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Baía de Guanabara: uma imensidão cheia de diferenças

Amanda Coração

 

O projeto realizado na UNIRIO consiste no estudo da disposição de macroalgas e invertebrados marinhos em costões rochosos da Baía de Guanabara e a possível relação desses seres vivos com fatores ambientais do local.

A Baía de Guanabara é afetada pelo homem devido a grande urbanização em seu entorno, prejudicando a vida marinha. Os costões rochosos apresentam grande importância biológica e diversidade de seres vivos associados às suas rochas, os quais são vulneráveis aos impactos realizados por atividades humanas. Algumas espécies que habitam esta região podem ser consideradas indicadores de qualidade de água, pois a presença e a mudança na sua quantidade indicam que há poluição no ambiente.

Amanda Cunha de Souza Coração é licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atualmente, é mestranda no Programa de Pós-Graduação Biodiversidade Neotropical (PPGBIO - UNIRIO) e faz parte do Laboratório de Biologia e Taxonomia de Algal (LABIOTAL). Com o seu projeto de mestrado, Amanda procura observar se há mudanças sazonais ou anuais na cobertura de algas e invertebrados que habitam os costões rochosos na Baía de Guanabara e se fatores ambientais podem estar relacionados com a cobertura destes seres vivos.

O trabalho tem como finalidade descrever o conjunto de algas e invertebrados (clorofíceas, feofíceas, poliquetas, anêmonas) que vivem na região de variação de maré em três locais da Baía de Guanabara durante cinco anos (2010-2015) e analisar a possível influência de fatores ambientais na disposição destes seres vivos. Para alcançar esse objetivo, a pesquisadora e a equipe a qual pertence realizaram coleta de indivíduos e fotografias em costões rochosos da Praia Vermelha (entrada da baía), Boa Viagem (meio da baía) e Ilha dos Lobos – Paquetá (interior da baía). As fotografias foram analisadas e os seres vivos foram divididos de acordo com o seu formato (folhosa, filamentosa) e sua maneira de se alimentar (filtrador e raspador). A pesquisadora também reuniu informações sobre o ambiente e qualidade da água dos três locais da baía. Ao final, as informações biológicas e ambientais foram agrupadas e utilizadas em cálculos matemáticos. Os resultados deste projeto mostraram que o interior da Baía de Guanabara (Ilha dos Lobos – Paquetá) apresenta baixa diversidade de seres vivos em comparação com a entrada da baía (Praia Vermelha), que apresenta maior quantidade de algas e invertebrados. Ainda não foi encontrada relação entre os fatores ambientais considerados e seres vivos.

A pesquisa foi realizada na UNIRIO como projeto da dissertação da Amanda Coração e contou com a parceria do Laboratório de Hidrologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As fotografias e identificações feitas fazem parte do Programa Ecológico de Longa Duração da Baía de Guanabara (PELD-BG), uma iniciativa federal de estudo a longo prazo em áreas do Brasil. A pesquisa realizada irá ajudar a entender como funciona a relação entre seres vivos e o ambiente da Baía de Guanabara, para então encontrarmos a melhor maneira de tratar a poluição e aumentar a diversidade deste local.

Clique aqui e baixe o áudio de explicação do projeto!

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