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PROPOSTA DE UM PLANO DE AÇÃO E CARTILHA REDUÇÃO DE ESTRESSE

Produção de BÁRBARA ROCHA GOUVEIA

    Objetivo: propor diretrizes de cuidado de manejo de delirium em uma unidade de cuidados intensivos oncológica, utilizando as recomendações do clinical practice guidelines for Pain, Agitation, and Delirium (PAD). Método: estudo retrospectivo transversal, para avaliar a frequência de delirium no período de 3 meses e para avaliar e validar diretrizes a partir do PAD em prontuários. Foi realizado com profissionais na UTI oncológica, em um hospital especializado em oncologia da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, que é um roteiro para o desenvolvimento integrado, com base em evidências, e para a prevenção e tratamento da dor, agitação e delírium em pacientes críticos. O instrumento preliminar proposto foi avaliado/validado através da metodologia Delphi, obedecendo consenso de 80% e Índice de Validade de Conteúdo (IVC) para análise do grau de importância de 0.78. Durante os meses de outubro a dezembro de 2016. A amostra foi composta de 43 profissionais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, Parecer: 1.703.005. Resultados: Cento e trinta e cinco prontuários de pacientes internados na UTI/UPO foram incluídos no estudo. A média de dias que precedeu a internação destes pacientes na UTI/UPO foi de 10,3 dias. Encontrou-se uma frequência de 39,3 % (N=135) de pacientes com delirium no período pesquisado. Considerando apenas os pacientes sob ventilação mecânica, a frequência de delirium é de 64,6%. O resultado do teste U indicou diferença significativa entre os grupos conforme o tempo de permanência na UTI (U= 3.671,00; p = 0,00). Pacientes internados por até sete dias tiveram tempo médio (M= 0,36; DP= 0,89) de duração de delirium (em dias) significativamente inferior aos de pacientes internados por oito dias ou mais (M= 4,58; DP= 4,80). Na análise ajustada foi identificado que os pacientes submetidos a traqueostomia (OR= 4,15; IC 95% 1,33 – 12,94; p= 0,01) e ventilação mecânica (OR=7,64; IC 95% 2,41 – 24,25; p= 0,00) apresentaram maiores chances de delirium do que os pacientes que não foram submetidos a tais procedimentos. Sobre as diretrizes todos os 19 itens avaliados obtiveram a concordância maior de 80 % e IVC maior de 0,78, a validação dos juízes na etapa Delphi 1, com consenso de 19 itens, foi um resultado considerado positivo, em especial, pela extensão do protocolo e diversidades de temáticas envolvidas com o manejo de delirium com pacientes oncológicos em UTI, o que poderia ter aumentado as chances de inadequações, apesar da análise dos resultados obtidos na 1ª de rodada da Técnica Delphi obterem índice de concordância mínimo de 80%, a análise dos comentários e das sugestões realizados pelos juízes determinou a realização de alterações no conteúdo dos itens, que foram submetidas à nova avaliação do grupo, no Delphi 2 utilizando Método de Pascali com valores percentuais superiores a 90%. Isso atesta que as diretrizes se encontram competente, quanto ao seu conteúdo, para avaliar o que se propõem: o manejo do delirium em paciente oncológico na UTI. Conclusão, aplicabilidade e impacto: A elaboração e validação das diretrizes revelou-se pertinente pela alta concordância dos pares visando uma melhor gestão do delirium para qualidade em cuidado e melhores desfechos, manejos e incidência do delirium. E atesta que as diretrizes se encontram competente, quanto ao seu conteúdo, para avaliar o que se propõem: o manejo do delirium em paciente oncológico na UTI

por BÁRBARA ROCHA GOUVEIA

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