Pesquisadores da UNIRIO participam do Projeto para a criação do Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil
Quatro professores do Instituto de Biociências (Ibio) doCentro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) foram convidados para participar do Projeto que tem como objetivo criar a plataforma Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil. Os docentes da UNIRIO integram a equipe responsável por cadastrar na plataforma as espécies de moluscos existentes no Brasil.
Coordenada pelo biólogo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fabrizio Marcondes Machado, a equipe é formada por mais de 500 pesquisadores. Desde 2015, o projeto vem desenvolvendo esta rede de pesquisadores especializados em diferentes espécies de moluscos. Os professores da UNIRIO convidados foram: Allan da Costa, coordenador do táxon Trichoptera (Insetos de água doce), Carlos Henrique Soares Caetano, participante do táxon Mollusca, especialista em Scaphopoda, Igor Christo Miyahira, participante da equipe do táxon Mollusca, especialista em Bivalvia e Maria Inês da Silva dos Passos, participante da equipe do táxon Hexapoda (Insetos), especialista em besouros aquáticos (Elmidae).
Conforme explica o professor, Carlos Henrique Caetano, é um trabalho contínuo. A plataforma é “alimentada” de acordo com o andamento das pesquisas. “É preciso conhecer para preservar. São espécies muito distintas. A plataforma é aberta para qualquer pessoa consultar as informações. Mas apenas pesquisadores disponibilizam os dados. Estudos de taxonomia, de conservação ambiental, políticas públicas podem ser pensados, tendo como base este Catálogo”, explicou.
Para a docente Maria Inês Passos, o projeto é uma oportunidade também para estimular a formação de especialistas em besouros aquáticos (Elmidae). “Temos poucos especialistas em Elmidae no Brasil. Como são muito pequenos, quase do tamanho de uma cabeça de alfinete, não despertam muita curiosidade. Mas são de extrema importância, inclusive como indicadores da qualidade da água, pois não toleram viver em água poluída”, ressaltou.
Da mesma opinião, Allan da Costa e Igor Miyahira acreditam que o projeto possa contribuir para mapear as espécies ameaçadas de extinção. “Se temos rios poluídos, essas espécies podem ser extintas. Daí a importância do mapeamento, de conhecermos nossa biodiversidade com o objetivo de preservá-la”, afirmou Allan.
(Por Liliana Glanzmann Vallejo - Comso UNIRIO).