Programa de Educação e Saúde nas Comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia
Este projeto de pesquisa e extensão propõe a criação do grupo EDUCAS (Educação para a Saúde), que realizará ações de saúde vinculadas à educação através da formação de multiplicadores juvenis em duas comunidades populares (favelas) chamadas Chapéu Mangueira e Babilônia, localizadas no bairro do Leme, próximas aos campi Urca e Botafogo da UNIRIO e que compõem a mesma APA (Área de Proteção Ambiental) do morro do Pão de Açúcar, que une a Urca ao Leme. O eixo norteador desse projeto é a criação de uma rede integral de proteção social que articule a universidade a essas comunidades populares a partir do desenvolvimento de ações de saúde, pesquisas sobre as condições de vida nas comunidades e oficinas educativas permanentes, eventos de saúde e seminários nas comunidades e na universidade. A intenção é promover uma troca de experiências teóricas e práticas, materializadas nos trabalhos de pesquisa e extensão, entre docentes e discentes da UNIRIO, segmentos da juventude local, lideranças comunitárias e parceiros de outros projetos governamentais e de ONGs que já atuam nas comunidades.
As ações são divididas priorizando ora a pesquisa, ora a intervenção, mas sem abrir mão do atendimento à população no Posto Médico, visto que o objetivo primordial é que a presença da universidade na comunidade signifique uma melhoria nas condições de saúde e sensação de acolhimento pelo poder público no sentido de atender as demandas básicas da população, através de Médicos, Pedagogos e estudantes de Enfermagem. Porém, interessa enraizar a ideia de que o atendimento à saúde é um direito, que deve ser suprido pelo Estado, que não pode nem deve ser substituído por ações de voluntariado ou boa vontade geral da população, nem exclusivamente por projetos de curta duração. Nesse sentido, interessa que esse projeto gere também uma metodologia de intervenção, mas sem abrir mão de sua autonomia, nem da capacidade de auto-organização dos grupos populares. A formação de jovens multiplicadores locais deve ser encampada como uma política pública para a juventude, que combina trabalho e formação continuada.