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Histórico

Breve histórico do curso de composição

O Curso de Composição do Instituto Villa-Lobos iniciou em 1978, juntamente com os demais Bacharelados em Música. A portaria do MEC nº 122 de 1/4/1982, que reconheceu o curso de Licenciatura em Educação Artística, estendeu este reconhecimento para os bacharelados em Composição, Regência, Instrumento e Canto.

A vocação do Curso de Composição para o desenvolvimento de bases pedagógicas que promovam o ensino da música de concerto contemporânea e de vanguarda se inicia ainda no período em que o professor e compositor Reginaldo de Carvalho assume a direção do Instituto, antigo Conservatório de Canto Orfeônico. Naquele tempo não havia o curso de Composição, mas o fato do Instituto Villa-Lobos ser um Centro de Pesquisas Musicais, além de uma Escola de Educação Musical, propiciou a Carvalho montar o primeiro estúdio de música eletroacústica do Brasil. Convidou o professor e compositor Jorge Antunes para lecionar no curso Introdução à Música Eletrônica, Concreta e Magnetofônica. Antunes levou os seus equipamentos para a pequena sala que lhe fora destinada e a denominou Centro de Pesquisas Cromo-Musicais. Na mesma época, vários professores, teóricos e compositores brasileiros dedicados à pesquisa e ensino da música contemporânea lecionavam no IVL. Dentre eles destacamos o próprio Reginaldo de Carvalho, Jorge Antunes, Esther Scliar, Guerra Peixe e Marlos Nobre.

Ainda nos anos 1970, a música de vanguarda era produzida no IVL a partir das atuações dos professores Emílio Terraza, Sônia Borne, José Maria Neves, além do próprio Reginaldo de Carvalho. Segundo o professor Ricardo Ventura, uma das riquezas da vivência e da produção no IVL se dava especialmente pela convivência e trocas entre a vanguarda musical e a música popular brasileira, bastante praticada no Instituto.

Em 1978, o compositor e professor Ricardo Tacuchian, que no início dos anos 1970 trabalhara por um curto período de tempo no IVL, retorna ao Instituto a convite do então diretor Américo Cardoso Campos. O diretor tinha a intenção de criar o Curso de Composição do IVL, e designou Tacuchian para desempenhar esta tarefa. No início do anos 1980, após montar toda a estrutura do curso, Tacuchian se desligou pela segunda vez do Instituto deixando a disciplina Composição a cargo do professor e compositor Dawid Korenchendler. O curso recebeu o reconhecimento legal em 1982 através da já mencionada portaria nº122 do MEC. Tacuchian retorna pela terceira vez ao IVL, desta vez por concurso, no final dos anos 1980, e passa a dividir a cadeira de composição com Korenchendler até a sua aposentadoria. Entre os anos 1990 e 2000, os professores Marcos Vieira Lucas e Caio Senna são incorporados à equipe docente que atua nas disciplinas de Composição e Harmonia.

O professor José Maria Neves criou e foi o responsável pela disciplina Música Experimental durante alguns anos, sendo substituído pela professora e compositora Vânia Dantas Leite na primeira metade dos anos 1980. Em 1986, após um ano de estudos na Bélgica, Leite retorna ao IVL e assume a cadeira de Composição de Música Eletroacústica criada um ano antes. Esta disciplina é dada, inicialmente, como opcional ao Curso de Composição. Alguns anos depois, torna-se obrigatória e passa a fazer parte da grade sequencial da disciplina Composição, sendo ministrada nos seus dois últimos períodos (Composição VII e VIII). Assim como havia feito Antunes, Leite leva os seus equipamentos pessoais para o IVL para poder dar as suas aulas. Em meados de 1990, dez anos após assumir a cadeira de Música Eletroacústica, e depois de muitos projetos e requisições, Leite consegue uma verba para a compra de equipamentos e para a reforma da sala II-109 no intuito de montar o Laboratório de Música Eletroacústica (LIC-M3). O Laboratório permanece nesta sala até hoje.

A disciplina Composição foi desmembrada em Composição e Composição Eletroacústica. A Música Experimental é ministrada em dois períodos, sendo o primeiro obrigatório para os de Composição, e o segundo optativo. Hoje as três são ministradas, respectivamente, por Dawid Korenchendler, Marcos Vieira Lucas, Cláudia Caldeiras Simões, Marcelo Carneiro de Lima e Paulo Dantas. As disciplinas Música Experimental II e Música e Tecnologia tornam-se obrigatórias a partir do novo Projeto Pedagógico Curricular.