Grupo de pesquisa da UNIRIO utiliza inteligência artificial para estudo de doenças neurológicas

Sob coordenação da professora Joelma Mesquita, equipe publicou artigo na edição de junho da revista internacional 'PLoS One'
Grupo de pesquisa da UNIRIO utiliza inteligência artificial para estudo de doenças neurológicas

Estrutura tridimensional do gene PFN1, responsável por proteína associada à esclerose lateral amiotrófica (Imagem: Bioinfo Group)

O Grupo de Bioinformática e Biologia Computacional da UNIRIO publicou artigo na edição de junho da revista internacional PLoS One. No estudo, o grupo analisou, por simulação computacional, o efeito das mutações do gene PFN1 humano, que codifica a proteína profilina 1 – importante para o crescimento dos neurônios e associada ao desenvolvimento da doença esclerose lateral amiotrófica.

O artigo In silico analysis of PFN1 related to amyotrophic lateral sclerosis reúne resultados dos projetos dos alunos Gabriel Rodrigues Coutinho Pereira (doutorando PPGNEURO/UNIRIO) e Giovanni Henrique Almeida Silva Tellini (mestrado PPGNEURO/UNIRIO), orientados pela professora Joelma Freire de Mesquita, coordenadora do grupo.

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença neurodegenerativa mortal cujo tratamento ainda hoje é somente paliativo. Segundo Joelma, “o uso de modelos computacionais no desenvolvimento de novos medicamentos tem reduzido efeitos colaterais, e permitindo o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes”.

Para a professora, a criação de novos fármacos personalizados ainda é um desafio mundial. Nesse sentido, a inteligência artificial, com a utilização de programas de aprendizado de máquina, tem tornado possível o desenvolvimento racional de novos tratamentos, reduzindo drasticamente o uso de cobaias e os custos envolvidos.