Goyannes Dill Orrico, Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) 

• Gustavo Saldanha, Coordenador da Coordenação de Ensino e Pesquisa, Ciência e Tecnologia da Informação (COEPE), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) 

• Maria Cristina Rodrigues Guilam, Coordenadora geral de pós-graduação, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) 

• Maura da Cunha, Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) 

• Paulo Cesar Duque Estrada, Coordenador Central de Pós-Graduação e Pesquisa, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) 

• Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco, Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) 

• Vicente Oliveira - Pro-Reitor de Pesquisa, Extensão e Inovação, Instituto Federal Fluminense (IFF-RJ)



Capes CNPQ Imagem Rede Unirio