Catarina Mendes Rebello
Título:
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR EM BAIXO CAMPO EM ESTUDO DE SOLO CONTAMINADO POR PETRÓLEO
Banca Examinadora:
Data: 12/12/2018 às 10h Local: a definir
Resumo:
O petróleo vem sendo utilizado de maneira desregrada e sem preocupação com os danos ambientais que podem ser ocasionados. Uma vez no solo, o petróleo pode se dispersar de diversos modos e a grande problemática no meio ambiente está relacionada à sua composição química, a qual é constituída pelos compostos BTEX. A possibilidade de utilizar a ressonância magnética nuclear (RMN) em baixo campo se mostra como uma técnica alternativa promissora na área, pois ela se respalda na diferença de relaxação dos prótons do fluido, seja esse a água ou óleo, sendo capaz de analisá-los, por meio de medidas rápidas, não destrutivas, não invasivas e sem preparo prévio. Portando, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma metodologia para a quantificação de petróleo em solos utilizando a RMN. Desta forma, foram utilizados o petróleo bruto, água Milli-Q e um solo tipicamente arenoso para a realização de testes metodológicos e para calibração do método. Foram analisados os dados e as sequências de pulso, definindo as mais eficientes para a quantificação, assim como as condições necessárias para a realização do experimento. Constatando-se que para ser viável a observação do comportamento do óleo e da água presentes no solo seria necessária a adição de uma solução com manganês nas amostras, para que assim encurtasse a relaxação da água e a diferenciasse bem do petróleo. Desta maneira, tornou-se possível quantificar o teor de óleo em cada amostra, assim como saber a quantidade presente de água, apresentando uma curva de calibração com índice de explicabilidade (R2) de 0,9984, conseguindo detectar uma concentração menor que 1% de óleo na amostra. Logo, a RMN de baixo campo mostra-se eficiente para caracterização de solo contaminado por petróleo, além de estar inserida no conceito da “química verde”.